31 DE MAIO EM RG

Registro de suspeitas de dengue aumenta 279% de janeiro a março

Ministério da Saúde registrou 635,1 mil casos, contra 167,2 mil em 2012.
Ministro atribuiu aumento a descontinuidade com mudança de prefeitos.


Imagem de arquivo mostra exemplar do mosquito Aedes Aegypt picando braço na Flórida de integrante do setor epidemiológico  (Foto: Wilfredo Lee/AP)Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue
(Foto: Wilfredo Lee/AP)
O número de casos notificados de suspeita de dengue teve aumento 279% entre 1º de janeiro e 23 de março de 2013 na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Ministério da Saúde. As notificações recebidas nacionalmente passaram de 167,2 mil para 635,1 mil nas 12 primeiras semanas de cada ano. As secretarias municipais de saúde acompanham se as suspeitas se confirmam ou não - do total de notificações em 2013, 70 mil foram descartadas.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou, durante audiência pública realizada nesta quarta-feira (3)  na Câmara dos Deputados, que o aumento dos casos se deve à “descontinuidade das ações de prevenção e controle da dengue durante a mudança de gestão das prefeituras”, segundo a assessoria de imprensa da pasta.
Apesar do aumento nas notificações, o registro de casos graves diminuiu de 1.316 para 1.243. Já a quantidade de mortes passou de 102 para 108 casos. Os estados com maior incidência da doença são Mato Grosso do Sul (2.947,8 casos por 100 mil habitantes), Goiás (1.366,9 por 100 mil) e Espírito Santo (801,5 por 100 mil).
O ministro também afirmou que a maior parte dos casos notificados são de vírus que circulam há pouco tempo no país. "A maior parte da circulação é de dengue tipo 4, que é um vírus novo, que vem circulando desde 2011 no país. E uma circulação também de dengue tipo 1. Ou seja, pegando pessoas que não tiveram dengue tipo 1 ao longo da história da epidemia de dengue no nosso país, que começou em 1985"., afirmou.
Entre as medidas de controle já tomadas pelo ministério, está a antecipação do repasse adicional de R$ 173,3 milhões, realizado em dezembro de 2012, para ações de qualificação das atividades de prevenção e controle da dengue em todos os municípios. Em 2011, foram R$ 92,8 milhões para 1.159 municípios.
O ministério informou, ainda, que está sendo feita a revisão e a elaboração dos planos de contingência de enfrentamento das epidemias de dengue das secretarias estaduais de saúde.
 

Cristiano Ronaldo abre a contagem, e Real garante vantagem sobre o Gala

Com toque de cobertura, craque português se torna artilheiro isolado da
Champions e inicia a tranquila vitória dos merengues por 3 a 0, em casa


A frieza de Cristiano Ronaldo frente a frente a Muslera ilustra bem como é o Real Madrid dos últimos tempos. Mortal nos contra-ataques e dono de um jogo extremamente objetivo, o time de José Mourinho conquistou uma importantíssima vantagem na caminhada rumo ao sonhado décimo título da Liga dos Campeões. O craque português abriu a contagem com um lindo toque de cobertura, e ainda viu Benzema e Higuaín selarem a vitória por 3 a 0 sobre o Galatasaray, nesta quarta-feira, no Santiago Bernabéu, em jogo de ida das quartas de final.
Mosaico Real Madrid Galatsaray Liga dos Campeões (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)
Os turcos, capitaneados pelo brasileiro Felipe Melo e os renomados Sneijder e Drogba, precisarão joga muito mais na próxima terça-feira, em Istambul. Se conseguirem vencer por 3 a 0, forçarão a disputa de uma prorrogação. Caso os merengues balancem a rede, no entanto, a missão fica ainda mais difícil: golear, ao menos por 5 a 1, devido aos critérios de desempate de gol em dobro marcado fora de casa.
A bonita finalização ao melhor estilo Messi pôs Cristiano Ronaldo como artilheiro isolado da atual edição da Champions, com nove gols. Ele descolou do turco Burak Yilmaz, vice com oito, que pouco produziu para sua equipe e ainda levou um cartão amarelo que o tira do confronto na quarta que vem - o zagueiro Sergio Ramos e o volante, que forçaram a punição, serão as ausências do lado do Real.
Outro que tem oito é Messi, depois do que marcou no empate por 2 a 2 com o Paris Saint-Germain, na véspera. Ainda assim, a presença do argentino no jogo decisivo no Camp Nou é incerta por causa da lesão muscular sofrida no Parque dos Príncipes.
CR7 à la Messi
Cristiano Ronaldo marca, Real Madrid x Galatasaray (Foto: Reuters)Cristiano encobre Muslera para abrir o placar no
Bernabéu: toque de classe nos 3 a 0 (Reuters)
Surpreendentemente, o Galatasaray terminou o primeiro tempo no Santiago Bernabéu com 54% da posse de bola. Os turcos, pelo que se propuseram, não jogaram mal. Criaram chances e obrigaram o goleiro Diego López a trabalhar bem contra Drogba, Sneijder, Yilmaz e cia. O problema em questão é que em sua defesa não há quem desequilibre. No galáctico Real Madrid, ter as mesmas qualidades é basicamente pré-requisito - o que ajuda a explicar os 2 a 0 a favor dos mandantes no apito para o intervalo do norueguês Svein Oddvar Moen.
O placar foi inaugurado logo aos nove minutos. Em contra-ataque, Özil acionou Cristiano Ronaldo com um daqueles passes que apenas ele e poucos outros no mundo costumam dar. Diante de Muslera, o português não perdoou e estufou as redes com um lindo toque de cobertura - igual aos que Messi tanto dá nos últimos tempos. Foi o seu 47º gol na história do torneio, que o fez ultrapassar o italiano Filippo Inzaghi (46) e encostar no ucraniano Andriy Schevchenko (48) na artilharia de todos os tempos.
Falhas coletivas da defesa à parte, o Galatasaray ia para o ataque sem temor. Aos 11, Drogba recebeu na entrada da área, escapou da marcação de Varane e concluiu por cima de López. O substituto de Casillas também só olhou a finalização de Sneijder, num de seus raros momentos de perigo no jogo, sair ao lado, aos 15. Mas o goleiro teve de se virar apenas dez minutos depois, em nova conclusão do marfinense.
Drogba e Sneijder jogo Galatasaray Real Madrid (Foto: EFE)Drogba e Sneijder não fizeram a diferença para o Galatasaray (Foto: EFE)
Defesa falha, e Benzema amplia
O Real, é claro, não estava intimidado. Era constantemente um perigo quando puxava um contra-ataque ou mesmo ao encontrar seus laterais com espaço. O volante Essien, que atuava improvisado na direita por uma opção de Mourinho, teve a sua oportunidade de se tornar um garçom por ali. Aos 29, cruzou e viu Benzema, sozinho, ampliar com um chute rasteiro que ainda resvalou na trave.
Era o retrato da primeira etapa. Mesmo com a bola por menos tempo, o Real era objetivo ao extremo. E ainda quase desceu para o intervalo com vantagem maior, já que a cobrança de falta de Cristiano Ronaldo, aos 41, passou muito perto da meta de Muslera. Eboué, dois minutos depois, também perdeu boa oportunidade de diminuir.
Real praticamente define o confronto no segundo tempo
Felipe Melo Özil Galatasaray Real Madrid (Foto: EFE)Felipe Melo tenta desarmar Özil (Foto: EFE)
Talvez por já ter um placar confortável, o Real diminuiu um pouco o ritmo na etapa final. Era interessante marcar o terceiro, mas importante mesmo era não sofrer gol em casa. Então, saiu para o ataque apenas com a certeza de que a defesa se manteria protegida. E assim os merengues fizeram o tempo passar.
A primeira grande chance dos donos da casa na etapa final aconteceu aos 17 minutos. Xabi Alonso descolou ótimo passe para Di María. O argentino avançou e chutou, mas Muslera fez a defesa sem muitos problemas. Aos 28, porém, não houve jeito. Em jogada de bola parada, Xabi Alonso cruzou para Higuaín cabecear e praticamente definir o confronto.
Para piorar a situação dos visitantes, Burak Yilmaz, um dos artilheiros da Champions até o início da rodada - com oito gols -, levou cartão amarelo por simulação e se tornou desfalque para o jogo de volta. A impressão é de que os turcos chegaram até onde poderiam. Para o Real, bastará jogar com a seriedade dos últimos tempos para dar mais um passo rumo à tão sonhada décima conquista da principal competição do continente.
 

Timão vence Millonarios, assume liderança do grupo e se classifica


Foi do jeito que a Taça Libertadores da América costuma ser. Com pressão, catimba, sofrimento... À maneira que o torcedor do Parque São Jorge gosta e ficou acostumado no título do ano passado. O Corinthians venceu o Millonarios por 1 a 0 no El Campín, em Bogotá, assumiu a liderança do Grupo 5 e assegurou a classificação à próxima fase da competição continental.
As atuações consistentes da equipe do técnico Tite passaram longe do que se viu no primeiro tempo. Completamente perdido, o Timão foi dominado do início ao fim pelos colombianos. Somente na etapa complementar, com as trocas de Pato por Jorge Henrique e depois de Romarinho por Edenilson, e também com a frieza de Danilo, os alvinegros encontraram o caminho do gol e também da primeira vitória fora de casa nesta Libertadores.
Com o triunfo, o Corinthians chegou aos 10 pontos ganhos - mesma pontuação do Tijuana, do México, que horas antes empatou com o San José, na Bolívia - e alcançou a ponta da chave por ter melhor saldo de gols que o principal rival do grupo. Na última rodada, na próxima quarta-feira, o Timão pega o San José, no Pacaembu. Para garantir a primeira colocação, basta vencer por uma diferença de gols igual ou inferior em um gol a uma possível vitória do Tijuana sobre o Millonarios, no México - assim, o clube paulista manteria a vantagem no saldo de gols sobre os mexicanos.
Em situação mais tranquila, o Corinthians agora volta as atenções para o Campeonato Paulista. No próximo domingo, a equipe recebe o São Bernardo no Pacaembu, às 16h (horário de Brasília).
Danilo comemoração jogo Corinthians Millonarios Libertadores (Foto: AFP)Jogadores do Corinthians comemoram o gol da vitória em Bogotá: foi no sofrimento (Foto: AFP)
Bandeirão empurra Millonarios; Timão se segura
São mais de 600 metros de largura por 40 de altura, cor predominantemente branca, mas com faixas em azul, amarelo e vermelho, cores da bandeira da Colômbia. Foi com o proclamado “maior bandeirão do mundo” que a torcida do Millonarios recebeu seu time para enfrentar os atuais campeões do planeta. Em campo, os donos da casa não decepcionaram e seguiram o calor de sua massa.

