31 DE MAIO EM RG

Terrorismo: pode acontecer aqui?



O atentado de Boston aumentou a preocupação das autoridades brasileiras com ações terroristas na Copa. Para o Ministério Público, estamos atrasados




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PRONTOS Policiais do Bope treinam operação no Corcovado. Polícias e Forças Armadas se preparam para garantir a segurança na Copa e na Olimpíada (Foto: Alexandre Vieira/Ag. O Dia)
>>Esta reportagem faz parte da cobertura especial da edição de ÉPOCA desta semana sobre o atentado em Boston
O que diferencia o terrorismo do simples homicídio está no nome. Seu objetivo é aterrorizar. Não os mortos, cujas vidas são interrompidas sem que eles nem saibam o motivo. O terrorismo espalha o medo entre os vivos, e seus efeitos não escolhem grupos sociais nem respeitam fronteiras. Prédios de escritórios, bares, aviões comerciais, trens, metrôs, hotéis, nas Américas, na Europa, na África ou na Ásia: qualquer lugar pode ser alvo de uma ação terrorista, desde que ela possa causar um grande número de mortos e espalhar medo. Com 500 mil pessoas nas ruas para acompanhá-la, a Maratona de Boston era um alvo potencial. O Brasil não tem histórico de atividades terroristas, mas organizará, até 2016, alguns dos maiores eventos esportivos do planeta, com a presença de delegações de todas as partes do mundo. O Brasil pode ser escolhido por algum grupo armado como palco de um ataque? Sim. O país pode garantir que um atentado, caso planejado, não aconteça? Essa é a missão das autoridades brasileiras.
Capa - Edição 778 (Foto: reprodução/Revista ÉPOCA)
Na última quinta-feira (18), às 10h30, o ministro da Defesa, Celso Amorim, reuniu-se com seus principais auxiliares. Queria saber como andam os preparativos para garantir a segurança durante a Copa das Confederações, marcada para junho próximo, e na Copa do Mundo, no ano que vem. A reunião ganhou contornos mais preocupantes após o atentado à bomba em Boston. Amorim estava especialmente interessado nas informações do general Marco Antônio Freire Gomes, comandante da Brigada de Operações Especiais, localizada em Goiânia. Freire Gomes é o responsável pelo destacamento encarregado das ações contraterrorismo durante grandes eventos. Essa elite militar conta com 1.200 homens especializados em atividades delicadas, como o desarme de bombas e artefatos químicos e radiativos. Entram em ação em situações extremas. Para um país com histórico pacífico, tamanha preparação pode até parecer desmedida. A natureza do terrorismo, revelada na tragédia de Boston, prova que não é.

Os preparativos para a segurança dos grandes eventos começaram há cerca de dois anos. O governo federal distribuiu a responsabilidade da organização entre o Ministério da Defesa e o Ministério da Justiça. Criou até a Secretaria Extraordinária de Segurança para os Grandes Eventos (Sesge), responsável por organizar as ações de segurança pública. É da Sesge a responsabilidade de proteger aeroportos, estradas, portos, rede hoteleira, locais de exibições públicas, pontos turísticos e colaborar nos estádios e centros de treinamento. Até a Copa do Mundo contará com quase R$ 1,2 bilhão para comprar equipamentos e distribuir a Estados e municípios. Ao Ministério da Defesa, cabe organizar a proteção ao espaço aéreo, à área marítima e hidroviária, a usinas hidrelétricas, a subestações de energia e às fronteiras. No caso das fronteiras, há uma divisão de tarefas com a Sesge. Para cumprir sua missão, o ministério conta com R$ 768 milhões. As ações de segurança na Copa serão coor­denadas nacionalmente pela Sesge e pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA).

As iniciativas do governo, em suas várias esferas, têm sido acompanhadas de perto pelo Ministério Público Federal. O órgão criou um Grupo de Trabalho, o GT Copa, que produz balanços trimestrais sobre as medidas e os gastos para garantir a segurança na Copa das Confederações e na Copa de 2014. O último Relatório Parcial, produzido pelo procurador da República José Roberto Pimenta Oliveira e obtido com exclusividade por ÉPOCA, traz em detalhes o que os órgãos envolvidos têm – ou não – feito. A conclusão do procurador preocupa. “Considerando que a Copa das Confederações já será agora e que ela integrava todo esse planejamento, é manifesto que as providências estão atrasadas”, diz José Roberto Pimenta. “É necessária uma atuação mais eficiente da administração pública.”
TROPA DE ELITE Treino das Forças Especiais do Exército em Goiás. O grupo tem sido preparado para enfrentar possíveis ameaças terroristas em território brasileiro (Foto: Celso Junior/ÉPOCA)
No final de 2012, o MPF requisitou de todos os órgãos públicos envolvidos um resumo das medidas tomadas por cada um até então. Os governos do Rio Grande do Norte, Paraná, Distrito Federal e Amazonas nem sequer responderam. Também ficaram em silêncio as prefeituras de Manaus, Natal e Salvador. A Sesge disse ter executado, já em 2011, seu ano de criação, um orçamento de mais de R$ 193 milhões, vindos do Fundo Nacional de Segurança Pública. Ela informou ao MPF ter estabelecido convênios com secretarias de Segurança estaduais e municipais para comprar equipamentos e investir em capacitação das polícias e Guardas Municipais. Entre as principais medidas tomadas, está um convênio com a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro para implementar o Centro Integrado de Comando de Controle Nacional Alternativo (CICCNA), um centro de operações, em construção, na Praça Onze, centro do Rio. A empresa KPMG foi contratada, por quase R$ 10 milhões, para diagnosticar os serviços de todos os centros locais, instalados em cada cidade sede, de processos operacionais a tecnologia da informação e comunicação. A Sesge também fechou um Termo de Cooperação com a Receita Federal para comprar equipamentos a ser instalados nas fronteiras, no valor de quase R$ 40 milhões.

Ainda segundo os dados enviados ao MPF, dos R$ 52 milhões destinados à Marinha, R$ 29 milhões serão aplicados principalmente em centros de comando e controle e força de contraterrorismo. O restante será distribuído para o corpo de fuzileiros navais. A Aeronáutica ficou com R$ 63 milhões, dos quais grande parte será aplicada em suprimentos e manutenção de aeronaves, capacitação de recursos humanos e no sistema de controle do espaço aéreo. O Exército ainda deve um balanço das medidas tomadas até agora. Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal enviaram ao Ministério Público Federal explicações genéricas, com relação à liberação de verbas. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou ter firmado um Termo de Cooperação Técnica com a Sesge para a implementação do Projeto Arena, destinado à avaliação de monitoramento de riscos em grandes eventos.
>>Por que a violência do Rio de Janeiro e de São Paulo migrou para cidades menores

Entre os Estados que já responderam os ofícios do Ministério Público, um dos que mais detalharam suas medidas foi Pernambuco. O governo local afirmou ter criado a Comissão Estadual de Segurança Pública para grandes eventos, além de um Comitê Gestor de Ações Estratégicas Integradas. