31 DE MAIO EM RG

Com renúncia de Bento XVI, começa oficialmente o período de Sé Vacante

A partir de agora, ele é Papa Emérito, e conclave escolherá seu sucessor.

'Sou um simples peregrino', disse ele na despedida em Castel Gandolfo.


Membro da Guarda Suíça fecha as portas da residência papal de verão, em Castel Gandolfo, para marcar o fim do pontificado de Bento XVI, nesta quinta-feira (28) (Foto: AP)Membro da Guarda Suíça fecha as portas da residência papal de verão, em Castel Gandolfo, para marcar o fim do pontificado de Bento XVI, nesta quinta-feira (28) (Foto: AP)
A renúncia do Papa Bento XVI começou a valer oficialmente às 20h desta quinta-feira (28) no Vaticano, 16h de Brasília.
Começa assim o período da Sé Vacante, em que a Igreja Católica fica provisoriamente sem líder -geralmente por conta da morte de um Papa e, neste caso excepcional da renúncia.
 A guarnição da Guarda Suíça que acompanhou Bento XVI à residência papal de Castel Gandolfo se retirou do local, e a bandeira papal branca e amarela foi abaixada.
A partir desse momento, a segurança de Bento XVI está garantida pela Gendarmaria Vaticana.
Os aposentos papais no Vaticano também foram trancados, e só voltarão a ser ocupados pelo próximo pontífice.
O site do Vaticano também registrou a situação de Sé Vacante.
Durante a Sé Vacante, os assuntos da igreja ficam sob a responsabilidade do Camerlengo. O atual Camerlengo é o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone.
Papa Emérito
Bento XVI deixou o Vaticano cerca de três horas antes rumo à residência, onde deve ficar cerca de dois meses.

Depois desse período, o agora Papa Emérito, que vai continuar usando o nome de Bento XVI, vai se estabelecer em um mosteiro no Monte do Vaticano, que está sendo reformado para recebê-lo.
Conclave
Agora, os cardeais se organizam para escolher o sucessor, após os oito anos de pontificado de Bento XVI, marcados por controvérsias e escândalos.

O decano do Colégio Cardinalício, Angelo Sodano, deve convocar formalmente nesta sexta-feira, o conclave. A primeira reunião preparatória  para definir a data de início deve ocorrer na próxima segunda, 4 de março, disse informalmente o cardeal de Nápoles, Crescenzio Sepe.
O Papa Bento XVI acena para os fiéis da sacada da residência de Castel Gandolfo, pouco após deixar o Vaticano nesta quinta-feira (28) (Foto: Reuters)O Papa Bento XVI acena para os fiéis da sacada da residência de Castel Gandolfo, pouco após deixar o Vaticano nesta quinta-feira (28) (Foto: Reuters)
'Peregrino'
Ao chegar à pequena vila de Castel Gandolfo, a 30 quilômetros de Roma, Bento XVI disse aos fiéis que o esperavam que agora não é mais pontífice, "mas um simples peregrino encerrando seu caminho nesta terra".

"Obrigado por sua amizade e seu afeto. Como vocês sabem, hoje é um dia diferente dos anteriores. Eu só serei o Sumo Pontífice da Igreja Católica até as 20h. Depois disso, serei simplesmente um peregrino que está começando a fase final de seu caminho nesta terra", disse o alemão Joseph Ratzinger, de 85 anos, da sacada, antes de se recolher ao edifício.
Bento XVI tinha deixado o Vaticano, em um helicóptero da Força Aérea Italiana, às 17h07 locais (13h07 de Brasília).
Antes de embarcar, o pontífice recebeu adeus no Pátio de São Damásio de um grupo da Guarda Suíça e de seus colaboradores da Secretária de Estado. Ele estava de carro, acompanhado de seu secretário, Georg Gänswein.
Os sinos do Vaticano e de todas as basílicas de Roma soaram durante a decolagem do helicóptero, sob aplausos de cardeais, outros religiosos e fiéis.
Renúncia surpreendente
O pontífice alemão havia anunciado em 11 de fevereiro que, no dia 28, renunciaria ao cargo. O anúncio, inédito na história recente da Igreja Católica, foi considerado surpreendente.

