31 DE MAIO EM RG

Atlético-MG cozinha Tupi no 'caldeirão' e se classifica às semifinais

Caiu no Horto, 'tá' morto! O cântico que vem ecoando desde a temporada passada no Independência novamente foi ouvido no jogo do Atlético-MG. E nem o clima de Domingo de Páscoa amenizou o massacre. Arrasador, o time de Cuca goleou o Tupi por 4 a 1, na 11ª vitória consecutiva no ano, a 42ª partida sem derrota como mandante. Resultado que garante o Galo nas semifinais do Mineiro, a três rodadas do fim da primeira fase. A única notícia ruim ficou por conta de Bernard, que saiu de campo com o ombro esquerdo lesionado.
Réver, Jô, o estreante Josué e Ronaldinho Gaúcho fizeram a alegria do torcedor atleticano, que compareceu em bom número ao estádio, mesmo sob chuva em boa parte da tarde em Belo Horizonte. Alonso descontou para o time visitante, no fim da partida. A vitória fez o Galo da capital manter a distância para o rival Cruzeiro na classificação, com 21 pontos, contra 22 do rival. O Tupi permanece na sexta colocação, com 12.
Diego Tardelli jogo Atlético-MG Tupi (Foto: Paulo Fonseca / FuturaPress)Tardelli tentou, mas não conseguiu deixar o dele na goleada  (Foto: Paulo Fonseca / FuturaPress)


O Atlético-MG volta as atenções para a Taça Libertadores e encara o Arsenal (ARG) na próxima quarta-feira, às 22h (de Brasília), no Independência. O Tupi terá a semana toda para se preparar para o duelo contra o Araxá, em Juiz de Fora, no sábado, às 16h.
Réver abre o placar com belo gol
O dia era de estreia no Atlético. O experiente Josué chegou ao clube no início da semana passada, contratado ao Wolfsburg, da Alemanha, e assumiu a vaga de Pierre, suspenso. O time comandado por Cuca ainda teve Richarlyson na lateral esquerda - Junior César foi para o banco de reservas. E o zagueiro Leonardo Silva, também suspenso, deu lugar a Gilberto Silva.

