31 DE MAIO EM RG

Brasil fará amistoso com Bolívia, e renda será doada à família de Kevin

CBF marca partida para 6 de abril, em Santa Cruz de la Sierra. Técnico Luiz Felipe Scolari só convocará atletas que atuam no país


A seleção brasileira fará amistoso com a Bolívia, dia 6 de abril, em Santa Cruz de la Sierra, e a renda da partida será destinada à família do jovem Kevin Espada, que morreu no dia 21 de fevereiro. O menino de 14 anos foi atingido por um sinalizador disparado por um torcedor do Corinthians, em Oruro, durante a partida do Timão com o San José, pela Libertadores.
A confirmação do amistoso será publicada no site oficial da CBF na quarta-feira. Como não é uma data reservada pela Fifa para partidas internacionais, o técnico Luiz Felipe Scolari só poderá convocar atletas que atuam no país. O mesmo acontecerá no jogo com o Chile, 24 de abril, na Arena do Grêmio.
Em entrevista ao jornal "O Globo" nesta terça, o presidente da CBF, José Maria Marin, afirmou que a Seleção viajará para a Bolívia no mesmo dia do amistoso e voltará ao país logo após a partida em Santa Cruz de la Sierra.
- É uma causa nobre. Isso não devolve a vida do garoto, mas é uma homenagem do futebol brasileiro à memória dele, e uma ajuda à família - disse Marin ao jornal.
Uma semana após a morte de Kevin, o presidente da Federação Boliviana de Futebol (FBF), Carlos Chávez, afirmou que havia chegado a um acordo com Marin para a realização da partida sem a necessidade de pagamento à CBF.
A Seleção de Felipão tem dois compromissos ainda neste mês na Europa. No próximo dia 21, a equipe enfrenta a Itália, em Genebra. Depois, viaja para Londres, onde fará amistoso com a Rússia, dia 25. Essas partidas serão as últimas que o treinador terá com time completo antes da Copa das Confederações (veja os convocados).
Neymar luiz felipe scolari felipão brasil treino (Foto: Agência Reuters)Neymar, que atua no Brasil, poderá ser convocado para amistoso na Bolívia (Foto: Agência Reuters)
 

Messi faz dois, Barcelona 'renasce' e elimina o Milan com show e goleada



Depois de Daniel Alves admitir queda de rendimento, craque argentino faz
dois belos gols e lidera os 4 a 0 da equipe catalã após derrota no San Siro


Em recente entrevista, Daniel Alves admitiu que o Barcelona havia "perdido a fome" e via um Lionel Messi cabisbaixo - especialmente após a sequência de maus resultados que culminou com a eliminação na Copa do Rei, diante do arquirrival Real Madrid, e a derrota para o Milan por 2 a 0 pela ida das oitavas de final da Liga dos Campeões. Pois esqueça tudo o que aconteceu nas últimas semanas. Como uma psicologia reversa, o time catalão brindou sua aguerrida torcida com uma das melhores atuações há tempos. O resultado foi um verdadeiro show sob o comando do próprio craque argentino, autor de dois gols, e a tão sonhada "remontada" no Camp Nou: vitória por 4 a 0 e vaga nas quartas de final. A noite mágica dos donos da casa foi ainda completada por David Villa e Jordi Alba - este último num contra-ataque nos acréscimos do segundo tempo.
Mosaico - Barcelona x Milan (Foto: Editoria de Arte)
Antes baqueada pelas críticas, a equipe comandada por Jordi Roura chegará às quartas de final embaladíssima. De quebra, receberá nas próximas semanas Tito Vilanova, ausente por longo período para tratar a recaída em seu tumor nos Estados Unidos. O adversário será conhecido através de um sorteio na manhã da próxima sexta-feira, com transmissão ao vivo do GLOBOESPORTE.COM - times como Real Madrid, Bayern de Munique e Juventus podem parar no caminho dos catalães.
Ao Milan, resta focar a sua temporada no Campeonato Italiano. Com 51 pontos, os Rossoneros estão atualmente na terceira posição, a última que dá uma vaga justamente na próxima edição da Champions. No torneio nacional, o time pode contar com Mario Balotelli, grande contratação do clube e ausente nos confrontos diante do Barça por já ter defendido o Manchester City na fase de grupos.
Messi como Messi
Desta vez não foram apenas os 72% de posse de bola, já habituais quando o Barcelona está em campo. Por trás dos números, o que se viu no primeiro tempo no Camp Nou foi um time aguerrido, com sangue nos olhos, faca entre os dentes e lutando por cada bola para provar que as críticas nas últimas semanas foram injustas. Fato é que em poucos minutos já era possível perceber a mudança de atitude dos catalães, refletida inclusive no placar.
Torcida do Barça, Barcelona x Milan (Foto: AFP)Torcida do Barça fez a sua parte antes e durante o confronto (Foto: AFP)
Mordedor, o Barcelona ocupava o seu campo ofensivo sem pretender voltar. Era roubar a bola e procurar o homem mais próximo, de preferência se fosse baixinho, de cabelos lisos e com a camisa 10 às costas. Afinal, era a noite dele.
Foi assim aos cinco, quando Xavi e Messi tabelaram até que o craque argentino, nos primeiros centímetros da grande área e cercado por seis adversários, encontrou espaço para colocar a bola no ângulo de Abbiati. A resposta no campo empolgou a já animada torcida blaugrana, que transformou-se em mais um marcador na busca da tão comentada "remontada".
Virar o confronto era praticamente um dever, mas o Barcelona sabia que do outro lado estava um time que não havia perdido um jogo sequer em 2013 - e também dono de sete títulos da própria Liga dos Campeões. Na base do contra-ataque, o Milan aos poucos foi descobrindo os mínimos espaços disponíveis. Parecia simples, uma vez que Barça só não sofreu gol em apenas um de seus últimos 14 jogos. Aos sete, El Shaarawy recebeu lançamento de Boateng, mas concluiu mal.
Milan para na trave e é punido
Iniesta e Ambrosini, Barcelona x Milan (Foto: AFP)Iniesta roubou a bola de Ambrosini no lance do
segundo gol de Messi (Foto: AFP)
O próprio "Faraó" seria o responsável por outras duas oportunidades dos italianos, aos 29 e 33. Nenhuma deu grande trabalho a Valdés. Minutos depois, porém, o Milan encontraria a liberdade tão desejada num contra-ataque. Mascherano cabeceou mal e deixou Niang à vontade. O francês arrancou até entrar na grande área e chutou... Na trave direita, para desespero de todo o banco rossonero.
Se um gol àquela altura praticamente definiria o confronto - obrigando o Barça a marcar três vezes, mas sob pressão mais forte -, o lance acabou se transformando numa punição aos visitantes. A reação ao perigo veio com um chute forte e rasteiro de Lionel Messi após vacilo de Ambrosini na saída de bola. Iniesta serviu para que o camisa 10 marcasse o seu segundo no jogo e o 58º na história da competição, deixando o holandês Ruud van Nistelrooy (56) para trás e se aproximando ainda mais do ídolo merengue Raúl González (71).
O resultado, em tese, ainda poderia ter sido maior caso o árbitro Viktor Kassai resolvesse assinalar pênalti após o empurrão de Abate em Pedro, aos 11 minutos. Ou, no lance seguinte, se a bomba de Iniesta, de fora da área, tocasse nas mãos de Abbiati e furasse a rede - e não carimbasse o travessão, como aconteceu. O goleiro italiano também teve influencia direta aos 16, quando espalmou chute de Xavi de longe.
Messi chuta para marcar, Barcelona x Milan (Foto: AP)Mesmo cercado por seis, Messi arrumou espaço para marcar: noite decisiva do argentino (Foto: AP)
Villa e Alba selam a 'remontada'
O tempo e o jogo já estavam a favor, mas o Barcelona fazia questão de buscar os quatro gols que lhe dariam alguma tranquilidade. O terceiro não custaria a sair. Primeiro, aos dois, Messi deu o sinal ao receber presente de Constant e finalizar para a defesa de Abbiati. Mas aos dez não houve jeito: David Villa, livre após lindo passe de Xavi, escolheu o canto e saiu para comemorar.
Em desvantagem, o Milan enfim abandonou sua vocação defensiva para tentar o gol salvador. Robinho, Muntari e Bojan foram a campo até os 30 da etapa final, mas o fato é que chegar à área rival parecia uma missão para poucos. Aos 36, Robinho conseguiu e, com um cruzamento rasteiro, encontrou Bojan. Puyol travou e impediu que a revelação de La Masía calasse o Camp Nou.
No fim, aos 47, ainda houve tempo para que o Barcelona selasse sua noite mágica com mais um gol após apenas quatro toques na bola. Sánchez escapou pela direita, recebeu passe de Messi e cruzou na medida para Jordi Alba invadir a área, dominar e tocar na saída de Abbiati: um 4 a 0 para ninguém esquecer.
 

Grêmio permite virada ao Caracas e deixa escapar a liderança do grupo


Ainda de luto pela morte do presidente do Hugo Chávez, a Venezuela voltou a sorrir. Pelo menos por 90 minutos. Dentro do quase impraticável gramado do Estádio Olímpico, na noite desta terça-feira, o Caracas derrotou o Grêmio por 2 a 1 , de virada, e embolou a classificação do Grupo 8 da Taça Libertadores. Enquanto o Tricolor gaúcho desperdiçou a chance de assumir a liderança isolada, a equipe venezuelana encostou e manteve vivas as chances de classificação.

O time de Vanderlei Luxemburgo poderia ter alargado o placar quando vencia. Jogou fora contragolpes fulminantes, desperdiçou lances imperdoáveis. Acabou, portanto, castigado e derrotado por um time limitado, mas que jogou com o coração também para alcançar um marco: após 14 confrontos, enfim venceu um clube brasileiro na competição continental.
O resultado deixa o Grêmio ainda em segundo lugar, com seis pontos, porém ameaçado pelo próprio Caracas, com a mesma pontuação, mas saldo de gols inferior (-1 contra 4). O líder é o Fluminense, com sete. O Huachipato tem quatro e segura a lanterna. A próxima rodada ocorre nos dias 3 e 10 de abril, com Caracas x Huachipato e Grêmio x Fluminense, respectivamente. Antes, o Tricolor gaúcho volta as suas atenções ao estadual: no sábado, enfrenta o Lajeadense em seu primeiro confronto pelo Gauchão na Arena.
Barcos do Grêmio e Andres Sanchez do Caracas (Foto: AP)Barcos Andres Sanchez disputam bola em jogo truncado (Foto: AP)
Capital comovida, estádio alheio
A direção do Caracas esperava cerca de 13 mil pessoas num Estádio Olímpico com capacidade para 20 mil - o borderô indicou a presença de 7 mil. Embora o jogo fosse decisivo para o futuro do time na competição, o clima de consternação pela morte de Hugo Chávez, vítima de câncer, afastou o público de eventos esportivos. A rodada do campeonato local havia sido cancelada no fim de semana, por exemplo.
Estavam proibidas manifestações políticas nas arquibancadas, o que não impediu os torcedores de se emocionarem, entoando em uníssono, todos de pé, o hino nacional. O civismo, no entanto, registrou uma mancha. Um lança-chamas, artefato típico dos fãs do Caracas, porém proibido pela Conmebol desde a morte de um torcedor na Bolívia, foi avistado entre os populares.
Em um campo esburacado, remendado e com o botão do sistema de irrigação exposto, o Caracas deu provas de que iria dominar as ações. Logo com 15 segundos, após corte falho de Pará, Dida precisou fazer difícil defesa em chute à queima-roupa na área. Mas foi um susto apenas. Aos poucos, sobretudo por meio de contra-ataques velozes, o Grêmio assumiu o protagonismo da partida.

Mantra da bola aérea vira realidade
E por falar em estrela, Barcos surgiu. Aos oito, num drible, desmontou dois rivais e, de canhota, lançou chute potente e rasante ao poste de Baroja. Era o sinal de que estava por vir algo melhor. Mesmo que, ainda pouco acostumados ao campo ruim, muitos jogadores teimavam em escorregar e perder boas chances no ataque. A saída, portanto, foi pelo alto, mantra repetido intensamente durante a semana preparatória. Dito e feito. Aos 16, André Santos alçou bola na segunda trave. Preocupados com o oportunismo de Barcos, os zagueiros venezuelanos deixaram o não menos astuto Elano sozinho. O golpe de cabeça saiu tão certeiro quanto o seu chute diante da LDU, ainda na fase preliminar: 1 a 0.
Aos 25, Elano poderia ter ampliado, mas preferiu chutar cruzado, à espera de uma intervenção de Barcos, o que não aconteceu. A partir de então, o time de Luxa caiu. Permitiu sucessivos avanços dos donos da casa. Aos 34, uma chuva de cruzamentos atormentou a defesa gremista, mas Barcos e, depois, Pará afastaram os cruzamentos, grande fonte de sobrevida aos poucos inspirados venezuelanos, que, desta vez, estiveram mais ofensivos, com duas alterações na equipe e ainda com mudança de esquema, do 4-5-1 para o 4-4-2.

