31 DE MAIO EM RG

Conmebol libera Pacaembu e multa Corinthians em US$ 200 mil

Torcida corintiana poderá frequentar o estádio durante a Libertadores, mas ficará 18 meses sem poder assistir a jogos do Timão como visitante


Torcida do Corinthians no Pacaembu (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)Torcida do Corinthians no estádio do Pacaembu
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) anunciou na tarde desta quinta-feira a suspensão da punição ao Corinthians, que não poderia receber torcida em seus jogos como mandante no estádio do Pacaembu, pela Taça Libertadores da América. A pena agora se restringe somente às partidas fora de casa. Por 18 meses, os alvinegros não poderão assistir aos confrontos como visitantes. O Timão também foi multado pela entidade em US$ 200 mil (aproximadamente R$ 392 mil). A informação foi confirmada ao GLOBOESPORTE.COM pelo diretor jurídico do clube, Luiz Alberto Bussab.
Embora a Fiel agora possa comparecer aos jogos no Pacaembu, a diretoria do clube não está satisfeita com a Conmebol pela punição imposta nas partidas fora de casa. Bussab aguardará a chegada do comunicado oficial da entidade para recorrer. A intenção é que os corintianos também possam viajar para os confrontos longe do Brasil.
– Não estamos satisfeitos com essa decisão. Assim que chegar a fundamentação da Conmebol ao Corinthians, vamos recorrer desses 18 meses. Queremos os torcedores em todos os jogos, em casa ou fora – afirmou, em contato com a reportagem.
placar pacaembu (Foto: Marcos Ribolli)Placar eletrônico anuncia público contra o
Millonarios, no dia 27 (Foto: Marcos Ribolli)
A punição é válida também para jogos em que o Corinthians atue como visitante dentro do país (em competições organizadas pela Conmebol). Ou seja, se enfrentar um compatriota nas oitavas de final da Libertadores, por exemplo, o Timão também não poderá contar com seus torcedores. Situação igual na Recopa Sul-Americana, que será disputada contra o rival São Paulo, no segundo semestre deste ano. O San José foi punido com multa de US$ 10 mil.
Na derrota do Timão por 1 a 0 para o Tijuana, na última quarta-feira, membros da Camisa 12, segunda maior torcida organizada do clube, chegaram a estender uma faixa alusiva à uniformizada no estádio Caliente. Os policiais presentes no local agiram rapidamente e obrigaram os brasileiros a retirar o artefato, encaminhando-os a outro setor.
A única partida de punição cumprida pelo Corinthians foi a vitória por 2 a 0 sobre o Millonarios, da Colômbia, no dia 27 de fevereiro. Na oportunidade, quatro torcedores conseguiram uma liminar na justiça comum, ignoraram a decisão da Conmebol e assistiram ao duelo do setor das numeradas. Temendo maior represália da entidade, diretores do Timão pediram que os alvinegros não entrassem no Pacaembu, mas não foram ouvidos.

Queremos os torcedores em todos os jogos, em casa ou fora"
Luiz Bussab,
diretor jurídico
do Corinthians
Três delegados da Conmebol participaram do julgamento: Adrián Leiza, do Uruguai, Orlando Morales, da Colômbia, e Carlos Tapia, do Chile. Os representantes de Brasil e Bolívia no Comitê Disciplinar foram impedidos de votar por serem dos países envolvidos no caso.
O clube paulista enviou sua defesa completa ao Comitê na semana passada contendo 16 páginas e algumas provas, como uma carta da Fifa elogiando a postura da torcida alvinegra durante o Mundial de Clubes de 2012, em dezembro, no Japão.
O Corinthians foi punido no último dia 21 de fevereiro, um dia depois do jogo contra o San José, em Oruro, na Bolívia, pela primeira rodada do Grupo 5 da Taça Libertadores da América. O empate por 1 a 1 ficou em segundo plano, já que a partida acabou marcada pela tragédia que culminou com a morte do jovem boliviano Kevin Espada, de apenas 14 anos.
Momentos após o gol marcado por Guerrero no início da partida, um sinalizador acendido no espaço destinado aos corintianos no Estádio Jesús Bermudez atingiu o rosto de Kevin Espada, torcedor do San José. Ele não resistiu ao ferimento e faleceu.
Após a partida, a polícia local prendeu doze torcedores acusados de envolvimento no caso. Dois foram indiciados como autores do homicídio e os demais como cúmplices. Todos continuam presos na Penitenciária de San Pedro, em Oruro, mesmo após o menor H.A.M., de 17 anos e membro da torcida Gaviões da Fiel, ter se apresentado em São Paulo como autor do disparo.
Advogado do Corinthians também envolvido no caso, Luiz Felipe Santoro explicou que a tragédia envolvendo Kevin não poderia ser de total responsabilidade do clube. Embora o boliviano tenha sido vitimado por um sinalizador disparado por um torcedor alvinegro, Santoro argumentou que o Timão só poderia ser punido por uma irregularidade causada nas arquibancadas do estádio Jesús Bermúdez, mas não especificamente pela morte.
– Nós não temíamos uma punição maior por causa da morte. Na linguagem jurídica, o problema era o fato de um torcedor do Corinthians ter acendido o sinalizador na arquibancada em Oruro. O clube não teria de responder pela morte, mas sim os responsáveis pelo acontecimento – explicou ao Sportv.
Pacaembu, Corinthians x Millonarios (Foto: Marcos Ribolli)Estádio do Pacaembu, vazio na partida entre Corinthians e Millonarios (Foto: Marcos Ribolli)
 

Para sauvar os Brasileiros:Sob comando do bajulado R10, Galo bate Strongest e mantém os 100%