O lotado El Campín viu um Corinthians retraído, apenas esperando a pressão colombiana. Ela veio com a capacidade técnica de Rentería, a velocidade de Montero e a experiência de Mayer Candelo, camisa 10 e grande condutor do Millonarios. Envolvente, o time treinado por Hernán Torres criou chance atrás de chance, a melhor delas com Montero, em chute de canhota bem defendido por Cássio.
Alessandro jogo Corinthians Millonarios (Foto: AFP)Corinthians sofreu no primeiro tempo da partida: pressão total do Millonarios (Foto: AFP)
O Corinthians não parecia Corinthians. Isolado no ataque, Alexandre Pato não conseguiu aparecer no meio dos bons zagueiros Pedro Franco e Román Torres. Os erros de passes irritaram Tite, que se esgoelava à beira do gramado para tentar acertar o posicionamento da equipe. Perdido, Romarinho mal tocou na bola. E ele deveria ser o articulador entre defesa e ataque...

Dessa forma, as poucas chances alvinegras vieram com a famosa “ligação direta”. Até os 35 minutos, o goleiro Zapata só havia trabalhado em um chute de Emerson Sheik – a bola foi  lançada por Cássio, na grande área oposta. Na única troca de passes que lembrou o estado normal do Timão, Danilo deixou Pato na cara do gol: outra defesa de Zapata.
Tite tentou mudar o que pôde, levando o mesmo Danilo para o meio e deslocando Romarinho para a ponta. As variações deram resultado, e Danilo quase marcou gol idêntico ao da vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, domingo passado. Mesmo assim, o Millonarios foi melhor e só não foi para o intervalo com a vitória porque seus atacantes fizeram tudo, menos finalizar com precisão.
Romarinho jogo Corinthians Millonarios Libertadores (Foto: Reuters)Romarinho não foi bem e acabou sacado no início do segundo tempo (Foto: Reuters)
Alteração e frieza de Danilo resolvem
Foi na Colômbia que o Corinthians viveu um dos piores capítulos de sua história: a queda na fase preliminar da Libertadores de 2011, para o desconhecido Deportes Tolima, na pequena cidade de Ibagué. Campeão invicto da competição continental do ano seguinte, o Timão parecia reviver os momentos de mau futebol no El Campín. Pressionada, a equipe do técnico Tite não encontrava meios de superar a marcação dos colombianos.
Um lance com apenas quatro minutos de bola rolando no segundo tempo simbolizou a situação ruim dos alvinegros: Fredy Montero disparou chute da intermediária e encontrou Cássio completamente adiantado. No susto, o goleiro tentou desviar, não conseguiu, e a bola explodiu no travessão. Gritos de lamento ecoaram das arquibancadas. Os "Millos" não se conformavam em ver tamanho domínio e nenhum gol.
Mas uma alteração de Tite mudaria o jogo. Inconformado com a falta de efetividade do Corinthians no campo de ataque, o comandante sacou Alexandre Pato para a entrada de Jorge Henrique. Em seu primeiro lance, ele tabelou com Alessandro e recuou a bola para Danilo. O "Homem de Gelo" do Timão teve paciência para chutar rasteiro, preciso, no canto esquerdo. Gol da liderança do grupo.
Danilo comemoração jogo Corinthians Millonarios Libertadores (Foto: AFP)Danilo comemora com Jorge Henrique (Foto: AFP)
O Millonarios continuou consciente de que o ambiente estava a todo o seu favor e que, se não revertesse o placar, estaria eliminado da Taça Libertadores da América. Apoiado por sua barulhenta torcida, o time colombiano não se entregou. Fez com que o Corinthians se acuasse para o campo de defesa, e passou a atacar com todas as armas à sua disposição. Perlaza entrou no lugar de Ortiz, para que os donos da casa partissem para cima. Edenílson substituiu Romarinho, para segurar as pontas no Timão.
Visitante, o time de Tite soube se portar como o atual campeão da América. Fez da grande área o coração da equipe, e o protegeu até o apito final. Esqueceu a classe e a técnica, dando lugar aos chutões dos zagueiros e aos saltos desajeitados de Cássio, afastando a bola da trave alvinegra. A busca pelo bi continuará na fase de mata-mata.
 

Inter vence e elimina o 2ºjogo

Foi um jogo brigado, repleto de faltas e cheio de discussões até o último instantes. Nesse panorama, o Inter conseguiu superar o Rio Branco por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, na Arena da Floresta, em Rio Branco, no Acre. O suficiente para garantir a vaga para a segunda fase da Copa do Brasil sem a necessidade do jogo de volta.

Depois de um primeiro tempo equilibrado, quando o Colorado perdeu D’Alessandro, que foi expulso junto com Testinha em uma confusão aos 24 minutos, o Inter ganhou no fôlego e cresceu na partida a partir da entrada de Caio, autor do primeiro gol. Aos 48, o atacante ainda sofreu o pênalti, anotado por Diego Forlán.
Agora, o Inter aguarda o adversário da segunda fase, entre Guarani de Juazeiro-CE e Santa Cruz-PE. No jogo de ida, o time de Pernambuco venceu fora de casa por 2 a 1. O duelo decisivo será na próxima quarta-feira, no Arruda.
Enquanto isso, o clube gaúcho volta a focar o Gauchão. Neste domingo, às 16h, enfrenta o Veranópolis no Antônio David Farina pela sexta rodada da Taça Farroupilha - segundo turno do Estadual. O Colorado, líder do Grupo B com 13 pontos, já está classificado as quartas de final e pode poupar alguns jogadores. Já o Rio Branco, desclassificado na competição nacional, pega o Náuas pela 13ª rodada do Acreano. A equipe está em segundo com 16 pontos.
Diego Forlán contra o Rio Branco (Foto: Alexandre Lops / Inter, DVG)Diego Forlán contra o Rio Branco (Foto: Alexandre Lops / Inter, DVG)
Jogo quente: D'Ale e Testinha são expulsos
Com o objetivo de construir o resultado o mais rápido possível, o Inter iniciou a partida no campo do Rio Branco. Logo no primeiro minuto, Diego Forlán recebeu lançamento de D’Alessandro e chutou de primeira. Douglas espalmou. Os gaúchos seguiam tentando furar o bloqueio acreano. Aos 13, foi a vez de o argentino ganhar o passe do atacante. De fora da área, ele avançou e bateu forte, mas a bola foi para fora, passando perto do gol dos mandantes.
O Rio Branco corria, se esforçava para equiparar as forças. Entretanto, o time confundiu a vontade com violência. Aos 22 minutos, Testinha perdeu a bola para D’Alessandro, que logo tocou para Josimar. Após o lance, o gringo, que já era provocado pelos jogadores do Estrelão há algum tempo, levou uma chegada de Testinha. Desta vez, o camisa 10 revidou e deixou o pé. Testinha se irritou e foi para cima de El Cabezón, o tocando no rosto. D’Ale caiu no gramado. O meia da equipe do Acre ainda colocou o dedo na cara do argentino.
Alan e Juan foram para cima de Testinha tirar satisfação. Ao perceber a aproximação dos colorados, Roby empurrou o rosto de Juan. Um princípio de confusão se estabeleceu, com jogadores dos dois times se provocando. A auxiliar Márcia Bezerra Caetano, que acompanhava o lance, entrou no gramado e avisou o árbitro Fledes Rodrigues Santos, que expulsou D’Ale e Testinha.
A saída dos dois atletas, os mais importantes das duas equipes, favoreceu os acreanos. Aos 27, Roby invadiu a área, mas arrematou por cima do gol. E, o que parecia improvável antes da partida, se viu no gramado da Arena da Floresta. O Rio Branco começou a envolver o Inter, que não mais atacou. Aos 39, Muriel salvou os gaúchos. Roby tentou o chute de fora da área. A bola quicou e o goleiro colorado se esticou todo, cedendo o escanteio, no último lance importante do primeiro tempo.
Caio entra e muda o jogo
O Inter voltou para a segunda etapa como encerrou os 45 minutos iniciais. A ausência de D’Alessandro era sentida pelos gaúchos. Forlán e Rafael Moura não recebiam bola alguma. Dátolo se mostrava irritadiço e não conseguia organizar as jogadas. Fabrício tentava avançar, mas errava a maioria dos cruzamentos, enquanto Gabriel tinha mais incumbências de ajudar o sistema defensivo do que se aproximar dos homens de frente.
Aos 12 minutos, Dunga, até então sem esboçar reações, mostrou seu descontentamento com o pouco futebol. Após Forlán errar uma cobrança de falta, o técnico colocou as mãos no rosto. Dois minutos depois, a torcida do Rio Branco foi à loucura após Araújo Jordão arrancar em velocidade, driblar Josimar e tocar para Ismael, que chutou desviado. Muriel conseguiu segurar sem dificuldades.
Caio gol Internacional Rio Branco (Foto: Alexandre Lops / Site Oficial do Internacional)Caio deu outro rito ao time do Inter (Foto: Alexandre Lops / Site Oficial do Internacional)
As dificuldades apresentadas obrigaram Dunga a mudar. Ele sacou Rafael Moura, colocando Caio aos 16 minutos. E o técnico mostrou estrela. Logo em seu primeiro lance, três minutos depois, abriu o placar. Forlán bateu falta na cabeça de Juan, que tocou no meio da área. Caio se movimentou e deu um leve toque, sem chances para Douglas.
O Rio Branco não conseguia mais manter o ritmo. A equipe, para segurar o Inter, abusava das faltas. Ismael colecionava infrações. Aos 30, Forlán tentava arrancar em direção à área, mas foi derrubado por Erick, que levou cartão amarelo. O atacante, mesmo com a vantagem, mostrava inconformidade. Ao perder a bola para Pé de Ferro, viu Ley arrancando e o derrubado, também sendo advertido por Fledes Rodrigues Santos. Nos minutos finais, o que se viu foi os colorados tentando fazer o segundo para eliminar a partida de volta e os acreanos fechados atrás.
Aos 43, Caio teve a chance. Ele chutou forte, mas Douglas espalmou. As faltas do Rio Branco o puniram. Aos 47, o goleiro derrubou Caio na área. Forlán cobrou o pênalti e garantiu o Inter na segunda fase.
Um dia antes do aniversário de 104 anos, o placar necessário para a vaga serviu como presente ao Inter. Já a diretoria do Rio Branco saiu irritada com a arbitragem. Teve invasão de campo e discussão. Mas o placar já estava decretado: 2 a 0 para os gaúchos.
 