Bento XVI argumentou que, por conta da idade avançada, não tinha mais forças para liderar a Igreja Católica, após 8 anos de um mandato que, segundo ele próprio, teve "águas agitadas", como o escândalo do VatiLeaks e as investigaçõeso de casos de pedofilia envolvendo o clero em vários países.
arte trajetória papa bento (Foto: 1)
Cardeais
Na manhã desta quinta, Bento XVI prometeu "incondicional reverência e obediência" ao seu sucessor no Trono de Pedro, ao falar brevemente no seu encontro de despedida com os cardeais.

"Continuarei próximo a vocês em oração, especialmente nos próximos dias, em que elegem o novo Papa, ao qual hoje declaro incondicionais reverência e obediência", disse.
Bento XVI também apelou para que a Igreja Católica permaneça unida, reiterando um apelo que fez várias vezes ao longo de suas aparições públicas desde o dia 11.
O Papa destacou a proximidade, a solidariedade e os conselhos que recebeu dos cardeais em seus oito anos de governo.
"Nestes anos, vivemos com fé momentos belíssimos de luz radiante no caminho da Igreja, ao lado de momentos nos quais as nuvens se condensavam no céu. Tentamos servir a Cristo e a sua Igreja com amor profundo e total, que é a alma de nosso Ministério", disse.
Bento XVI afirmou ainda que o Colégio Cardinalício deve ser "como uma orquestra, na qual a diversidade possa levar a uma harmonia de concórdia".
"Permaneçamos unidos, queridos irmãos, nas preces e especialmente na eucaristia. Assim servimos à Igreja e a toda à humanidade. Esta é nossa alegria, que ninguém nos pode tirar", disse.
Bento XVI disse ainda que a Igreja não é uma "instituição inventada por alguém, construída sobre uma mesa, mas uma realidade viva, que vive se transformando, embora sua natureza continua sendo sempre a mesma, já que sua natureza é Cristo".
'Gratidão'
Os cardeais, representados pelo decano do Colégio Cardinalício, Angelo Sodano,  expressaram sua "gratidão" a Bento XVI por seus anos de pontificado. Sodano disse que Bento XVI foi um "exemplo".

Cerca de 144 cardeais participam do encontro, na Sala Clementina, no Vaticano, segundo Federido Lombardi, porta-voz do Vaticano.
Eles receberam Bento XVI com um aplauso de despedida. Depois, os cardeais se despediram separadamente do pontífice, beijando sua mão.
Alguns cardeais deram presentes ao Papa, segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. Ele não detalhou quais foram os presentes.

 

FASE DE GRUPOS - 2ª RODADA São Paulo leva susto e passa sufoco, mas bate The Strongest no fim


Não foi fácil como muitos esperavam. Também não foi a noite dos sonhos dos 31 mil torcedores presentes. Valeu pela vitória. Se o grande futebol passou longe do Morumbi nesta quinta-feira à noite, o São Paulo usou a insistência para sair do sufoco na Taça Libertadores. De virada, o Tricolor venceu o The Strongest por 2 a 1 e recuperou as forças para tentar avançar às oitavas de final.
Quem esperava uma goleada sobre outro time boliviano, se surpreendeu. O time amarelo e preto de La Paz soube anular as principais jogadas paulistas e chegou a ficar em vantagem, com gol de Barrera em falha da defesa. Para reagir, o Tricolor apostou na garra de Osvaldo e no oportunismo de Luis Fabiano, que quebrou o jejum de dois jogos sem marcar em casa.
O resultado coloca o São Paulo dividindo a segunda colocação do Grupo 3 com o mesmo The Strongest, ambos com três pontos – o Atlético-MG lidera com seis. Na próxima rodada, o Tricolor recebe o Arsenal, quinta-feira, às 19h15m, no Pacaembu – cumprirá a partida de gancho pelos incidentes na final da Copa Sul-Americana do ano passado. Pelo Campeonato Paulista,  o time dirigido por Ney Franco enfrenta o Penapolense, domingo, às 18h30m, em Penápolis. Apenas reservas atuarão.
São Paulo x The Strongest (Foto: Marcos Ribolli)Rafael Toloi, em lance do jogo entre São Paulo e The Strongest (Foto: Marcos Ribolli)
The Strongest dá susto
Os dois primeiros minutos de partida deram a impressão de que o São Paulo não teria dificuldades para passar por mais um time boliviano. Assim como aconteceu diante do Bolívar, na fase prévia, o Tricolor começou o jogo sufocando. Mas, ao contrário daquela vez, o gol não saiu rapidamente, a equipe se perdeu com o passar do tempo e retornou para os vestiários sem vantagem.
Gol do Strongest, São Paulo x The Strongest (Foto: Marcos Ribolli)Barrera comemora gol do Strongest: susto no
Morumbi (Foto: Marcos Ribolli)
Todo o Morumbi protestou quando, logo aos 40 segundos, Osvaldo disparou em velocidade e foi derrubado por dois adversários. A bola correu para Aloísio, que bateu forte e fez 1 a 0. No entanto, o árbitro paraguaio Enrique Cáceres já havia paralisado o lance marcando falta. Na cobrança, Rogério Ceni acertou o canto esquerdo. O baixinho Vaca espalmou.
As oportunidades criadas e não convertidas deixaram a equipe apreensiva. O bloqueio montado pelo The Strongest funcionou melhor do que o técnico Eduardo Villegas planejou. Graças a uma falha da defesa brasileira, aos 20. Após cobrança de escanteio, Cristaldo desviou na primeira trave, a bola atravessou a defesa e caiu no outro poste. Barrera desviou e calou o estádio.
O gol fez o São Paulo buscar a igualdade de todas as formas. Luis Fabiano, até então bem marcado, teve grande chance ao avançar livre e errar o chute por cobertura. Aos 42, o time saiu do sufoco parcialmente. Vaca espalmou uma finalização do Fabuloso de dentro da área. Osvaldo pegou a sobra, mandando bola e goleiro para dentro da rede.

A expectativa de um início de segundo tempo com o São Paulo sufocando não se confirmou. As duas linhas de quatro jogadores em seu campo permitia ao The Strogest travar qualquer tentativa paulista de furar o bloqueio. Jadson, encurralado para criar no meio de campo, sofreu para ter espaço. Osvaldo e Aloísio, cercados pelas pontas, também esbarraram nos rivais.
O Tricolor só conseguiu levar perigo em jogadas individuais, como a de Douglas pelo lado direito, que terminou no travessão após chute de Jadson da marca do pênalti. Logo em seguida, Ney Franco arriscou ao tirar o volante Denilson para a entrada de Paulo Henrique Ganso, aumentando o poder de criação.
A alteração abriu o meio de campo são-paulino e permitiu que os bolivianos se arriscassem em alguns momentos. Ainda mais desprotegida, a defesa voltou a passar insegurança e assustar os mais de 31 mil torcedores. A situação só não piorou em virtude da baixa qualidade técnica rival. Reina, livre na área, perdeu grande chance ao cabecear fraco nas mãos de Rogério Ceni.
O São Paulo partiu para o abafa com a entrada do argentino Cañete no lugar de Aloísio. Pela direita, enfim, a equipe chegou ao segundo gol, aos 35 minutos. O gringo encontrou Ganso na área, que tocou para trás e achou Luis Fabiano. Caindo, tropeçando, o Fabuloso desviou e acabou com o sufuco. E que sufoco!
 

Nervoso e sem inspiração, Palmeiras perde para o Libertad no Paraguai


Sem a pegada dos últimos jogos, Verdão é dominado, sofre dois gols de cabeça e cai para a terceira colocação do grupo 2 do torneio
Se o primeiro jogo como visitante na Taça Libertadores da América era importante para avaliar as perspectivas do Palmeiras no torneio, o torcedor alviverde voltou a ter motivos para se preocupar. Perdido na grande parte do tempo e muito nervoso, o time de Gilson Kleina mostrou apenas dez minutos de bom futebol e não foi páreo para o Libertad, que venceu com propriedade por 2 a 0, em Assunção, e assumiu a liderança do Grupo 2 do torneio sul-americano. O resultado acabou com uma invencibilidade de sete jogos da equipe do Palestra Itália na temporada.
Foi uma noite em que nada deu certo para o Verdão. A defesa marcou mal; o meio-campo não conseguiu dar proteção e pouco criou; e o ataque levou perigo em apenas duas jogadas. Escalados no segundo tempo, Valdivia e Kleber pouco acrescentaram. O treinador Gilson Kleina tentou de tudo: mexeu no esquema tático, botou o time no ataque, gritou o tempo todo do banco de reservas. Mas nada funcionou.
Com a vitória, os paraguaios chegam a seis pontos, deixando o Verdão com os três da vitória conquistada sobre o Sporting Cristal na estreia, na terceira colocação. Os peruanos, que venceram o Tigre por 2 a 0 nesta quarta-feira, têm a mesma pontuação, mas um saldo de gols melhor (1 contra -1). Os argentinos ocupam a lanterna, zerados.
O Palmeiras folgará no fim de semana. O jogo contra o Paulista de Jundiaí, pelo Paulistão, foi adiado para o dia 14. Assim, o time poderá se preparar melhor para a partida contra o Tigre, quarta-feira, na Argentina. Pelo Paulistão, o próximo compromisso está marcado para o dia 10, contra o São Paulo, no Morumbi.
Weldinho tenta a jogada ofensiva do Palmeiras contra o Libertad (Foto: AFP)Weldinho, em ação pelo Palmeiras contra o Libertad (Foto: AFP)
Libertad começa melhor
O técnico Gilson Kleina havia alertado sua equipe. Para bater o Libertad, o primeiro passo era suportar a pressão inicial dos paraguaios. Foi exatamente o que o Palmeiras não conseguiu fazer. Mesmo com cinco homens no meio-campo, e apenas um atacante, o Verdão foi sufocado pela equipe local nos primeiros 15 minutos.
O rápido atacante Nuñez, com suas arrancadas e dribles curtos pelo lado direito, fez o que quis com Marcelo Oliveira. Em uma das escapadas, aos 11, foi ao fundo e cruzou na medida para Velasquez, que se antecipou a Weldinho e, de cabeça, abriu o placar.
Torcida do Palmeiras no jogo contra o Libertad, em Assunção (Foto: Marcelo Prado / globoesporte.com)Torcida do Palmeiras no jogo contra o Libertad, em
Assunção (Foto: Marcelo Prado / globoesporte.com)
O Palmeiras continuou perdido após o gol sofrido. Lento e sem criatividade, a equipe foi facilmente marcada. Atrás, o mapa da mina continuava sendo o lado esquerdo da defesa. A todo instante, Kleina gritava com Wesley, pedindo que ele ajudasse o perdido Marcelo Oliveira. No meio-campo paraguaio, Samudio e Guiñazu ditavam o ritmo da equipe. Mendieta, em chute de fora da área, assustou Fernando Prass em lance de perigo. Aos 31, Velasquez marcou novamente, após cobrança de escanteio, mas o juiz anulou corretamente, já que o atacante estava impedido.
Daí para frente, os donos da casa diminuíram o ritmo, trocando a velocidade pela valorização da bola. O Palmeiras, mesmo abaixo do que vinha mostrando nas últimas partidas, conseguiu finalmente trocar passes e chegar ao ataque. Aos 32, Vinícius fez boa jogada pela esquerda, invadiu a área e bateu com o pé direito. Muñoz defendeu. Quatro minutos depois, pela direita, Patrick Vieira acionou Weldinho, que bateu cruzado, com muito perigo. Já nos acréscimos, Souza fez belo passe para Wesley, que concluiu na saída do goleiro. A bola raspou em Muñoz e acertou a trave direita.
Souza, Libertad x Palmeiras (Foto: AP)Souza, no jogo contra o  Libertad, no estádio Nicolas Leoz (Foto: AP)
Kleina põe time no ataque, mas Libertad marca e garante vitória
Insatisfeito com o desempenho da equipe, Gilson Kleina fez duas alterações no intervalo. Sacou Maurício Ramos e Patrick Vieira e colocou Valdivia e Kleber, que vestia a camisa alviverde pela primeira vez. Vilson, que vinha atuando como volante, foi recuado para a zaga. Ao contrário do que havia acontecido na etapa inicial, a partida ficou muito mais movimentada.
Henrique, aos seis, reclamou de ter levado uma cotovelada no nariz. Precisou deixar o gramado para ser atendido. No lance seguinte, Nuñez e Wesley se desentenderam e trocaram empurrões. Novamente aos nove, o Verdão sofreu o segundo gol. De novo de cabeça. Enquanto Henrique trocava o curativo na lateral, Samudio desceu rapidamente pela esquerda e cruzou na medida para Benítez, que testou no canto direito de Prass: 2 a 0.
O Palmeiras se perdeu. Seus jogadores, extremamente nervosos, começaram a discutir em todo lance com o juiz venezuelano Juan Soto. Henrique e Weldinho foram advertidos por reclamação. Taticamente, as mudanças feitas não surtiram o efeito desejado. No lado paraguaio, o time tocava a bola com extrema tranquilidade, aproveitando a festa da pequena torcida nas arquibancadas.
Aos 19, Kleina partiu para o tudo ou nada e abriu sua equipe de vez, sacando Souza e colocando Maikon Leite. O time passou a atuar no 4-3-3. Além de pouco criar, deixou enormes espaços defensivos. O Libertad, com o contra-ataque à disposição, passou a desperdiçar chances seguidas para aumentar sua vantagem. Vargas, aos 28, ficou cara a cara com Prass, mas chutou por cima. No minuto seguinte, o goleiro palmeirense fez grande defesa em lance de Nuñez, o melhor em campo. Satisfeito com o resultado, os mandantes diminuíram o ritmo e só esperaram o tempo passar para festejar a segunda vitória. Impotentes, os alviverdes nada mais conseguiram fazer.
 