O privilégio não é para qualquer um. Primeiro, o craque faz o cruzamento para o primeiro gol. Depois, inicia a jogada que vai terminar em pênalti, vai lá e cobra com perfeição depois de ter perdido três penalidades seguidas em outras partidas. Para encerrar, após o apito final, ao cumprimentar os adversários, ainda é solicitado para posar para fotos. Esse é Ronaldinho Gaúcho, a estrela, o maestro da vitória do Atlético-MG por 2 a 1 sobre o Strongest, nesta quinta-feira, no estádio Independência, quando o time manteve os 100% de aproveitamento na liderança do Grupo 3 em partida válida pela terceira rodada.
O Galo só não pode se gabar de ter a melhor campanha porque, no critério de desempate, o Tijuana, também com três vitórias no Grupo 5, o do Corinthians, leva a melhor no saldo de gols. De qualquer forma, o resultado foi importante para manter o time no embalo. Até porque quem esperava um jogo absolutamente tranquilo, diante de uma equipe que ia investir apenas na defesa, se surpreendeu.
A equipe atleticana sofreu um pouco, principalmente no primeiro tempo, para vencer. Os bolivianos, assim como fizeram contra o São Paulo, no Morumbi, na segunda rodada, mostraram um futebol defensivo consistente, e, no ataque, levaram algum perigo ao gol de Victor. Mas o Galo, que mandou no jogo e teve muitas chances de marcar, fez o suficiente para chegar aos nove pontos ganhos com os gols de Jô, que escorou um cruzamento de Ronaldinho Gaúcho, e o próprio  R10, de pênalti - Melgar, no segundo tempo, descontou para os bolivianos.
Essa foi a 27ª partida seguida do Galo sem derrota no Independência. O time nunca perdeu no estádio após a reinauguração. E se disparou na liderança,  o Strongest, com três pontos, ocupa na terceira posição, atrás do São Paulo, que tem quatro após o empate por 1 a 1 com o Arsenal de Sarandí, na lanterna, com esse único ponto. Apenas os dois primeiros colocados passarão à próxima fase.
Na quarta rodada, Atlético e Strongest voltarão a se encontrar, porém, em La Paz, capital da Bolívia. O jogo será disputado no dia 13 de março, quarta-feira, às 22h (de Brasília).
Ronaldinho Gaúcho e Jô comemoram gol do Atlético-MG (Foto: EFE)Ronaldinho Gaúcho e Jô comemoram gol do Atlético-MG contra o Strongest (Foto: EFE)
Durante a semana, Cuca conviveu com a incerteza de contar o zagueiro Réver e com o meia Bernard. O primeiro se feriu em uma batida de cabeça com um jogador do Guarani-MG, em partida válida pelo Campeonato Mineiro, e teve que levar 26 pontos na testa. Com uma touca e um curativo reforçado, jogou com tranquilidade. O segundo, porém, com uma grave infecção na garganta, entrou em campo abatido, fraco e sem estar totalmente recuperado dos três quilos que perdeu nos últimos dias. Foi substituído, ovacionado pelo torcedor, aos 17 minutos do segundo tempo, para a entrada de Richarlyson.
O torcedor do Atlético-MG, que compareceu em grande número, fez a parte dele. Desde antes do início da partida, os 18.962 pagantes gritaram e incentivaram os jogadores alvinegros. Ronaldinho sentiu o incentivo e respondeu. No segundo tempo, Marcos Rocha sofreu um pênalti, após lindo passe do craque alvinegro. Ele mesmo, Ronaldinho, que havia perdido os três últimos pênaltis que bateu, com personalidade, cobrou com perfeição, no canto direito do goleiro Vaca.
Respeito e surpresa
O Atlético-MG de Cuca entrou em campo com a força máxima, com Réver e Bernard. Além dos dois, tinha Ronaldinho Gaúcho. A devoção dos jogadores do Strongest ao craque alvinegro era visível já no começo. Vários cumprimentaram R10, e o lateral Torrico chegou a fazer um tipo de reverência.
Como era previsto, a pressão atleticana começou desde o apito inicial. E o goleiro Vaca já mostrou serviço logo no início da partida. Em cabeçadas de Réver e Jô e em um chute forte de Diego Tardelli, o camisa 19 do Strongest impediu o Galo de abrir o placar.
No entanto, os bolivianos, à medida que o jogo transcorria, mostravam os motivos que levaram a equipe a vender tão caro a derrota para o São Paulo. O time chegou a assustar bastante os torcedores atleticanos quando Escobar recebeu livre na grande área e finalizou para fora. Os atleticanos comemoraram o erro boliviano como um gol.
Jô quase deu a alegria que a torcida esperava ao pegar o rebote de Vaca, após chute de Bernard. O centroavante do Galo chutou mascado para o gol, e o zagueiro Méndez tirou em cima da linha.
Os bolivianos se fechavam bem. Na maior parte do primeiro tempo, o time de Eduardo Villegas mantinha todos os jogadores no campo de defesa.
O lance mais inusitado aconteceu assim que o árbitro uruguaio apitou o término do primeiro tempo. Ronaldinho Gaúcho foi cercado pelos jogadores do Strongest, que queriam trocar a camisa com o craque. O felizardo foi Pablo Escobar, que ganhou a camisa de R10 e não disfarçou a felicidade.
Cheio de gols
O segundo tempo começou com o Galo em cima do adversário. Mesmo com a boa marcação boliviana, o time alvinegro conseguia criar chances para abrir o placar. Bernard carimbou a trave no primeiro lance, e, na sequência, Ronaldinho cruzou para a área. Aos 11 minutos, a bola desviou na zaga e sobrou livre para Jô tocar para o gol e vencer Vaca pela primeira vez. Foi o terceiro do camisa 7 alvinegro na competição.
A "massa" foi ao delírio, já que o jogo se tornava cada vez mais complicado por conta do tempo que passava e do forte bloqueio do Strongest. Pouco depois do gol, Bernard, que era dúvida para a partida, deixou o campo com cansaço. Richarlyson foi para o jogo.
Com o gol, os bolivianos saíram mais e deixaram espaços, até então escassos, por conta da forte retranca. Diego Tardelli chegou a balançar as redes em uma rápida descida, mas o árbitro auxiliar assinalou impedimento. Aos 26 minutos, depois de ter colocado os companheiros na cara do gol, R10 deu um lindo passe para Marcos Rocha, que foi derrubado na área. Pênalti, que o próprio Ronaldinho cobrou e converteu, com tranquilidade.
No último suspiro, após indecisão da zaga, Melgar, que acabara de entrar, marcou para o Strongest, aos 45 minutos do segundo tempo. O time de Eduardo Villegas bem que tentou buscar o ataque, mas o Galo não sofreu maiores sustos por parte da ofensiva boliviana.
Nos minutos finais, o experiente Gilberto Silva ainda entrou em campo na vaga de Pierre e completou o centésimo jogo com a camisa do Atlético-MG. Além da grande atuação, Ronaldinho ainda gastou tempo em fotos e abraços com os adversários. A maioria dos jogadores, e também a comissão técnica do Strongest, solicitaram um momento com o craque do Galo, que atendeu a todos com atenção. Era o dia da estrela.


 

Goleiro Bruno é condenado a 22 anos e 3 meses; ex-mulher é absolvida

Júri culpou o jogador por homicídio, ocultação, sequestro e cárcere privado.
Dayanne Rodrigues foi absolvida pelo sequestro e cárcere do filho de Eliza.

O júri popular formado por cinco mulheres e dois homens condenou no início da madrugada desta sexta-feira (23), no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, o réu Bruno Fernandes de Souza a a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e também pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Dayanne Rodrigues, ex-mulher do jogador, foi absolvida da acusação de sequestro e cárcere privado do bebê.
Sua personalidade é desvirtuada e foge dos padrões mínimos de normalidade"
Juíza Marixa Fabiane Rodrigues, sobre Bruno
08/03/2013 - Bruno e Dayanne ouvem a sentença lida pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues. (Foto: Léo Aragão / G1)Bruno e Dayanne ouvem a sentença lida pela juíza
no júri popular do caso Eliza (Foto: Léo Aragão / G1)
Bruno foi condenado a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador.
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
O advogado Lúcio Adolfo, que representa o atleta, disse que recorrerá da condenação. O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro afirmou que esperava pena de 28 a 30 anos de prisão para o réu e anunciou que vai recorrer para aumentar a punição.
A sentença da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues foi lida em 19 minutos. Em sua decisão, ela disse que a personalidade de Bruno "é desvirtuada e foge dos padrões mínimos de normalidade" e destacou que "o réu tem incutido na sua personalidade uma total incompreensão dos valores".
A magistrada afirmou ainda que "a execução do homicídio foi meticulosamente calculada" e que "Bruno acreditou que, ao sumir com o corpo, a impunidade seria certa".
Por fim, ela lembrou que, assassinada, "a vítima [Eliza Samudio] deixou órfão uma criança de apenas quatro meses de vida".
Para a Justiça, a ex-amante do jogador foi morta em 10 junho de 2010, em Vespasiano (MG), após ter sido levada à força do Rio de Janeiro para o sítio do goleiro em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. A certidão de óbito foi emitida por determinação judicial. A criança, que foi achada com desconhecidos em Ribeirão das Neves (MG), hoje vive com a avó em Mato Grosso do Sul. Um exame de DNA comprovou a paternidade.
A Promotoria afirma que, além de Bruno e Dayanne, mais sete pessoas participaram dos crimes. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, foram condenados no júri popular realizado em novembro de 2012.
No dia 22 de abril, Bola será julgado. Em 15 de maio, enfrentarão júri Elenílson Vitor da Silva, caseiro do sítio, e Wemerson Marques de Souza, amigo do goleiro. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto de 2012. Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi absolvido (saiba quem são os réus).
Jorge Luiz Rosa, outro primo do goleiro, que era menor de idade na época da morte, cumpriu medida socioeducativa por crimes similares a homicídio e sequestro. Atualmente tem 19 anos e é considerado testemunha-chave do caso.
Veja a seguir como foi o debate entre o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro e os advogados dos réus, na quinta-feira (7), e o que aconteceu nos demais dias do júri popular:
selo_bruno_promotoriaxacusaçãoNOVA (Foto: Editoria de Arte / G1)
07/03/2013 - Advogado Lúcio Adolfo fala em direção ao promotor (Foto: Léo Aragão/G1)O advogado Lúcio Adolfo faz a defesa de Bruno sob
olhares do promotor do caso(Foto: Léo Aragão/G1)
Eliza não veio [para Minas Gerais] passear não, minha gente. Ela veio com a cabeça estourada"
Henry Wagner Vasconcelos de Castro, promotor
