Mesmo jogando em casa, time francês entra com três volantes e apenas um atacante, segura empate em 1 a 1 e garante a classificação no torneio


Retranca parisiense
Como já anunciava a escalação, o PSG entrou em campo de maneira defensiva. A ideia era clara: atrair o Valencia para o campo de ataque e sair em velocidade nos contragolpes puxados por Lucas e Lavezzi, opção para o lugar do suspenso Ibrahimovic.
O Valencia, porém, veio preparado. A equipe espanhola impôs uma blitz nos franceses no início da partida e passou a dominar as ações de jogo, com Jonas e Soldado se movimentando muito, e Tino Costa organizando o meio de campo.


Ao PSG, restava contar com os velozes Lavezzi e Lucas. O meia brasileiro apareceu com destaque duas vezes. Primeiro, aos 10, deu lindo drible em Mathieu, mas chutou para fora. Depois, aos 12, tentou uma arrancada, passou por dois marcadores, mas parou no terceiro.
Apesar do esforço de Lucas, o Valencia era superior na partida. Os espanhóis tocavam bem a bola e rondavam a área dos anfitriões, mas esbarravam na atuação segura dos zagueiros brasileiros Alex e Thiago Silva. Assim, a solução era arriscar de longe. Jonas, aos 45, após boa troca de passes, acertou um bom chute, mas Sirigu espalmou.

Na segunda etapa, a história não mudou. O Valencia continuou em cima, enquanto o PSG, mesmo ligeiramente mais ofensivo, com o atacante Gameiro no lugar de Thiago Motta, ainda apostava numa bola esticada para Lavezzi. A princípio, a estratégia dos espanhóis funcionou. Após uma pressão na saída de bola dos parisienses, Jonas recebeu na entrada da área e acertou um belo chute, no canto direito de Sirigu, sem chance: 1 a 0.
Curiosamente, o gol pareceu desestruturar o Valencia, que precisava balançar as redes só mais uma vez para avançar. Entretanto, os Ches diminuíram a intensidade e, com isso, não conseguiam mais prender o PSG na defesa. Como resultado, os espaços começaram a aparecer.

Primeiro, aos 20, Mathieu saiu jogando errado, e Matuidi lançou Lavezzi, que saiu na cara do goleiro, mas não alcançou a bola. Um minuto depois, porém, o atacante não perdoou. Gameiro desarmou Albelda, invadiu a área, e a bola sobrou para o argentino, que chutou fraco, mas pegou o rebote de Guaita para deixar tudo igual.
Valencia não conseguiu mais se recuperar. O time até tentou voltar a pressionar o PSG, mas o cansaço proporcionado pela forte marcação desde o início se fez notar. Ancelotti, cauteloso, reforçou a marcação e colocou o zagueiro Sakho no lugar de Lucas. Assim, os donos da casa voltaram a se arrumar na defesa, administraram o empate e carimbaram a vaga para a próxima fase da Liga dos Campeões.
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