Crime e castigo: Caracas cresce e empata
Embora com menos intensidade, o Grêmio seguia levando perigo. Aos 43 minutos, Zé Roberto encontrou espaço para chute venenoso, nas mãos de Baroja. O primeiro tempo chegaria ao fim com apenas uma nota triste para os azuis. Elano levou cartão amarelo e, suspenso, não enfrenta o Fluminense na Arena. No entanto...

Aos 46 minutos, mais uma bola parada para o Caracas nas proximidades da área de Dida. O chute, forte e seco, esbarrou no corpo de Fernando e se ofereceu na altura da meia-lua para o camisa 10, craque do time, Peña. E ele estufou as redes: 1 a 1. Festa no estádio, torcida inflamada e mais lança-chamas surgiram, numa geração espontânea de luzes e fogos.
- O árbitro não está bem, não foi falta. E o Caracas está batendo muito - reclamou o diretor executivo de futebol Rui Costa, no intervalo.
- Estamos bem no jogo, mas precisamos prestar mais atenção na bola parada deles - conformou-se Zé Roberto.

Grêmio abusa de erros, rival cresce e vira
Sem mudanças nas equipes, a tônica da partida seguiu inalterada. Grêmio melhor, com o Caracas dotado de lampejos. Assim, aos seis minutos, os visitantes fizeram do problema uma solução. Zé Roberto chutou de fora da área e quase enganou o goleiro com o "montinho-artilheiro". Baroja se virou como pôde.
O Caracas tinha Peña. O centro do time, a pedra no sapato tricolor. Com dribles curtos, municiou o ataque com bons cruzamentos. Mas nenhum bem aproveitado. Aos 17, então, foi a vez de o Grêmio desperdiçar. Num contra-ataque, em dois contra um, Vargas errou o passe final para Barcos. Dois minutos depois, o argentino recebeu cruzamento bem mais certeiro de Elano, mas, na entrada da pequena área e pressionado, roçou a bola pela linha de fundo.
O desperdício do Grêmio teve o seu preço. O Caracas adiantou o time, passou a pressionar. Aproveitou-se do cansaço de Elano. Também viu Souza e Fernando, sobrecarregados, dando espaços no miolo do meio-campo. Mas foi pela ponta, sobre o improdutivo Pará, que Cure fez cruzamento para o pé esquerdo de Farías. Na pequena área, sozinho após se descolar de Cris, o centroavante apenas escorou para as redes.
Calma e oportunismo que faltaram a Willian José, que entrou no lugar de Vargas. Aos 36, sozinho na marca do pênalti, não conseguiu dominar a bola e a viu escapar para o lado do campo. Um retrato do Grêmio, sobretudo no segundo tempo: errático, nervoso e derrotado. Agora, o Fluminense novamente terá que ser o caminho para a recuperação. Os gremistas só querem que, na Arena, se repita a boa história contada no Engenhão.
Zé Roberto contra o Caracas, na Venezuela (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)Zé Roberto contra o Caracas, na Venezuela (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)
 

Fernandinho Beira-Mar é condenado no Rio a 80 anos por crimes de 2002

Sentença é por traficante mandar matar criminosos de dentro de Bangu 1.
Logo após a leitura da pena máxima, Beira-Mar disse que vai recorrer.