Lúcio Adolfo, advogado de Bruno Fernandes de Souza, encerrou os debates entre defesa e acusação pedindo aos jurados a absolvição do goleiro, apesar de em nenhum momento ter afirmado que o jogador é inocente na morte de Eliza Samudio. Ele voltou a falar que a ação tem falhas, desqualificou o depoimento de Jorge Luiz Rosa, primo do atleta menor de idade à época dos crimes, e acusou mais uma vez o Ministério Público de ter feito um "acordo" com Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, para "não passar vergonha". O defensor pediu aos jurados que, em caso de condenação, a pena do goleiro seja menor que a de Macarrão. "Não deve passar de 10 [anos]", disse.
'Pena máxima para Bruno'
Durante sua participação final nos debates do júri popular de Bruno e de Dayanne Rodrigues, o promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro pediu que o goleiro receba a pena máxima pela morte de Eliza Samudio e disse que o jogador e os demais envolvidos no assassinato "foram festejar a morte" da modelo após o crime. Somadas as duas vezes em que falou, ele teve quatro horas e meia para convencer os jurados.
Na quarta (6), durante o seu interrogatório, Bruno disse que foi a três festas e participou de uma partida de futebol com o time 100% depois da morte, da qual sabia a partir de conversa com Macarrão e com seu primo Jorge Luiz Rosa.
Em sua fala, Bruno reconheceu pela primeira vez que sabia que Eliza Samudio havia sido morta e, também pela primeira vez, implicou o policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, na morte da modelo, dizendo que ele havia sido contratado por Macarrão. Hoje, ao falar mais uma vez a pedido da defesa, Bruno disse que "sabia e imaginava" que ela seria morta.
Com base no depoimento Jorge Luiz Rosa à polícia, o promotor descreveu como a modelo foi morta. "Saiu espuma branca da boca dela. Ela agonizou, espereceu e por fim, morreu", disse conforme a testemunha. A mãe de Eliza Samudio, Sônia Moura, saiu do plenário chorando com o relato. "Ninguém está em dúvida se Bola matou a Eliza não", disse Henry Wagner de Castro. "O Bola matou a Eliza", disse em seguida.
07/03/2013 - Advogados de Bruno conversam antes do quarto dia de julgamento (Foto: Renata Caldeira / TJMG)Lúcio Adolfo, à esquerda, conversam com colegas
da defesa no júri (Foto: Renata Caldeira / TJMG)
O promotor tem mais dúvida que os senhores. Eles não têm prova contra Bruno, tanto que precisou fazer um acordo com Macarrão"
Lúcio Adolfo, advogado do goleiro Bruno
'Negociata com Macarrão'
Na primeira vez que falou aos jurados, o advogado Lúcio Adolfo afirmou que a única prova do Ministério Público contra o goleiro Bruno é uma "negociata com Macarrão", em referência ao interrogatório em que Luiz Henrique Romão ligou o atleta à morte de Eliza Samudio, em novembro de 2010, antes de ser condenado a 15 anos de prisão.
"O promotor tem mais dúvida que os senhores. Eles não têm prova contra Bruno, tanto que precisou fazer um acordo com Macarrão", disse aos jurados, classificando o suposto acerto de "excuso, indecente e imoral".
Macarrão pegou 15 anos de prisão – pena mínima por homicídio qualificado em razão de sua confissão. Conforme a sentença da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, ele foi condenado a 12 anos em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima) e mais três anos em regime aberto por sequestro e cárcere privado. O amigo de Bruno foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.
Durante o debate, o advogado do jogador classificou de "incompletas" as provas e afirmou que não cabe a ele provar a morte de Eliza nem se "o corpo estava aqui ou acolá". Ele disse ainda que o promotor fez um "cineminha" no júri popular com imagens de reportagens sobre o caso. "Essa é a prova do Ministério Público", ironizou. Afirmou também que o atestado de óbito, expedido às vésperas do julgamento, "alimenta a imprensa" e criticou o promotor do caso. "O doutor promotor só conseguiu ficar bonito na tela de TV. Provar, nada".
O defensor apresentou três opções para os jurados: na primeira, pediu absolvição por falta de provas; na segunda, defendeu uma participação "menor" de Bruno no crime; e na terceira, disse que os jurados podem entender que Bruno participou de outro crime, mas não da morte de Eliza.
ATUALIZADO Arte estática Caso Eliza Samúdio (Foto: arte)
Promotor livra Dayanne
Henry de Castro, na primeira vez que teve a palavra, pediu a absolvição de Dayanne Rodrigues, ex-mulher de Bruno. Ela chorou ao ouvir as palavras do promotor.
Segundo o responsável pela acusação, Dayanne deveria ser inocentada porque foi "coagida" pelo policial aposentado Zezé, José Lauriano, que hoje é investigado por participação no crime. Segundo ele, Bruno deixou a "mãe de suas filhas à mercê" de Zezé. "E Bruno conhecia o Zezé", disse.
Antes disso, a ex-mulher do goleiro pediu para ser ouvida novamente no júri popular para dizer que tem medo de José Lauriano.
Na nova fala, Dayanne disse que recebeu uma ligação do policial Zezé, em que ele dizia que Macarrão já o tinha avisado de que ela estava com o bebê, orientando para ela não comparecer com a criança na delegacia de polícia. "Eu senti medo naquele momento, tanto quanto estou sentindo agora, ainda mais depois que o Bruno falou ontem", disse.
'Sabia e imaginava'
Bruno, em um novo interrogatório na quinta (7) sobre a morte de Eliza, disse que "sabia e imaginava" que Eliza seria morta. A juíza Marixa Rodrigues determinou que ele retornasse ao plenário para ser ouvido novamente, a pedido de sua defesa.
"Pelas brigas constantes, pelo fato de eu ter entregado ao Macarrão o dinheiro", disse o jogador sobre estar ciente de que a modelo seria assassinada.
O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro afirmou que agora é possível saber que o goleiro Bruno"mentiu", mesmo sabendo de toda a verdade sobre a morte de Eliza Samudio.
"O futebol perdeu um goleiro razoável, mas um grande ator", afirmou o promotor no início de sua primeira intervenção, afirmando que a "canalha quadrilha" levou Eliza do Rio de Janeiro para Minas Gerais e que ela nunca fez o exame de DNA porque Bruno não quis.
Segundo o acusador, Bruno agrediu Eliza, ameaçou a jovem de morte e tentou forçá-la a tomar abortivo. Para o promotor, o jogador se negava a atender o único pedido da vítima: o pagamento dos exames pré-natais.
"Bruno é o articulador, ele está no comando, ele está no controle, ele está na apuração", disse o promotor, que afirmou que Luiz Henrique Romão, o Macarrão, era "jagunço e faz-tudo" de Bruno. Por isso, o goleiro enviou, depois do crime, uma carta pedindo que o "irmão" assumisse a culpa em seu lugar.
Bruno_selo_6demarço (Foto: Editoria de Arte / G1)
O goleiro Bruno Fernandes de Souza disse na quarta-feira (6) que aceitou o fato de que Eliza Samudio havia sido assassinada a mando do amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, sem tomar qualquer atitude e sem denunciar os envolvidos no crime. "Como mandante, dos fatos, não, eu nego. Mas de certa forma, me sinto culpado", afirmou o atleta. "Eu não sabia, eu não mandei, excelência, mas eu aceitei", disse à juíza Marixa Rodrigues.
O goleiro disse que Macarrão contou a ele que contratou Bola para matar Eliza. Foi a primeira vez que Bruno implicou Bola na morte da modelo, com quem o atleta teve um filho. O atleta reconheceu pela primeira vez que Eliza foi morta, culpou Macarrão pelo assassinato, negou ser o mandante do crime e disse acreditar que poderia ter evitado esse desfecho.
Bruno disse que não denunciou Macarrão pelo crime por "medo de acontecer alguma coisa" com as sua filhas e com ele próprio e também "pelo fato de conhecer ele há muito tempo".
 