Bota dispara na etapa final, derrota o Vasco e praticamente elimina o rival

Se o Vasco depositava no clássico as suas esperanças de manter-se vivo na Taça Rio, o Botafogo tratou de enterrá-las sem piedade. Com um segundo tempo muito eficiente, o Glorioso se aproveitou da grave crise no rival e fez 3 a 0, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, na noite desta quarta-feira. Os gols foram de Rafael Marques, Lodeiro e Fellype Gabriel.
Agora, só um milagre dará a classificação ao clube de São Januário, que permanece com um ponto e na última posição do Grupo A. Basta uma vitória do próprio time de Oswaldo de Oliveira nas quatro partidas que lhe restam para eliminar o Vasco. O Alvinegro tem nove pontos e está em segundo, atrás do Volta Redonda, que tem um jogo a mais e 12 pontos.
Depois de um ano e quatro meses, o estádio Raulino de Oliveira recebeu um jogo de grande porte, em virtude da interdição do Engenhão, e teve 5.478 pagantes (6.994 presentes) com renda de R$ 111.670. Parte dos torcedores cruz-maltinos virou de costas nos minutos finais do duelo, em protesto pela péssima fase. São cinco partidas consecutivas sem fazer um gol sequer.

Início morno e encharcado
Em termos de estrutura, o novo palco principal do futebol carioca não teve reestreia pomposa. Com rachaduras maquiadas na arquibancada, que recebeu público razoável, e poças no gramado castigado pela chuva, o Raulino viu um clássico ríspido e de pouca categoria em seu início. Não faltaram eventuais lances de perigo, no entanto, mesmo que atabalhoados de lado a lado. Aos oito minutos, Fellype Gabriel acertou belo voleio da entrada da área, que passou perto da trave direita de Alessandro e esquentou o clássico.
Fellype Gabriel gol Botafogo jogo Vasco (Foto: Fábio Castro / Agif)Fellype Gabriel comemora seu gol com André Bahia, Renan, Sassá e Bruno (Foto: Fábio Castro / Agif)
O Botafogo foi melhor em campo e dominou as ações nos primeiros 15 minutos. Aos poucos, porém, o Vasco equilibrou e, mesmo desordenado, assustou Jefferson em cruzamentos para a área e contragolpes. Na parada técnica, Paulo Autuori pediu que Wendel e Eder Luis presisonassem a saída do rival, para reduzir a diferença de posse de bola entre as equipes.
Mas a jogada que talvez tenha chamado mais atenção no Raulino de Oliveira foi o duro carrinho de Sandro Silva em Fellype Gabriel, que acertou em cheio o tornozelo direito do meia alvinegro. O árbitro mostrou apenas o cartão amarelo ao volante, ignorando os protestos de time e torcida. Aos 37, Alessandro rebateu duas bolas em uma tentativa ofensiva esquisita do Botafogo, num reflexo das dificuldades que ambos encontraram para criar com qualidade.
Carlos Alberto jogo Vasco Botafogo (Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)Carlos Alberto é desarmado no clássico e reclama
de falta (Foto: Marcelo Sadio / Site do Vasco)
Eficiência x descontrole
Na volta do intervalo, nenhuma alteração no papel nem na prática. Entretanto, logo aos sete minutos, saiu o primeiro gol. Bruno Mendes desviou de cabeça no primeiro pau, Alessandro só raspou na bola, e Rafael Marques completou para o fundo da rede. Era a senha para o desespero do Vasco, que partiu para cima. Pedro Ken e Bernardo entraram nas vagas de Wendel e Eder.
Apesar disso, foi o Glorioso que marcou novamente, afundando o Cruz-Maltino ainda mais na crise: aos 13, Julio Cesar cruzou, Alessandro errou mais uma vez e deixou Lodeiro livre para tocar para a meta vazia. Para completar a noite desastrosa, o camisa 12 foi expulso no lance posterior, ao colocar a mão na bola fora da área. Para evitar o vexame, Tenorio, o único atacante do Vasco, foi quem saiu para o goleiro reserva Michel Alves entrar e fazer sua estreia. Mas o clássico já parecia definido.
Sob os gritos de "eliminado", a equipe de Autuori não tinha mais forças. Ciente da virtual saída melancólica do Carioca, mesmo a três rodadas do fim da Taça Rio, baixou a cabeça e acusou o golpe. Aos 27, veio a pá de cal. Bruno Mendes recebeu na área e, ao tentar bater, escorou sem querer para Fellype Gabriel, que soltou a bomba e deu números finais ao jogo. Restou ao Bota tocar a bola, e a Oswaldo fazer substituições para experimentar outras situações, sem forçar mais a barra. No fim, protestos cruz-maltinos e vibração alvinegra.
 