Beira-Mar escuta a sentença lida pelo juiz (Foto: Lívia Torres/G1)Beira-Mar escuta a sentença lida pelo juiz (Foto: Lívia Torres/G1)
O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi condenado a 80 anos de prisão — a pena máxima — por crime de homicídio qualificado ocorrido em 2002. A sentença foi lida no início da madrugada desta quarta-feira (13), pouco depois das 0h30, pelo juiz Murilo Kieling, após ouvir decisão do júri presente no Tribunal de Justiça (TJ), no Centro do Rio, onde o julgamento foi realizado a partir das 14h de terça (12). Logo após o anúncio, o próprio Beira-Mar disse que vai recorrer.
Beira-Mar, de 45 anos, terá que cumprir a sentença inicialmente em regime fechado, segundo o juiz. A pena foi dividida em 30 anos por cada homicídio, dos também traficantes Antônio Alexandre Vieira Nunes e Edinei Thomaz Santos, e mais 20 anos por tentativa de homicídio, de Adaílton Cardoso de Lima, que sobreviveu. O criminoso teria ordenado os assassinatos de dentro da penitenciária de segurança máxima Bangu 1, onde estava preso na época. Os executores não foram identificados.
Segundo o TJ, antes do julgamento, as condenações de Beira-Mar apenas no Rio somavam 69 anos e meio de prisão. No total, considerando também outros estados, eram 120 anos. Com o veredito desta terça, a soma vai a 200 anos. O traficante está preso desde 2002.
"Seus predicados pessoais e a predileção por atividades ilícitas renderam-lhe frutos. Ganhou status de maior criminoso nacional. A maldade bebe na maior parte o veneno que produz", disse o juiz durante a leitura da sentença.
O promotor Marcelo Muniz Neves ficou satisfeito: "Dificilmente há coragem por conta do magistrado de impor a pena máxima. Mas, por conta das circunstâncias, não tinha como ser de outra maneira. Acho que dentro do que é possivel foi alcançado o que se pretendia".
Sorriso e beijos na entrada
Na chegada ao plenário do 4º Tribunal do Júri, escoltado por quatro agentes do Departamento Penitenciário Federal, a serviço do Ministério da Justiça, Beira-Mar, de óculos de grau, tentou esconder as algemas, sorriu, acenou e mandou beijos para parentes e amigos. O criminoso chegou de helicóptero de Bangu 1, onde passou a noite após a chegada ao Rio nesta segunda-feira (11) — ele cumpre pena na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR).
O interrogatório começou às 15h. Antes, a defesa pediu a suspensão da sessão porque nenhuma das seis testemunhas compareceu. A promotoria, por sua vez, disse que não seria necessário ouvi-los, e o juiz decidiu prosseguir com o julgamento, e perguntou se o réu usaria o direito de permanecer em silêncio. Beira-Mar preferiu responder.
O juiz perguntou, então, se o réu teria ordenado os homicídios. "Não, de forma alguma", respondeu. "Tanto que eu mandei socorrer o Adaílton, que era meu olheiro", disse sobre o sobrevivente, que desapareceu após o crime e foi uma das testemunhas ausentes no julgamento.
O traficante afirmou que apenas ordenou a realização de uma reunião na favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para esclarecer uma guerra que estava acontecendo entre traficantes da comunidade. Nesta época, segundo ele, a ordem foi dada por meio de um dos telefones celular que ficavam à sua disposição em Bangu 1. De acordo com o réu, durante o encontro, o criminoso conhecido como Pepito teria se descontrolado e atirado a esmo, matando inclusive inocentes.
Estudante de teologia
O traficante contou também que iniciou a faculdade de teologia, à distância, e que só não está trabalhando porque a prisão de Catanduvas não oferece esse tipo de serviço.
Eu tinha uma outra visão de vida. Estou sofrendo bastante e quero pagar o que devo à Justiça"
Beira-Mar
Questionado pelo MP sobre o interrogatório anterior, em que negou ter conhecimento das mortes e que não se tratava de sua voz nas escutas telefônicas, Beira-Mar admitiu que mentiu para não produzir provas contra si mesmo. "Na época, eu tinha uma outra visão de vida. Estou sofrendo bastante e quero pagar o que devo à Justiça", disse o traficante, acreditando que quem tiver acesso às escutas telefônicas perceberá que não partiu dele a ordem para os homicídios.
As gravações a que se refere foram feitas pela Polícia Federal em 2002, e mostram Beira-Mar conversando com subordinados por telefone, de dentro da cadeia. Sons de tiros são registrados no áudio gravado, como mostraram reportagens do "Fantástico" e do "Jornal Nacional", da TV Globo, exibidas no julgamento a pedido do promotor Marcelo Muniz Neves.
Após 1h30min de tese da acusação, foi dada a palavra à defesa, por volta das 18h10. O advogado Wellington Correa sustentou que as escutas telefônicas não tinham autorização judicial e, por isso, a prova seria ilícita. "Luiz Fernando da Costa é uma pessoa notoriamente perseguida pela imprensa, mas tem direito a ampla defesa. Não há autorização judicial nesse processo", disse.
Após o fim do debate entre acusação e defesa e novo intervalo, a sessão foi retomada por volta das 20h, com a réplica do MP, seguida da tréplica da defesa. Por fim, os sete integrantes do júri se reuniram por cerca de uma hora, até o juiz anunciar a sentença, à 0h30.
O traficante Luiz Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, chega de helicóptero para seu julgamento no TJ-RJ (Foto: Luiz Roberto Lima/Futura Press/Estadão Conteúdo)O traficante Luiz Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, chegou de helicóptero para seu julgamento no TJ-RJ (Foto: Luiz Roberto Lima/Futura Press/Estadão Conteúdo)
 