Em noite ruim, São Paulo tropeça no lanterna Arsenal e se complica

Sofrer virou rotina para o São Paulo na Taça Libertadores. Mas, desta vez, não houve gol nos minutos finais que salvasse a má atuação, como aconteceu diante do Strongest, quarta-feira retrasada. Em mais uma exibição de altos e baixos, o Tricolor não passou de um empate por 1 a 1 com o lanterna Arsenal, da Argentina, no Pacaembu, e viu seu futuro na competição ficar ameaçado. Irritado com a arbitragem, Luis Fabiano reclamou muito e levou cartão vermelho depois do apito final. O jogo não foi no Morumbi porque o clube perdeu o mando pelas confusões ocorridas na final da Copa Sul-Americana, contra o Tigre, em dezembro.
Com apenas quatro pontos em nove possíveis no Grupo 3, o São Paulo vai precisar de um bom desempenho fora de casa para não se complicar ainda mais. Quinta-feira que vem, visita o mesmo Arsenal, às 22h, em Avellaneda, na Argentina. Em seguida, dia 4 de abril, encara o Strongest, em La Paz. Neste domingo, faz o clássico contra o Palmeiras, às 16h, no Morumbi, pelo Paulistão.
Jadson, mais uma vez, foi o melhor do time. Depois que Aloísio e Osvaldo acertaram a trave, o camisa 10 colocou os são-paulinos em vantagem no último lance da etapa inicial. Na metade final, um polêmico pênalti após desvio de Cortez com um dos braços fez Benedetto empatar e desmontar os brasileiros. O mesmo Jadson ainda acertou o poste. Pouco para um dos favoritos ao título.
Os argentinos respiram e voltam a acreditar na classificação. No entanto, também necessitarão de um grande rendimento no segundo turno. O ponto obtido no Pacaembu foi o primeiro em três rodadas.
Luis Fabiano, São Paulo x Arsenal de Sarandi (Foto: Marcos Ribolli)Luis Fabiano disputa a bola pelo alto. Fabuloso não conseguiu brilhar nesta quarta (Foto: Marcos Ribolli)
Jadson tira o São Paulo do sufoco