Como já vem sendo marca registrada, o Galo começou a partida na pressão. Antes dos primeiros 15 minutos, chegou com perigo ao ataque em três oportunidades, sendo duas com Jô, que parou no goleiro Tadeu, e uma com Bernard, que finalizou na zaga, e a bola passou perto do gol.
Mas uma escrita vem sendo mantida. Se os atacantes não conseguem marcar, aparece Réver. Aos 17 minutos, depois de uma troca de passes na entrada da área, o capitão alvinegro bateu de chapa, de primeira, e colocou no ângulo. Tadeu nada pôde fazer. Foi o quinto gol do defensor no Mineiro, que divide a artilharia da competição com Fábio Júnior, do América-MG, e o sexto dele na temporada. Ficou a um de se igualar a Luizinho, ex-jogador do Galo na década de 80, como o zagueiro que marcou mais vezes na história do clube - o recordista tem 21.
Sem balançar a rede desde o dia 7 de março, quando marcou o primeiro da vitória por 2 a 1 sobre o Strongest (BOL), em Belo Horizonte, Jô desencantou aos 25. Ronaldinho Gaúcho cobrou a falta no travessão, e a bola ganhou altura. O camisa 7 subiu mais que todo mundo e tocou de cabeça, por cima do goleiro, igualando-se a Réver na artilharia alvinegra na temporada, com seis gols.
O time de Juiz de Fora não conseguia fugir da pressão do Atlético-MG e era completamente envolvido pela constante movimentação atleticana. Com a vitória parcial, o clima era de festa para a torcida, mas um lance assustou quem estava no estádio: Bernard dividiu com o zagueiro Thales e caiu de mau jeito, sofrendo uma luxação no ombro esquerdo, que se deslocou. O torcedor lamentou bastante quando R10 fez sinal pedindo mudança. Luan entrou em campo sob o temor alvinegro de perder um dos titulares para a Libertadores. O departamento médico do clube alertou que o jogador é dúvida para a partida de quarta-feira.
O técnico do Tupi, Felipe Surian resolveu mexer para tentar mudar a sorte. Michael Douglas e Paulinho deixaram a equipe para as entradas de Maguinho e Igor. E as substituições surtiram efeito na questão territorial, já que o Galo Carijó passou a ocupar mais espaço no campo de defesa do time da casa.
Estreante pé-quente
Jô passaria Réver na artilharia logo aos seis minutos da segunda etapa se não fosse o erro do auxiliar Marcus Vinicius Gomes, que assinalou impedimento inexistente no gol do atacante atleticano. Quatro jogadores do Tupi davam condição ao jogador do Atlético-MG.
O estreante do dia não poderia ter melhor tarde. Além de fazer a torcida nem sentir falta de Pierre, tamanha a vontade e pegada na marcação no meio-campo, Josué mostrou oportunismo. Aos 13, aproveitou rebote de chute de Jô e tocou para o gol, ampliando a vantagem do Galo.
Mas faltava o 'dele'. Depois de ter sido poupado diante do Nacional, em Patos de Minas, Ronaldinho Gaúcho voltou ao time com a sua marca registrada: o toque de classe que desconcerta o goleiro. O lance começou em um impedimento do atacante Diego Tardelli não marcado pelo mesmo assistente que anulou o gol de Jô. O camisa 7 ainda fez um corta-luz antes do toque fatal de R10 na entrada da área, aos 18. Na comemoração, careta em homenagem ao ex-jogador Lela, pai dos irmãos Alecsandro e Richarlyson, seus colegas de time.
O Tupi ainda conseguiu diminuir, com Alonso, fazendo o gol de honra em cobrança de falta aos 43 minutos, à la Ronaldinho - bola por baixo da barreira. Mas foi só. E a torcida atleticana comemorou mais um chocolate atleticano no domingo de Páscoa.
 

Torcedores protestam na saída do Flamengo de Moça Bonita

Alex Silva e Felipe são os principais alvos dos rubro-negros. Pouco após o jogo, zagueiro desabafou: 'Parece que só eu que jogo no Flamengo'


A derrota do Flamengo para o Audax, por 2 a 1, neste domingo, em Moça Bonita, deixou os torcedores rubro-negros revoltados (assista aos gols do jogo no vídeo ao lado). Depois de vaiar muito o time no fim do jogo, cerca de 50 deles ficaram perto do ônibus do clube, protestando com coros contra alguns jogadores. Os principais alvos foram o zagueiro Alex Silva e o goleiro Felipe. A Polícia Militar teve de intervir para evitar que a manifestação tomasse maiores proporções.
- Queremos jogador - exigiam os rubro-negros, que xingaram Felipe e Alex Silva ao entrarem no ônibus.
Logo após a partida, o zagueiro desabafou em entrevista à Rádio Globo:
- Parece que só eu que jogo no Flamengo. Então fui eu que perdi o jogo.
torcida Flamengo ônibus confusão  (Foto: Rudy Trindade / Ag. Estado)Torcedores do Flamengo cercam o ônibus do clube em Bangu (Foto: Rudy Trindade / Ag. Estado)
O atacante Rafinha foi poupado. Antes de sair, deu autógrafos e posou para fotos com fãs.
- Temos de trabalhar para inverter o que está acontecendo. Não adianta eu estar bem e o Flamengo não.
torcida Flamengo ônibus confusão  (Foto: Rudy Trindade / Ag. Estado)Polícia chega para acalmar os torcedores (Foto: Rudy Trindade / Ag. Estado)
 