Após ação popular, Justiça suspende pagamento da Caixa ao Corinthians



Advogado gaúcho entra com ação contestando patrocínio do banco
estatal ao Timão. Clube e empresa ainda podem recorrer ao TRF


camisa corinthians caixa (Foto: Daniel Augusto Jr./ Agência Corinthians)Danilo, Romarinho e Zizao, no lançamento da
camisa do Timão com o logotipo da Caixa
(Foto: Daniel Augusto Jr./ Agência Corinthians)
Baseado numa ação popular, o Juiz Altair Antonio Gregório, da 6ª Vara do Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul, determinou, por meio de uma liminar, a suspensão do pagamento do patrocínio da Caixa Econômica Federal ao Corinthians.
A ação popular foi ajuizada pelo advogado gaúcho Antônio Beiriz, com a alegação de que o pagamento seria lesivo ao patrimônio público da União. Segundo Beiriz, a Caixa, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda, estaria gastando com publicidade inócua e destituída de caráter informativo, em desacordo com o art. 37 da Constituição Federal.
Caixa e Corinthians dizem que ainda não foram notificados. Segundo Beiriz, eles podem recorrer ao TRF. Coincidentemente, representantes do banco e do clube fizeram uma reunião nesta quinta-feira, em São Paulo, mas, segundo dirigentes do Timão, a liminar não foi discutida.
- Estampar o nome da Caixa na camisa de um time não representa nada para o banco. A Caixa não passa a ser conhecida por isso. Ela já é conhecida. Nesse caso do patrocínio, quem ganha é só a instituição privada que visa ao lucro, no caso o Corinthians - disse Beiriz, em entrevista à Rádio Globo. - É um caso para que órgãos públicos, como Caixa e Petrobras, revejam sua estratégia de patrocinar uma instituição privada. A pulicidade feita na mídia é legítima, a Caixa precisa fazer com que as pessoas conheçam seus produtos, mas patrocinar um clube de futebol não dá retorno nenhum. É apenas um ônus ao Tesouro.
Estampar o nome da Caixa na camisa de um time não representa nada para o banco"
Antonio Beiriz, advogado
Beiriz disse que o patrocínio da Caixa ao Corinthians não atende aos preceitos constitucionais que orientam a publicidade de programas e serviços dos órgãos públicos, com caráter educativo, informativo ou de orientação social. O advogado afirmou também que o patrocínio lesa o interesse coletivo do torcedor brasileiro, por, no entender dele, "promover o sensível desequilíbrio econômico entre as agremiações nacionais do futebol profissional" - o valor pago pela Caixa ao Corinthians estaria na casa dos R$ 30 milhões anuais, entre os maiores do Brasil.
Beiriz contou que não sabia que a Caixa patrocinava outros clubes, como Atlético-PR, Figueirense e Avaí, mas disse que pretende cobrar explicações desses times também. Ainda segundo o advogado, foi estipulado uma multa de R$ 150 mil por dia à Caixa, caso o banco não cumpra essa liminar e continue fazendo pagamentos ao Timão.
- O Corinthians pode usar a marca da Caixa no domingo (em jogo contra o Santos, válido pelo Campeonato Paulista). O uso do logotipo não é contestado. O contestado é o pagamento de um banco estatal a um clube de futebol - explicou Beiriz.
O advogado, que é gremista, afirmou que tomaria o mesmo tipo de atitude caso a Caixa resolvesse patrocinar seu time do coração. Lembrado pelo repórter da Rádio Globo de que o Grêmio ostenta a marca do Banrisul, Beiriz contestou.
- Mas o Banrisul é uma sociedade anônima, apesar de ter uma parte do Estado do Rio Grande do Sul, sim.
 

IMPERDÍVEL!!
 
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