Fla joga para o gasto, vence o Remo, mas ainda não garante a classificação

Foi pouco. Muito pouco. Mas, ao menos dessa vez, o Flamengo venceu. Com um futebol nada animador, o Rubro-Negro conseguiu espantar a má fase que o deixou em situação delicada no Campeonato Carioca e largou na Copa do Brasil com vitória por 1 a 0 sobre o Remo, nesta quarta-feira, no Mangueirão, em Belém do Pará. Rafinha, em noite de renascimento após série de atuações ruins, foi o herói, com um golaço em jogada individual.
Apesar da derrota, o Remo, que sequer tem um lugar garantido na Série D do Brasileirão, deixou o campo com um de seus objetivos conquistado: a realização do segundo jogo. Com a vitória magra dos cariocas, as equipes voltam a se enfrentar no próximo dia 17, em local indefinido. O Fla jogará pelo empate. O vencedor do confronto encara na segunda fase da competição Campinense, da Paraíba, ou Sampaio Corrêa, do Maranhão, que duelam em Campina Grande, no dia 10.
Com Wallace e Hernane como caras novas, o Flamengo não demonstrou força ofensiva, apesar do triunfo, e passou por apuros na defesa. Além de Rafinha, o jovem Gabriel foi outro destaque da partida. Léo Moura, por sua vez, deixou o campo lesionado. O Rubro-Negro encara agora o Duque de Caxias, sábado, às 16h (de Brasília), em Moça Bonita, pela quinta rodada da Taça Rio. O próximo compromisso do Remo é o clássico com o Paysandu, sábado, pela semifinal da Taça Estado do Pará (segundo turno do Campeonato Paraense).
Fla não se impõe, e Remo tem a melhor chance
Wallace jogo Remo Flamengo (Foto: Ag. Estado)Wallace fura na frente de Fabiano e desperdiça boa
chance para o Flamengo (Foto: Ag. Estado)
Gramado ruim. Futebol pior ainda. O que se viu no primeiro tempo no Mangueirão em nada fez valer o ingresso pago pelo torcedor que foi apoiar Remo ou Flamengo na estreia na Copa do Brasil (foram 20.493 pagantes, para uma renda de R$ 967.465,00). Com duas alterações em relação ao time que perdeu para o Audax, domingo, Wallace e Hernane nas vagas de Alex Silva e Nixon, o Rubro-Negro até começou a partida dando indícios de que iria se impor em campo. Puro engano. Quarenta e cinco minutos depois, foram os paraenses que ficaram mais próximos do gol.
Marcando no campo de ataque, o Flamengo teve três escanteios seguidos e uma boa chance desperdiçada por Hernane antes dos cinco minutos. Qualquer sinal de empolgação parou por aí. Boa chance desperdiçada por Berg, com o gol vazio, após falha de Felipe, deixou claro que o Remo não estava em campo somente para se defender.
A condição ruim do gramado atrapalhava a qualidade do jogo, e os jogadores erravam muitos passes. Em um deles, Val Barreto aproveitou vacilo de Amaral e lançou Leonardo Cearense. O atacante aplicou um drible da vaca em Renato Santos e, frente a frente com Felipe, encheu o pé para desperdiçar excelente oportunidade. Do lado do Flamengo, toda e qualquer boa jogada saía dos pés de Gabriel, incansável de um lado para o outro e ainda corajoso nos chutes de longa distância. Para piorar, a equipe foi para o intervalo sem Léo Moura, que deixou um campo com uma torção no tornozelo esquerdo. Sem opção para posição no banco, Jorginho escalou Renato Abreu e deslocou Elias para direita.

Rafinha renasce e salva o Fla
Rafinha gol Flamengo x Remo (Foto: Ney Marcondes / VIPCOMM)Ramon e João Paulo comemoram com Rafinha o
gol da vitória do Fla( Ney Marcondes / VIPCOMM)
Depois de ver que o bicho não era tão feio como parecia no primeiro tempo, o Remo voltou para segunda etapa mais ofensivo. Em jogadas de bola parada, pressionou o Flamengo nos minutos iniciais. Entretanto, foi justamente quando começou a acreditar que era possível vencer que o time paraense se descuidou na defesa. Apagado até então, Rafinha recebeu aberto pela ponta esquerda, com um drible deixou dois adversários para trás, invadiu a área e tocou de chapa, com categoria, no canto esquerdo de Fabiano. Golaço, que Hernane tentou “roubar” no meio do caminho (esticou a perna para escorar, não alcançou, e ainda assim saiu para comemorar), mas que foi creditado ao camisa 11.
No embalo do gol, o Flamengo se mandou para o ataque para tentar evitar a partida de volta, no Rio de Janeiro. Precisava de mais um gol. Com o Remo em busca do empate, os espaços para os cariocas eram maiores. Faltou, no entanto, eficiência na finalização. Após jogada de velocidade de João Paulo pela esquerda, Gabriel desperdiçou boa chance na marca do pênalti. Minutos depois, foi Rafinha quem apareceu bem pela direita e rolou para Rodolfo. Em boa condição, o jovem pegou mal na bola e isolou. No Remo, Val Barreto, o “Valotelli”, brigava quase que sozinho na base da força.
No fim, a desorganização tomou conta do campo, e nem Flamengo, que buscava a vaga direta, nem o Remo conseguiram o gol. Menos mal para o Rubro-Negro, que contou com um lampejo de Rafinha para vencer.
 