Neymar encerra jejum, e Santos toma susto, mas vence o Oeste

Foram quase dois meses de uma separação conflituosa. Reclamações dos dois lados, polêmicas, discussões... Neymar não marcava um gol desde o dia 10 de fevereiro (seis jogos, sendo quatro pelo Santos e dois pela Seleção). Na noite deste domingo, o atacante reencontrou o caminho da rede, marcou e ajudou o Santos a vencer o Oeste de Itápolis por 2 a 1, no estádio Alfredo de Castilho, em Bauru. Cícero ampliou o marcador. Festa completa na cidade onde Pelé, maior ídolo da história do clube da Baixada, deu seus primeiros passos no futebol.
Atrapalhado por suspensões e pelos compromissos com a seleção brasileira, Neymar viveu situação de instabilidade no Campeonato Paulista. Ele chegou a ser vaiado por alguns torcedores no empate por 2 a 2 com o Mogi Mirim, na última quinta-feira. Saiu cabisbaixo, reclamou da falta de gratidão e prometeu dar a volta por cima. Disse que logo mostraria quem é quem. Dito e feito.
O tratamento dado ao craque pela torcida do interior foi completamente diferente. Protagonista desde o início, ele acenava para os santistas a cada vez que se aproximava dos alambrados. Na comemoração, se dirigiu a eles para celebrar o gol. O Oeste quase atrapalhou o clima santista, empatando aos 40 minutos do segundo tempo, mas Cícero fez questão de confirmar a festa em preto e branco no lance seguinte.
Terceiro colocado do Campeonato Paulista, com 32 pontos, o Santos volta a campo na próxima quinta-feira, quando enfrenta o São Caetano, às 19h30m (horário de Brasília), no estádio do Pacaembu. Na 11ª posição, o Oeste de Itápolis enfrenta o Linense, no estádio Gilberto Siqueira Lopes, sábado, às 18h30m.
Expectativa grande, nada de gols
A cidade de Bauru tem participação em uma fatia considerável da história do Santos. Foi na cidade do interior paulista, a mais de 400 quilômetros da Baixada, que ninguém menos que Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, deu seus primeiros chutes em uma bola de futebol. De lá, ele partiria para o clube onde construiria sua carreira e se tornaria o Rei. Desta vez, o público foi em bom número ao estádio Alfredo de Castilho para ver um dos sucessores mais célebres de Pelé: Neymar.
A fase que o camisa 11 do Santos atravessa é uma das piores de sua carreira. Sem marcar desde o dia 10 de fevereiro, quando fez o único gol de sua equipe na derrota por 3 a 1 para o Paulista de Jundiaí, Neymar chegou a ser vaiado por alguns torcedores dentro da Vila Belmiro, na última quinta-feira. De volta após os compromissos pela seleção brasileira, o atacante não correspondeu às expectativas e se mostrou inconformado com a insatisfação dos alvinegros.
– Depois de tudo que eu fiz pelo clube? – disse, após se deparar com a revolta vinda das arquibancadas, devido ao empate por 2 a 2 com o Mogi Mirim.
Neymar chamou a responsabilidade desde o primeiro minuto da partida contra o Oeste de Itápolis. Protagonista de praticamente todas as chances do Santos no campo de ataque, ele mostrou estar se entendendo com Giva – definido por Muricy Ramalho como o “parceiro ideal” do craque no setor ofensivo do Peixe. Correu, chutou, tabelou, reclamou... Com os holofotes sobre ele, se portou como o protagonista da partida. Mas o gol não veio.
Mandante, mas longe de sua casa, o Oeste adotou a cautela. Chegou com perigo à área do Santos em alguns momentos, mas somente baseado em contra-ataques. O Peixe, ágil como de costume, mas apostando pouco nas jogadas pelas laterais, centralizou o jogo em Cícero. Em boa fase, o meio-campista deu dinamismo à equipe, mas esbarrou na marcação cerrada do time do interior. Um óbvio zero a zero.
Fim de jejum, susto e alívio
No intervalo do jogo, o técnico Muricy Ramalho tentou dar mais movimentação ao Santos: com a saída do lateral-direito Bruno Peres, que sentiu dores, ele colocou Felipe Anderson. Logo em seu primeiro lance, ele recebeu passe de Neymar e fez bom cruzamento para a área, mas ninguém apareceu para completar. O Santos tinha a partida nas mãos, mas não sabia o que fazer com ela.
Sem Arouca, peça importante de transição entre a defesa e o ataque, cortado pelo departamento médico na véspera da partida em Bauru, o Peixe sofria para criar jogadas de perigo. Com Montillo apagado, Neymar voltava ao meio-campo para criar individualmente, se valendo de sua velocidade. Ainda assim, um chute de fora da área de Guilherme Santos se mantinha como lance de maior apreensão.
Em suas chuteiras, Neymar estampa as palavras “ousadia” e “alegria” – lema que norteia sua carreira desde 2009. Trajetória que começou há quatro anos, contra o mesmo Oeste de Itápolis, no Pacaembu. Honrando a inscrição, ele continuou partindo para cima. A cada toque na bola, os flashes nas arquibancadas se multiplicavam. E chegaram ao seu ápice quando o jejum de gols, enfim, se encerrou.
Montillo disparou pela esquerda e deixou a bola nos pés de Neymar. Agradecendo a gentileza, o craque dominou na entrada da área, limpou a marcação e colocou a bola onde ele mais gosta: na rede. Chute preciso, no ângulo esquerdo de Fernando Leal, que se esticou, mas não encontrou nada. Na comemoração, ele estendeu os braços e foi ao delírio com o público de Bauru. Total reconciliação de um casamento feliz: Neymar, Santos e gols.
Com total vocação para atrapalhar a festa, o Oeste calou a torcida adversária aos 40 minutos dos segundo tempo. Em cruzamento rasteiro para a área, Rafael não conseguiu alcançar a bola. Gilmar teve o trabalho apenas de empurrar para a rede. Frustração completa para Neymar e para todo o time do Santos, que se limitou a observar o que acontecia. Por pouquíssimo tempo.
No lance seguinte, reviravolta do Peixe. Alívio. Em cobrança de escanteio de Montillo, Durval tocou de calcanhar para Cícero, que encheu o pé e recolocou o Santos em vantagem. Um desfecho inesperado, emocionante e digno da recepção dos bauruenses à equipe.
 

Corintianos presos há um mês na Bolívia relatam condições da cadeia

Doze corintianos estão presos há mais de um mês, na cidade de Oruru, na Bolívia, e respondem pela morte de um torcedor boliviano, atingido por um sinalizador num jogo da Libertadores.

O Fantástico chama a atenção para um drama ainda sem desfecho. É a história dos doze corintianos presos na Bolívia há mais de um mês. Eles respondem pela morte de um torcedor boliviano, atingido por um sinalizador num jogo da Libertadores, em fevereiro. A defesa anunciou que pretende recorrer a cortes internacionais para tentar a libertação.
Nesta semana, o grupo recebeu a visita do presidente da Comissão de Relações Exteriores do senado, e falou da angústia que tem vivido.
“Isso não existe”. A declaração é de um dos doze corintianos presos há 38 dias na penitenciária San Pedro, em Oruro, na Bolívia.
No começo da semana, eles receberam a visita do presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. O encontro foi gravado por um fotógrafo que acompanhou a reunião.
“Cabe à Justiça boliviana provar a nossa culpa. Mostrar para o mundo que nós somos culpados”.
“Eles estão assustados, amedrontados, sentem claramente que estão correndo risco de vida, porque é uma prisão pra 200 pessoas, com 1.500. Uma condição muito  primitiva comparada às nossas piores penitenciarias no Brasil”, explica senador Ricardo Ferraço, presidente da Comissão de relações Exteriores.
Dentro do presídio em Oruro há um orelhão. Nós vamos ligar então nesse telefone público agora pra tentar falar com os torcedores.
Conseguimos conversar com Danilo. “Tenho trabalho, tenho residência fixa e por isso até, eu sou inocente e tô aqui ainda. Eu não entendo”, afirma Danilo Silva de Oliveira, auxiliar de logística.
Danilo, de 27 anos, conta que é formado em comércio exterior e trabalha como auxiliar de logística. Disse que emagreceu doze quilos na prisão.
“Semana passada eu peguei infecção urinária. Eu, particularmente, já fui mais de 5 vezes aqui no médico”.
Marco Aurélio, outro torcedor preso, descreveu a cadeia.
São duas celas e estamo divididos em 6 e 6, uma cela tipo 2 metros por 4 de largura assim. Tem 3 colchões, nois forra, cada um dorme tipo em 2, entendeu?”, conta Marco Aurélio Nefreire, corretor de imóveis.
Ele tem 30 anos, diz que é corretor de imóveis e tem três filhos. A mulher está grávida de oito meses.
“Eu to aqui, não sei se vou conseguir a tempo de ver o nascimento do meu filho que provavelmente tá previsto pro dia 15 ao dia 20 do mês de abril”.
Os 12 estão presos desde a morte de Kevin Beltran espada, de 14 anos, em 20 de fevereiro. Kevin foi atingido na cabeça por um sinalizador, durante o jogo entre Corinthians e San José, em Oruro. A justiça boliviana diz que os brasileiros estão envolvidos.
Os advogados que defendem os torcedores dizem que não conseguem ter acesso ao processo na Bolívia. Eles afirmam que ainda nem sabem exatamente do que os brasileiros estão sendo acusados.
“Podemos dizer, sem dúvida, que nós temos 12 brasileiros, hoje, sequestrados num presídio em Oruro na Bolívia”, afirma Maristela Basso, advogada corintianos.