Primeira votação tem fumaça preta, e conclave ainda não elege novo Papa



Votações prosseguem nesta quarta (13) na Capela Sistina, no Vaticano.
Cardeais escolhem o sucessor de Bento XVI no comando da Igreja Católica.


Os cardeais reunidos no conclave na Capela Sistina, no Vaticano, não conseguiram escolher o novo Papa na primeira votação, realizada nesta terça-feira (12).
A fumaça preta se ergueu da chaminé da Capela Sistina, onde ocorre a reunião secreta dos cardeais, às 19h41 locais (15h41 de Brasília), segundo o Vaticano, durante vários minutos, indicando que nenhum participante obteve a maioria de dois terços dos votos necessária para eleger o novo pontífice.
O público que estava na Praça de São Pedro, sob chuva e frio, e que esperava a fumaça branca e os sinos que indicariam a escolha de um novo Papa recebeu a fumaça preta produzida pela queima dos votos dos cardeais com decepção. Logo depois, a praça ficou vazia.
Veja relato da repórter do G1 no Vaticano.
Com o fim da primeira votação, os cardeais seguem confinados na Casa de Santa Marta, e o conclave para eleger o sucessor de Bento XVI continua nesta quarta-feira, com duas votações pela manhã e outras duas à tarde, ou até que um dos participantes obtenha os 77 votos necessários ou mais para ser escolhido o novo Papa.
A eleição do novo pontífice ocorre após a surpreendente renúncia do agora Papa Emérito Bento XVI, anunciada em 11 de fevereiro e efetivada em 28 de fevereiro, e que criou uma situação praticamente inédita para a Igreja moderna, em que dois pontífices, um atuante e outro "aposentado", devem coabitar o Vaticano, a poucos metros um do outro.
O alemão Josef Ratzinger deixou o cargo após oito anos de um pontificado marcado por crises e divisões internas.
Ele deixa para seu sucessor desafios como os escândalos relativos aos casos de pedofilia no clero de vários países, as disputas internas na Cúria Romana e a expansão do secularismo e de religiões concorrentes.
O cardeal brasileiro Dom Odilo Pedro Scherer é citado, pela imprensa e por analistas, como um dos cotados para ser o novo Papa, ao lado do italiano Angelo Scola, mas a previsão é de a eleição difícil, sem favorito absoluto.
Cardeais ouvidos pela agência Reuters nesta terça afirmaram que a decisão poderia levar cerca de 5 dias.
Segundo informou o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, pouco depois de fecharem as portas da capela, os cardeais que entraram na Capela Sistina para eleger o novo Papa estão "em muito boa forma".
Missa Pro Eligendo Pontifice
Mais cedo, Dom Angelo Sodano, cardeal decano da Igreja Católica, apelou pela "colaboração" e pela "unidade" dentro da Igreja, durante a missa Pro Eligendo Pontifice, que precedeu o conclave.
Todos os cardeais presentes em Roma, eleitores ou não, participaram na cerimônia, uma das mais intensas dos últimos anos. Eles entraram na Basílica de São Pedro com semblante sério e concentrado.
Sodano exortou os cardeais a "colaborar para edificar a unidade da Igreja" e "cooperar com o sucessor de Pedro". "Estamos convocados a cooperar com o Sucessor de Pedro, fundamento visível de tal unidade eclesiástica', afirmou o influente cardeal.
"Eu os exorto a se comportarem de maneira digna, com toda humildade, mansidão e paciência, suportando-se reciprocamente com amor, tentando conservar a unidade do espírito por meio do vínculo da paz", disse Sodano, em referência à carta de São Paulo aos Efésios.
Ao ser citado pelo cardeal decano, o Papa Emérito Bento XVI, que está repousando na residência papal de verão em Castel Gandolfo, foi bastante aplaudido.
Sodano afirmou que o pontificado de Bento XVI foi "luminoso" e expressou a gratidão dos cardeais ao Papa Emérito, pedindo a Deus que dê "outro bom pastor à sua Santa Igreja". "Queremos agradecer ao Pai que está nos Céus pela amorosa assistência que sempre reserva a sua Santa Igreja e em particular pelo luminoso pontificado que nos concedeu com a vida e as obras do 265º sucessor de Pedro, o amado e venerado pontífice Bento XVI, ao qual neste momento renovamos toda a nossa gratidão", disse.
No sermão, o cardeal também citou os Papas João Paulo II e Paulo VI, alem de lembrar o trabalho importante da Igreja nos últimos anos, que tem impacto não apenas entre os fieis, mas em diferentes culturas.
“Oremos para que o próximo Papa possa continuar esse incessante trabalho de nível mundial”, afirmou.
Cardeais assistem à missa Pro Eligendo Pontifice nesta terça-feira (12) na Basílica de São Pedro, no Vaticano (Foto: AFP)Cardeais assistem à missa Pro Eligendo Pontifice nesta terça-feira (12) na Basílica de São Pedro, no Vaticano (Foto: AFP)
Cardeais concentrados
A missa atraiu principalmente pessoas ligadas à Igreja, como seminaristas, padres e freiras, e também fiéis. Dentro da Basílica, todos estavam muito atentos às orações e respeitosos aos ritos.
O máximo de conversa ouvida durante a missa foi a tradução das palavras para outros idiomas entre pessoas próximas – a missa foi celebrada basicamente em latim e italiano, com a primeira leitura em inglês e a segunda em espanhol-, além de orações dos fieis em cinco outros idiomas, incluindo o português.

