31 DE MAIO EM RG

Mais um Brasileiro:GRÊMIO É DEVORADO POR MEDINA, LEVA 1 A 0 NA COLÔMBIA E DEIXA LIBERTADORES


Tricolor sustenta empate até os 34 minutos do segundo tempo, mas sofre gol da derrota justamente do atacante que prometeu 'comer' o adversário
Não adiantou se preparar com antecedência, minimizar os efeitos da altitude de 2,6 mil metros de Bogotá. Tampouco ignorar as provocações de Medina. Em uma má atuação, na noite desta quinta-feira, no El Campín, o Grêmio deu adeus ao sonho do tri da Taça Libertadores. Perdeu por 1 a 0 para o Santa Fé, gol justamente do polêmico atacante que prometeu "comer" o time gaúcho. E comeu. O resultado encerrou oitavas de final a trajetória tricolor.

A verdade é que o Grêmio não acertou quase nada. Apostou no empate, resultado que lhe daria a vaga, afinal, havia vencido a primeira partida por 2 a 1 na Arena. Melhor para o time local, que, com o apoito de um torcida entusiasmada, tenta se superar na principal competição sul-americana: o máximo que conseguiu foi chegar à semifinal, em 1961.
A chance gremista de ficar com a vaga até que surgiu. No apagar das luzes, aos 47 do segundo tempo. Após cruzamento de Pará, a bola sobrou limpa para Vargas, que, completamente livre, mandou por cima do gol. Agora resta ao Tricolor o Brasileirão. Estreia no dia 26 contra o Náutico no Alfredo Jaconie, Caxias do Sul – a Arena está interditada. O Santa Fé encara o Real Garcilaso, do Peru. A Conmebol ainda vai divulgar as datas exatas de todos os confrontos das quartas de final.

Festa, pressão e... Dida
Tudo o que o Santa Fé prometeu, cumpriu. Tudo o que o Grêmio pretendia fazer, não fez. Foi assim que o primeiro tempo se apresentou. O estádio tinha grande público – não lotou por detalhe –, linda festa com fumaça vermelha, uma faixa com os dizeres "Queremos a Copa" e, claro, a pressão inicial. O time local partiu para cima. Tinha de reverter a desvantagem. E encontrou um adversário nervoso e cheio de erros, embora o começo promissor.

Logo a cinco minutos, em grande assistência de Elano, o chileno surgiu na entrada da área: bateu firme para boa defesa do xará Vargas. Foi só. Não conseguiu manter a posse de bola, não trocou passes e tampouco atacou. Quando Zé Roberto, em vez de apresentar a qualidade normal, perde o tempo de bola e acerta um chute em Torres, era porque as coisas não estavam bem. Apesar de o veterano meia ter escapado do cartão vermelho no lance.
Os gritos, as buzinas e o técnico Wilson Gutierrez, ao escalar três atacantes, turbinaram o Santa Fé. Sem o lateral-direito Roa, o comandante apostou no atacante Cristian Borja – deslocou o volante Anchico. Mas demorou a dar certo. O Grêmio de Vanderlei Luxemburgo, na cabine número 16 do estádio, afinal, continua suspenso pela Conmebol, soube aproveitar a velocidade de Vargas.
Souza jogo Grêmio Santa Fé (Foto: Reuters)Souza disputa a bola contra o rival do Santa Fé (Foto: Reuters)
Sorte que Dida, sim, foi uma grande figura. Primeiro, a sorte. Borja ganhou de Werley, no alto, e acertou a trave. Enquanto os demais jogadores abusavam da cera, o goleiro ainda defendeu cabeçada de Torres e chute de Cuero. Só não foi pior porque a equipe colombiana, igualmente, deixou a desejar.
- Temos de manter a posse de bola. Marcamos bem, mas não conseguimos atacar - diagnosticou Zé Roberto no intervalo.
Altitude gera cansaço
A pausa entre os tempos, aliás, reservou mais um espetáculo da torcida. Um bandeirão de quase 300 metros tomou meio estádio. Com a inscrição "A força de um povo", o público tratou de dar o incentivo final. Embora a invasão parcial de alguns aficcionados.
Deu certo. A bandeira não tinha sido totalmente recolhida, e o Santa Fé teve a grande chance do jogo. Werley errou, e a bola sobrou a Medina. Cara a cara com Dida, ele bateu fraco, facilitando a defesa do goleiro. O Grêmio parecia tentar administrar o empate. Seus jogadores mantinham os defeitos da etapa inicial. Mais: passaram a discutir em campo.
Torcedores do Santa Fé fazem festa no El Campín (Foto: Hector Werlang/GLOBOESPORTE.COM)Torcedores do Santa Fé fazem festa no El Campín (Foto: Hector Werlang/GLOBOESPORTE.COM)
Pérez desperdiçou falta. Pará impediu cabeçada de Borja. E quando o gol parecia maduro, de novo Dida salvou. Valdés cabeceou rasteiro, e o goleiro se esticou para espalmar. Na sequência, ainda teve reflexo para defender o rebote. Seriam as defesas do jogo. As defesas da classificação tricolor. Mas...
A situação gremista era tão precária que o primeiro ataque saiu de um erro do Santa Fé. Meza recuou fraco. Permitiu que Vargas, com a sua velocidade, tivesse a chance de chegar à bola. Porém, o goleiro Vargas impediu o gol com um carrinho. O lance animou. Vargas, em linda jogada individual, serviu a Barcos, que não teve pernas para chutar.
Naquela altura, o Grêmio parecia cansado. Eram 30 minutos, e a equipe passou a fazer tempo. André Santos, por retardar o lateral, levou amarelo. E o que estava para acontecer, aconteceu. Medina tabelou com Pérez, ganhou dos dois zagueiros - Bressan, então, não parecia estar disputando um jogo de Libertadores. Foi mole no lance, permitiu a invasão do rival. Na saída de Dida, Medina balançou a rede, e a torcida, o estádio: 1 a 0, aos 34 minutos.

Em desvantagem, o Grêmio não conseguiu reagir. As entradas de Kleber, Marco Antonio e Welliton pouco adiantaram. Aos 47, surgiu uma luz. Após jogada pela direita, Pará cruzou, o goleiro rebateu, e Vargas, com o gol livre, chutou por cima. Devorado por Medina, o Grêmio deu adeus a Libertadores.
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Senado aprova MP dos Portos a 4 horas e meia de texto perder validade


 

A quatro horas e meia de perder a validade, a medida provisória conhecida como MP dos Portos foi aprovada nesta quinta-feira (16) pelo Senado por 53 votos a favor, sete contra e cinco abstenções. Pela manhã, o texto tinha sido aprovado pela Câmara.
O plenário derrubou todas as nove propostas de alteração da matéria apresentadas pela oposição, e o texto agora segue para sanção presidencial.
A presidente Dilma Rousseff terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar parcial ou integramente o projeto. O prazo passará a ser contado a partir do dia que o texto for protocolado na Casa Civil.
O governo corria contra o tempo para aprovar a medida, porque o texto perderia a validade após a meia-noite desta quinta (16). A MP estabelece um novo marco regulatório para o sistema portuário brasileiro, com o objetivo de modernizar os portos e atrair investimentos.
Enquanto senadores governistas defendiam a proposta e tentavam aprová-la a tempo, a oposição usava instrumentos previstos no regimento para obstruir a votação.
Apreensiva, a ministra responsável pela articulação política, Ideli Salvatti, acompanhava a votação do Planalto, pela TV Senado, e fazia telefonemas aos técnicos para saber detalhes. O ministro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, também acompanhou parte da sessão do Senado.
O que é a MP dos Portos
A medida provisória  595/2012, conhecida como MP dos Portos, estabelece novos critérios para a exploração e arrendamento (por meio de contratos de cessão para uso) para a iniciativa privada de terminais de movimentação de carga em portos públicos. Leia mais
G1 presenciou uma funcionária do Senado atendendo a uma ligação da ministra de Relações Institucionais. A servidora deu detalhes do andamento da votação e explicou, no telefonema, que a oposição tentava obstruir com inscrição para discursos e apresentação de requerimentos.
As negociações para aprovar a MP no Congresso se arrastaram desde a semana passada. Depois de mais de 41 horas de debates no plenário, somando dez sessões realizadas nas últimas terça e quarta, a Câmara concluiu a votação da medida e enviou o texto, com 50 páginas, ao Senado, que tinha pouco mais de 12 horas para debater e votar. Os senadores votaram o texto em oito horas.
As duas primeiras horas de sessão no Senado foram de discursos com protestos de parlamentares da oposição e até da base aliada contra a votação “em cima da hora” da medida provisória. Os senadores alegaram que não tiveram tempo de ler a proposta aprovada com modificações pela Câmara às 9h43 desta quinta (16).

A estratégia de DEM, PSOL e PSDB para postergar a sessão consistiu em apresentar destaques (propostas de alteração do texto), inscrever o maior número de senadores da oposição para debater a proposta, e apresentar questões de ordem em meio às discussões.
As questões de ordem são questionamentos dos procedimentos de votação que devem ser decididos pelo presidente do Senado. Mais cedo, a oposição protocolou mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal, pedindo para que a corte suspenda a votação. A corte não chegou a decidir sobre o pedido dos parlamentares.
Da tribuna do Senado, o líder do DEM, José Agripino Maia (RN), argumentou que a votação “de última hora” da medida provisória compromete o papel constitucional da Casa legislativa de “revisar” propostas aprovadas pela Câmara.
“Estamos sendo obrigados a rasgar aquilo que somos obrigados a fazer, que é revisar as mudanças feitas na Câmara. Qualquer mudança que fizermos vai fazer com que a proposta volte à Câmara. Os governistas não vão aceitar fazer isso e vamos rasgar o nosso papel de Casa revisora”, disse José Agripino.
O líder do PSOL, Randolfe Rodrigues (AP), afirmou que seria melhor “extinguir” o Senado, já que seu papel constitucional não foi observado. “Depois de hoje é melhor extinguir o Senado e estabelecer o unicameralismo”, afirmou, em protesto pela análise de última hora da MP dos Portos.
Já senadores do PMDB e do PT defenderam a MP dos portos, alegando que ela é necessária para o desenvolvimento do país. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) negou que o Senado esteja apenas “carimbando” a proposta aprovada pela Câmara.
“Estamos cumprindo a discussão e agora queremos entrar no mérito. O projeto do senador Eduardo Braga foi aprovado por unanimidade na comissão especial. Houve minúsculas modificações na Câmara e que não mexeram em nada na estrutura. Por isso, voto consciente no projeto porque é o melhor para o Brasil e um dever do Senado votar essa matéria hoje”, disse.
Na Câmara 
A Câmara dos Deputados concluiu na manhã desta quinta-feira, após mais de 41 horas em dois dias de longas sessões, a votação da MP dos Portos.
A sessão para votação da MP dos Portos foi iniciada por volta das 11h de terça-feira (14). O texto base foi aprovado por volta das 20h35, mas os destaques não foram apreciados nas quase 18 horas de trabahos - a sessão foi interrompida às 4h55.


Cerca de cinco horas depois, às 11h30, a sessão foi reaberta. No esforço para acelerar a votação, o governo cedeu e fechou acordo com o PMDB para incluir uma emenda que derrubava outras emendas e destaques com conteúdo semelhante.
Todos os destaques foram votadas até 1h40. Na sequência, muitos deputados foram embora acreditando que a votação havia acabado, mas faltava a apreciação da redação final do texto. A sessão aberta às 2h19 arrastou-se até as 7h19 sem atingir quórum suficiente - 257 deputados. Por volta das 8h, a sessão atingiu o quórum e com 353 deputados, a MP dos Portos foi aprovada às 9h43. O relatório final tem 50 páginas.
Depois de decretar o encerramento da sessão que se estendeu por quase 23 horas, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, se emocionou no plenário. Sentado na poltrona da Presidência, ele ficou com os olhos marejados e a voz embargada no momento em que agradeceu o empenho dos parlamentares na votação da MP.
Em entrevista coletiva logo após o fim da votação, o peemedebista fez questão de ressaltar a “valentia” dos partidos oposicionistas, que conseguiram arrastar por quase 40 horas a apreciação do projeto do Executivo nos últimos dois dias.
“Quero reconhecer a valentia, o aspecto lutador, da oposição, que nos deu muito trabalho. De maneira correta, ética, fez o seu papel. E quero reconhecer aqui a base do governo, que de maneira muito lúcida e competente também fez a sua parte. Acho que hoje não há vencedores nem vencidos”, destacou.

 

IMPERDÍVEL!!
 
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