“Como é que uma juíza faz uma audiência de 9 horas, em duas partes, e se julga incompetente pra definir o caso, pra dar a nossa liberdade e julga o nosso pedido de liberdade improcedente, cara”, pergunta um dos torcedores
Este doutor em direito internacional, diz que a Justiça de lá está cumprindo o prazo das leis do país. Segundo ele, na Bolívia, a prisão preventiva pode chegar a dois anos. E há uma outra razão para eles não serem soltos.
“Os países tem medo de liberar aquelas pessoas pro seu país de origem, como está acontecendo na Bolívia, especialmente porque, no Brasil,  em uma regra de que não se extradita nacionais. Se, eventualmente, tem uma sentença condenatória e  e eles teriam que cumprir pena lá, eles não poderão nunca ser extraditados pra Bolívia, porque é uma garantia constitucional do direito brasileiro”,
Um menor que mora na região metropolitana de São Paulo assumiu ter feito o disparo. O rapaz, de 17 anos, se apresentou à justiça brasileira e foi liberado.
O Ministério Público de São Paulo já enviou o depoimento dele à Bolívia, por meio do Ministério das Relações Exteriores.
Mas a justiça boliviana ainda não se manifestou sobre isso.
“Tudo foi feito. Todos os recursos jurídicos, legais, foram implementados. Todavia, a justiça não respondeu. A justiça boliviana não respondeu a esses pedidos de esclarecimento, aos habeas corpus, às apelações”.
O senador que visitou os brasileiros, acredita em um outro motivo para eles estarem presos até hoje.
“Há um incomodo muito grande, um protesto muito grande por parte do governo boliviano em razão de nos termos concedido asilo político ao líder da oposição do governo boliviano que esta há quase um ano confinado na embaixada brasileira”.
O senador boliviano Roger Pinto Molina, abrigado na embaixada brasileira, alega ser perseguido por denunciar corrupção no governo de Evo Morales. Já o governo boliviano acusa Molina de vários crimes.  Entre eles, denúncia de venda irregular de terras estatais e repasse ilegal e sem controle de verbas públicas.
Em nota ao Fantástico, o Ministério das Relações Exteriores nega não confirma essas pressões. Diz que o "cidadão brasileiro não é moeda de troca em nenhuma situação." E que "em momento algum, houve menção nesse sentido por parte do governo boliviano."
O Itamaraty também afirma que a representação brasileira na Bolívia tem feito visitas frequentes ao grupo detido, para que os direitos humanos sejam respeitados.
Esta semana, os doze corintianos foram fotografados jogando bola na prisão. Eles usavam camisas em homenagem a Kevin Espada, com um pedido de liberdade para o grupo.
No dia 8 de abril, os torcedores devem deixar a prisão. Mas apenas para ir ao estádio, participar de uma reconstituição.
“Não tô entendendo. Isso é um preconceito com a torcida do Corinthians ou com brasileiros, enfim, tamo abandonado”, afirma Danilo.
“O que mais acontece no caso? Porque não deram a nossa liberdade, cara?”
Se nenhum recurso der certo, os advogados vão buscar outras alternativas.
“Vamos recorrer a organizações internacionais que possam interferir nesse caso, a alternativas política-jurídica-diplomática que são importantes e também, localmente, nos vamos  tentar medidas agora, digamos mais austeras perante cortes outras que não são apenas aquelas de Oruro”.
''fonte:FANTASTICO REDE GLOBO''
 