Para conseguir um lugar sentado – especialmente perto do altar, onde ficaram os cardeais – foi preciso acordar cedo.
Às 9h, uma hora antes do início da missa, todos os lugares sentados já estavam ocupados. Muitas pessoas ficaram em pé nas laterais. Pouco antes do inicio da missa, o rosário foi rezado em latim.

Na entrada dos cardeais, nem mesmo os religiosos tiveram cerimônia – centenas de câmeras fotográficas e celulares foram levantados para registrar imagens dos homens que irão eleger o próximo pontífice a partir desta tarde. Quase todos os cardeais entraram concentrados, com semblante sério.
Alguns, entretanto, se destacavam – foi o caso do brasileiro Dom João Braz de Aviz, que entrou e saiu muito sorridente, visivelmente emocionado, olhando os fieis nos olhos e cumprimentando-os com o olhar.
O norte-americano Timothy Dolan, arcebispo de Nova York ,também era só sorrisos na entrada e na saída dos cardeais – ele chegou ate a arriscar acenos para os fiéis.
 

É a décima! Kamilla deixa a casa do BBB13 com 68% dos votos


Chega o momento de Pedro Bial anunciar mais um eliminado do BBB13. Desta vez, o apresentador revela quem é o décimo brother a deixar o jogo. "Por aqui, Kamilla", ele conta, ao chamar a paraense para fora do jogo. A miss deixa a disputa pelo prêmio de R$ 1,5 milhão depois de receber 68% dos votos do público. Andressa ficou com 24%, e Nasser 8%.