Arsenal se envolve em briga com policiais, e jogadores são detidos


Mais calmos, atletas do time argentino são impedidos de deixar
o Independência para serem ouvidos na delegacia do estádio


Após a goleada do Atlético-MG sobre o Arsenal-ARG, por 5 a 2, no Independência, os argentinos se envolveram em uma enorme confusão com a Polícia Militar de Minas Gerais. Assim que soou o apito final, os atletas foram para cima do trio de arbitragem, e os policiais que trabalhavam na partida imediatamente cercaram os árbitros. A tentativa de evitar que eles fossem agredidos gerou uma enorme briga com os jogadores da equipe argentina. De ambos os lados, muita violência com chutes e socos.
A reação foi imediata. Com escudos e cassetetes, além de espingardas com balas de borracha, os policiais acuaram os jogadores nos vestiários do Independência. O espaço restrito e acanhado do estádio apenas aumentou a tensão. Cadeiras voaram de dentro dos vestiários e atingiram policiais e profissionais de imprensa.
Arsenal de Sarandi confusão policia, Atlético-MG (Foto: AP)Jogadores do Arsenal-ARG se envolvem em confusão com a polícia (Foto: AP)
Detidos, os jogadores ficaram no vestiário e depois seguirarm para a delegacia que fica dentro do próprio Independência. Cinco deles, Ortiz, Pérez, Seliz, Nervo e Benedetto, foram prestar depoimento e fazer boletim de ocorrência. A confusão foi observada à distância pelo presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, que defendeu os policiais.

- A polícia está aqui para proteger, está aqui para isso. Não pode ser desrespeitada. Ela está aqui para proteger todo mundo. Mas não está aqui para ser agredida. Em nenhum lugar do mundo vão agredir a polícia e sair impunes. Nosso time está no vestiário, tranquilo. O que estamos fazendo é assistir a isso aqui. Tomaram de cinco e estão reclamando. Se somar, perderam de dez. Apanharam do Atlético-MG e apanharam da polícia. Têm que ser eliminados, como foram.
Coronel Cícero Nunes (Foto: Reprodução SporTV)Coronel Cícero Nunes dá entrevista ao Sportv
(Foto: Reprodução SporTV)
O tenente-coronel Cícero, responsável pelo policiamento no Independência, disse que ainda investiga as causas de toda a confusão e que requisitará as imagens à TV. A primeira intenção era a de encaminhar toda a delegação do Arsenal-ARG para a delegacia, onde deveria ser registrado um boletim de ocorrência. Porém, os atletas acabaram sendo ouvidos ainda no estádio. A juíza Patrícia Froes já está no local para ouvir os envolvidos.
- Foi uma conduta criminosa, fora do âmbito do jogo de futebol. Podem ser presos - afirmou o tenente-coronel Cícero.
A coronel Cláudia, que também estava no tumulto, relatou que recebeu um tapa na cabeça.
- Vamos solicitar imagens para individualizar os autores. Cinco já foram identificados. Será feito um boletim de ocorrência. O perito e o médico-legista já foram acionados. Assim que a ocorrência for lavrada, será entregue ao delegado.
Kalil ainda falou sobre a atitude que o Atlético-MG poderá tomar.
- Vamos ter o comportamento que todos esperam termos. O delegado do jogo assistiu a tudo. Temos que ver qual a providência que a polícia vai tomar. O que houve foi uma agressão à Polícia Militar de Minas Gerais. Aprendi isso muito novo. Em polícia não se bate.
Helber Gurgel, administrador do estádio, disse que algumas cadeiras e um pequeno pedaço do revestimento do teto do vestiário foram quebrados. O assessor do Arsenal-ARG, Juan Carlos Salvatierra, informou que a delegação tinha planejado sair do estádio, jantar no hotel e seguir para o aeroporto de Confins. O voo fretado não tem permissão para decolar no período das 3h às 6h. A intenção, agora, é embarcar às 6h, se forem liberados.
 

Galo goleia e ajuda o São Paulo na briga da classificassão para as oitavas da libertadores

Com golaço espetacular de R10 e confusão, Galo goleia o Arsenal-ARG
Atlético-MG prova que goleada na Argentina não foi por acaso. No estádio Independência, repete 5 a 2 e volta a ser o primeiro geral da competição

Foi um Brasil e Argentina à moda antiga. No confronto entre Atlético-MG e Arsenal, de Sarandí, nesta quarta-feira, no Independência, teve de tudo um pouco. Golaço, pênalti mal marcado, bola na trave, discussão, tensão e, principalmente, muita briga, cotoveladas, empurrões e confusão. Todos esses ingredientes estiveram presentes em mais uma vitória do Galo, desta vez, pela quinta rodada do Grupo 3 da Taça Libertadores. O placar de 5 a 2, o mesmo da partida na Argentina, premiou o melhor futebol apresentado pelo time mineiro. Diego Tardelli, Ronaldinho Gaúcho (2), Luan e Alecsandro marcaram para o Galo, enquanto Braghieri e Benedetto descontaram para o Arsenal-ARG.
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Ronaldinho e Marcone Ivan, Atlético-MG x Arsenal Srandi (Foto: AFP)Ronaldinho Gaúcho comanda o Galo na vitória sobre o Arsenal-ARG (Foto: AFP)
Os dois primeiros gols do Atlético-MG, construídos com muita facilidade, logo no início do jogo, geraram muita reclamação dos argentinos. Em lances parecidos, com ótima participação do atacante Jô, um dos destaques da partida, os jogadores do Arsenal-ARG reclamaram, sem razão, de um impedimento de Tardelli e, com razão, da marcação de um pênalti, já que a falta em Luan foi fora da área.
Confusão, Atlético-MG x Arsenal Srandi (Foto: AFP)A confusão foi grande no Independência (Foto: AFP)
Porém, com a saída de Diego Tardelli, que sentiu uma fisgada na coxa direita, o Atlético-MG caiu de produção. O Arsenal-ARG sentiu que poderia incomodar, cresceu no jogo e chegou a diminuir o marcador. Foi aí que começou a catimba argentina. A todo o momento havia um lance ríspido. Por pouco, o tumulto não foi maior. Ao fim do primeiro tempo, os jogadores das duas equipes deixaram o gramado trocando empurrões.
Mas Ronaldinho Gaúcho fez a diferença. Além do pênalti bem cobrado no primeiro tempo, fez um gol memorável na segunda etapa. Da entrada da área, deu uma cavadinha, no ângulo do goleiro Campestrini, que, desesperado, se esticou, mas não achou nada. Foi o trigésimo jogo seguido do Galo sem derrota dentro do Independência, invencibilidade em casa que sobe para 43 partidas. Além disso, esta foi a 12ª vitória seguida da equipe na temporada, o que já garante a segunda maior sequência da história do clube, atrás apenas da de 18 triunfos obtidos em 1976.
No fim do jogo, nova confusão, desta vez mais grave. Policiais foram agredidos e revidaram. Com o resultado, o Atlético-MG recupera, mesmo que de forma momentânea, a primeira colocação geral da Libertadores, com 15 pontos ganhos. O time mineiro venceu todos os cinco jogos que disputou na competição. O Arsenal-ARG, com mais uma derrota, se manteve com quatro pontos, na terceira posição. Nesta quinta-feira, The Strongest, da Bolívia, e São Paulo ainda se enfrentarão pela rodada. A partida será disputada em La Paz, às 21h30m (de Brasília).
A próxima partida do Atlético-MG, pela Libertadores, será no dia 17, diante do São Paulo, no Morumbi. Porém, antes, pelo Campeonato Mineiro, o Galo receberá o Boa Esporte, neste domingo, às 16h, novamente no Independência. O Arsenal-ARG, por sua vez, encara ainda terá o Strongest, em Sarandí, também no dia 17.
Que confusão
Com Luan na vaga de Bernard, lesionado no ombro direito, o Atlético-MG começou como está acostumado, ou seja, para cima do adversário. Porém, quem teve a primeira chance de gol foi o Arsenal-ARG. Após boa tabela com Ortiz, Carbonero mandou uma pancada, que explodiu no travessão de Victor.

Mas ficou só no susto. A resposta do Galo veio com bola na rede, aos 10 minutos. Após bola espanada da defesa, Jô ganhou de cabeça no meio-campo e serviu Tardelli. Com velocidade, o atacante correu até a entrada da área para bater no canto direito baixo de Campestrini.

Quatro minutos depois, graças a um pênalti mal marcado em Luan, a torcida explodiu novamente. Jô, mais uma vez, serviu um companheiro que entrou em velocidade. Luan foi derrubado fora da área, mas o árbitro Enrique Cáceres marcou pênalti, prejudicado pelo auxiliar Hugo Martínez, que sinalizou a penalidade máxima. Com uma bomba no alto, Ronaldinho Gaúcho estufou a rede.

Porém, a alegria deu lugar à apreensão. Tardelli abandonou a disputa, após sentir uma fisgada na coxa direita. Sem condições de continuar, deu lugar a Araújo. O Atlético-MG passou a tocar a bola com pouca objetividade e cedeu espaços ao adversário. Aos 39, Nervo cruzou da direita, e Braghieri cabeceou. A bola passou por entre as pernas de Victor.

No fim do primeiro tempo, Leandro Donizete levou uma cotovelada de Ortiz, e os jogadores atleticanos foram para cima. O tempo fechou. Muito empurra-empurra no meio-campo, até que o árbitro encerrou e atapa inicial. No entanto, os jogadores do Arsenal-ARG cercaram o trio de arbitragem, e Cuca e os atletas alvinegros também se aproximaram. O tumulto se arrastou no caminho para os vestiários e ficou pior quando seguranças do time mineiro se envolveram.
R10 espetacular
No segundo tempo, não deu nem tempo de os argentinos esboçarem uma pressão. Logo no primeiro minuto, Jô levantou a cabeça e cruzou rasteiro para a área. A bola passou por todo mundo, menos por Luan, que, na segunda trave, mandou para as redes de Campestrini. Foi o primeiro dele com a camisa do clube.

O Galo voltou a dominar o jogo, e Ronaldinho Gaúcho coroou a torcida com um lance espetacular. Aos 13, em um contragolpe rápido, Araújo deixou a bola com o camisa 10, que entrava pela esquerda. Ronaldinho, com uma visão de jogo incrível, além da tradicional categoria, deu um toque sutil, como que de brincadeira, no ângulo direito de Campestrini. O goleiro pulou, se esticou, mas não achou nada. Carnaval fora de época no Independência.

A partir daí, o Arsenal-ARG ainda tentou reunir forças para diminuir o prejuízo e somente conseguiu uma vez, já aos 40 minutos. Benedetto bateu muito forte uma falta de fora da área, e a bola entrou, após explodir na trave, mas nada que fosse o suficiente para estragar a festa da torcida atleticana, em êxtase com a fase de Ronaldinho, Jô e companhia.
Alecsandro, aos 47 minutos, ainda fez mais um, após soltar uma bomba de fora da área, sem chances para Campestrini. Revoltados, os argentinos partiram para cima da arbitragem e da Polícia Militar, que reagiu às agressões. Aos poucos, deixaram o campo e foram para os vestiários. Porém, a confusão continuou, e os policiais cercaram os jogadores. Cadeiras voaram de dentro dos vestiários, e houve muita truculência, de ambas as partes.
 

IMPERDÍVEL!!
 
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