Timão vira contra o lider São Paulo em pleno Morunbi


Pato marca em pênalti após falha tricolor, e Timão vence o São Paulo
Luis Fabiano, Guerrero, Jadson, Sheik, Ganso, Danilo, Osvaldo, Pato, Rogério Ceni, Paulinho... Se em um domingo de Páscoa um clássico com tantos bons jogadores terminasse 0 a 0, o Paulistão teria de ser benzido. Mas inesperado mesmo é que a vitória fosse decidida por um erro, em vez do talento de um deles. Rafael Toloi recuou a bola de maneira absurda para Rogério Ceni, que teve de dividir com Alexandre Pato. E aí? O goleiro chutou o pé do atacante, ou o atacante entrou de sola no goleiro? O árbitro deu pênalti.
Pato bateu e decidiu. Virada do Corinthians, que nem foi melhor no jogo, não foi brilhante, mas não perdeu as oportunidades que teve e errou menos. Vitória que mantém uma escrita de sete anos sem perder para os donos da casa no Morumbi. E que coloca o Timão em situação de menos aperto na tabela do Paulistão: está em quinto, com 29 pontos. O Tricolor segue líder, seis pontos à frente do rival e com um jogo a menos. O jogo teve público total de 20.930 pessoas, com renda de R$ 708.080,00.
O São Paulo foi melhor no primeiro tempo, criou ótimas jogadas e contou com talento e dedicação de seus jogadores. Jadson marcou logo no início, e o time controlava o jogo até Danilo, sempre ele, letal nos Majestosos, acertar um lindo chute de pé direito e salvar sua má atuação. Na etapa final, fez diferença a consistência do Corinthians, que nem se esforçou muito para ganhar, mas não cometeu nenhum erro grave como o de Toloi.
Pausa no Paulistão. A Libertadores vem aí. O São Paulo está em situação muito ruim. Vai jogar na quinta-feira na tão temida altitude de La Paz contra o Strongest. Se não vencer, corre o risco de ir para a última rodada precisando derrotar o Atlético-MG no Morumbi, e ainda dependendo de outros resultados para se classificar. Já o atual campeão Corinthians, em posição mais confortável, terá o Millonarios pela frente, na quarta, em Bogotá. Se vencer, praticamente carimba sua vaga. Do contrário, ainda poderá fazer isso diante do frágil San José, na última rodada, no Pacaembu.
Chuta, Ganso? Chuta, Danilo!
Paulo Henrique Ganso fez um bom primeiro tempo. Com movimentação, dedicação de saltar aos olhos na marcação, ótimos passes, inteligência, mas... Teve três chances para chutar a gol, e em todas preferiu tentar encontrar um companheiro. Danilo, por outro lado, tinha atuação pífia até receber com liberdade do lado esquerdo, ajeitar para o pé direito e... Gol! Golaço! Não era o pé bom, mas não importa. Danilo tem talento, tem estrela nos duelos entre São Paulo e Corinthians, onde já fez muitos gols com as duas camisas. Ganso também tem talento. Precisa usá-lo mais.
Quem chutou, e também marcou, foi Jadson, o melhor jogador do São Paulo desde que Lucas se foi. Logo no começo do Majestoso, para afastar qualquer suspeita de um novo 0 a 0 em clássicos no Paulistão. Uma jogada ótima, que teve o drible e o passe de Osvaldo, a visão de Ganso ao deixar a bola passar, e a calma do camisa 10. Com um sistema de marcação frágil, apenas Denilson como volante e Maicon mais recuado, o Tricolor foi melhor, muito por conta da dedicação dos homens de frente.
Luis Fabiano, por exemplo, apareceu em duas boas finalizações que Cássio defendeu, mas também em desarmes e entradas firmes. Firmes, não violentas. Leais. Mas o Timão, sabendo de sua fama, fez de tudo para enervá-lo e jogá-lo contra o árbitro. Por sinal, reclamaram demais os corintianos, que cercaram Leandro Marinho em dois lances: pediram falta em Alessandro no lance que originou o gol são-paulino, e reclamaram do empurrão de Gil no Fabuloso. Em nenhum deles tinham razão.
Tite começou a partida com Romarinho na direita, Danilo centralizado e Sheik na esquerda. Nenhum deles ia bem, o que comprometia também a atuação de Guerrero. A versatilidade dos atletas permite ao técnico invertê-los. De repente, Emerson estava na direita, Romarinho pelo meio e Danilo na esquerda, onde recebeu para fazer um senhor golaço. Quando recebeu, aliás, o lateral-direito Paulo Miranda, que joga porque é marcador, estava voltando lentamente no meio.
Na jogada mais bonita do primeiro tempo, a bola passou pelos pés de Ganso e Paulo Miranda até chegar em Jadson, e o meia fazer lindo passe para Osvaldo, que bateu de primeira, para fora. Paulinho e Romarinho também tiveram chances pelo Timão. Um clássico cheio de ótimos jogadores, muito melhor do que os outros do Paulistão.
Falta ou pênalti? Pênalti!
Ritmo mais lento. O segundo tempo não teve a intensidade do primeiro. Um vai viajar para a Colômbia, o outro para a Bolívia. Era esperado. Ainda assim, a qualidade dos jogadores em campo fazia com que chances fossem criadas. Luis Fabiano recebeu dois bons passes e finalizou com perigo, mas em ambas as vezes estava impedido.
O banco do Corinthians era melhor. Sai Guerrero, entra Pato. Que time tem esse privilégio? Foi o jovem quem ajeitou de cabeça para Paulinho e causou o lance mais inusitado do jogo. Rogério Ceni, goleiro mais talentoso com os pés, furou, mas se recuperou a tempo de evitar o segundo gol corintiano.
Com a formação inicial, o São Paulo não tinha outra proposta além de tentar a vitória. São jogadores fadados ao ataque. O contra-ataque, então, ficou para o Timão. Mas nenhum time cumpriu sua proposta com apetite suficiente. Por falar em apetite, uma cena que deve ter enchido os dirigentes tricolores de orgulho: Ganso deu um carrinho, levantou socando o ar de raiva pela marcação da falta, e levou cartão amarelo. Corre sangue nas talentosas veias do meia.
Tudo parecia caminhar para o quinto empate consecutivo em clássicos quando Toloi, que havia acabado de desarmar Sheik e Pato com maestria, errou o recuo para Rogério Ceni. O goleiro dividiu com Pato, ficou caído, e ainda teve de amargar o pênalti e um cartão amarelo. Foi a vez dos tricolores reclamarem demais com todos os árbitros possíveis. Queriam uma falta do atacante, que antes do choque entre sua chuteira e a do capitão são-paulino, já havia tocado na bola.
Pato não tomou conhecimento das reclamações de Ceni. Bateu forte, no canto superior direito do goleiro, e fez sinal pedindo silêncio na comemoração. Shhhhhh! Um desabafo do jogador, que ouviu a torcida adversária chamar os corintianos de "assassinos" em provocação pela morte do garoto Kevin Espada, no jogo do Timão na Bolívia, pela Libertadores. Torcedores do Corinthians estão presos em Oruro por serem suspeitos de terem disparado o sinalizador que matou o menino.
Sem pressão, o anfitrião tentou empatar no fim. Não conseguiu. Vitória  do Corinthians em um bom jogo, que poderá se repetir na fase final.


 

IMPERDÍVEL!!
 
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