Assim que fica sabendo de sua eliminação do reality, a paraense se caminha para a porta da casa e se despede de todos. "Gente, boa sorte! Deus proteja vocês", a miss deseja para os que ficam no jogo. "Força na peruca", a sister diz ao abraçar Fernanda, que dá um selinho na amiga no momento em que ela passa pela porta do confinamento. "Obrigada, amiga. Te amo", diz a Líder, chorando.
Reveja a trajetória de Kamilla no BBB13
A paraense Kamilla teve que enfrentar outro confinamento antes de entrar na casa do BBB13: a Casa de Vidro. A miss foi escolhida pelo público para entrar no programa depois de ser a mais votada, junto com Marcello. E, desde a sua entrada na casa mais vigiado do Brasil, a sister já deu o que falar. E até o que cantar! Kamilla foi a confinada que mais cantou e a que mais fez caras e bocas durante as suas performances. Isso incomodou alguns brothers, que já manifestaram – quase sempre sem o conhecimento da paraense – a insatisfação por vê-la tão animada todos os dias.
Paraense deixa o jogo em Paredão tiplo com casal
Kamilla também causou polêmica ao ter beijado Elieser depois de ter lambuzado seu rosto com sorvete. A polêmica não surgiu pelos dois terem virado o mais novo casal do BBB, mas por ter incomodado Anamara, que questionou as atitudes da sister. Marcello, inicialmente, também não aprovou o beijo que a miss deu no veterano. Mesmo assim, ela seguiu em frente com o relacionamento e sofreu ao saber que enfrentaria o seu affair no Sexto Paredão, já que Elieser também foi indicado.
O romance dos brothers durou até a Festa Volta ao Mundo, quando tudo acabou. Após uma série de contratempos ao longo da balada, o casal rompeu e, com a saída de Elieser na semana seguinte, não houve tempo para uma possível reconciliação. Ainda no dia da eliminação, horas após a saída do paranaense, Kamilla se disse “viúva”.
Depois de discutir com Anamara sobre o seu comportamento, Kamilla foi indicada para o Paredão pela Líder baiana, que utilizou o relacionamento dela com Elieser como justificativa para mandá-la para a berlinda. Mesmo depois de falar aos quatro cantos que não concordou com o posicionamento de Maroca e de ficar chateada por estar emparedada, a sister não perdeu o bom humor. Ela, inclusive, proporcionou um animado jogo de futebol no jardim com uma bola feita com meias.
Antes de ser emparedada, Kamilla também teve o seu dia de luxo fora do confinamento. Por ser a primeira a entrar na despensa no dia do “Sumiu, apareceu”, a miss foi “sequestrada” e levada a um spa, onde desfrutou de massagens, banhos relaxantes e de um belo banquete!
Por falar em comida, Kamilla se revelou uma comilona de mão cheia. E mais: confessou que come escondido! A miss já deu várias escapulidas até a cozinhaquase sempre antes dos outros brothers acordarem – para comer sanduíches, queijos e o que tivesse pela frente. Aliás, o misterioso sumiço de grandes fatias de queijo deixou todo mundo com a pulga atrás da orelha. Ela também já confessou que há outra coisa que também gosta de fazer sem que seja notada: escutar conversas atrás da porta.
Kamilla também foi alvo de muita crítica: teve a atenção chamada por tomar banho de piscina com óleo no corpo, por supostamente não ajudar na limpeza e até pelo tom da sua voz. Mesmo tendo sua higiene colocada em xeque, a sister se mostrou preocupada com a escova de cabelos, limpando-a com uma faca na bancada da cozinha.
Kamilla Bial (Foto: BBB / TV Globo)Sister ganha carinho do apresentador Pedro Bial
No entanto, quando foi Líder, após uma prova de resistência, a miss reinou com a parceria dos amigos Fernanda e André, com quem diz formar uma “irmandade”. A miss indicou Marien para o Paredão e, em seu reinado, a mineira foi eliminada do BBB13.
Kamilla também já foi imunizada pelo Anjo Marcello, o que a livrou de ser votada e protagonizar outro Paredão. A sister também foi imunizada por Elieser, depois que ele atendeu a um Big Fone. Antes, porém, de saber da boa notícia, ela teve que andar com um colar preto no pescoço até o dia do anúncio do presente.
A saída de Kamilla do BBB13 acontece depois de ela ser indicada por Andressa na formação do Décimo Paredão do jogo. A esteticista ganhou o direito de emparedar alguém após a abrir a misteriosa caixa surpresa que foi colocada no jardim da casa na última sexta. Dois dias depois de ser emparedada, Kamilla deixa a casa com 68% dos votos, passando a ser mais uma ex-sister do reality.
 

IMPERDÍVEL!!
 
Support : Creating Website | Johny Template | Mas Template
Copyright © 2011. ..::RG Agitos..:: - All Rights Reserved
Template Created by Creating Website Published by Mas Template
Proudly powered by Blogger