O início da partida foi atrasado em aproximadamente sete minutos por causa de uma confusão nos uniformes. O Arsenal subiu ao gramado de calção branco, mesma cor do São Paulo. Como os argentinos não tinham outro em uma tonalidade diferente, os tricolores desceram aos vestiários para colocar um escuro. Enquanto os visitantes batiam bola e os brasileiros se vestiam, os hinos de cada país foram executados. Quase ninguém ouviu.
Quando a bola rolou, o São Paulo voltou a apresentar erros defensivos que resultaram em alguns sustos na torcida e em broncas de Rogério Ceni, desesperado com o posicionamento errado. Logo no primeiro minuto, Furch apareceu nas costas de Douglas na área e chutou cruzado, bem perto da trave esquerda. Pelo alto, principalmente em cobranças de escanteio, Lúcio e Rafael Toloi também tiveram problemas.
Jadson comemora gol do São Paulo sobre o Arsenal de Sarandi (Foto: Marcos Ribolli)Jadson comemora gol do São Paulo sobre o
Arsenal de Sarandi (Foto: Marcos Ribolli)
Assim como aconteceu contra o Strongest, na semana passada, o ataque mostrou pouca inspiração diante de um rival bastante fechado. Jadson, único homem encarregado de criar, foi muito marcado e não conseguiu abrir espaços para o trio ofensivo. Ceni, de falta, teve a primeira boa chance, somente aos 18 minutos, mas parou em Campestrini.
A sorte também parecia não acompanhar o Tricolor quando as oportunidades apareceram mais claramente. Aloísio carimbou a trave ao ganhar da defesa pelo alto e chutar de primeira. Já perto do fim da etapa inicial, Osvaldo soltou uma bomba de fora da área e acertou o outro poste argentino.
Em seguida, quase um castigo. Livre na área, Furch apareceu de frente para Ceni, mas perdeu gol incrível ao chutar por cima. O alívio veio apenas aos 47 minutos. Em contra-ataque pela direita, Aloísio foi à linha de fundo e tocou de calcanhar para trás. Jadson recebeu e bateu forte, com desvio no travessão, e colocou o São Paulo em vantagem.
Vermelho para o Fabuloso
A vantagem são-paulina durou muito pouco no segundo tempo. Exatamente três minutos. A defesa, ainda bastante exposta, voltou a enfrentar dificuldades para combater o ataque adversário. O empate veio em um lance polêmico. Após cruzamento pelo lado direito, a bola tocou no braço de Cortez, e o árbitro Wilmar Roldán marcou pênalti. Benedetto, que acabara de entrar, chutou forte no canto direito. Rogério nem esboçou reação para tentar a defesa. Os são-paulinos passaram toda a segunda etapa reclamando com o juiz a penalidade.
Ney Franco repetiu logo em seguida o que fez contra os bolivianos: trocou um volante (Fabrício) pelo meia Paulo Henrique Ganso. A mudança, contudo, não surtiu efeito rapidamente. Os argentinos amarraram a partida, seguraram a bola no campo ofensivo e impediram que o Tricolor sufocasse.
Dario Ismael comemora gol do Arsnal de Sarandi contra o São Paulo (Foto: AP)Dario Ismael comemora gol do Arsenal de Sarandí
contra o São Paulo (Foto: AP)
A equipe tricolor só acordou do choque depois dos 20 minutos e, mesmo assim, sem apresentar grande evolução. A dupla Ganso e Jadson apareceu em um lance que levou o torcedor ao desespero. Ao tabelar com Paulo Henrique, o baixinho recebeu na área e dividiu com o goleiro. A bola, caprichosamente, caiu rente ao travessão, sobre a rede.

A pressão com pouca organização tática aumentou com o passar do tempo. Entre os pedidos de “raça” e os incentivos vindos das arquibancadas, o segundo gol esteve novamente muito perto dos pés de Jadson. Ao receber pelo meio, ele girou e chutou forte. De novo, a trave estava no caminho.

Os minutos finais foram de sufoco e descontrole. Depois de sacar Aloísio e colocar Maicon, Ney Franco tirou Wellington para a entrada de Cañete. O nervosismo e a pressa em impedir o resultado ruim pesaram negativamente para um time que precisará fazer fora de casa aquilo que não conseguiu diante de sua torcida. Agora, com ainda mais pressão e sem Luis Fabiano, que cumprirá suspensão na próxima rodada.
Luis Fabiano recebe o cartão vermelho no final da partida do São Paulo (Foto: JF Diorio / Ag. Estado)Luis Fabiano recebe o cartão vermelho no final da partida do São Paulo (Foto: JF Diorio / Ag. Estado)
 

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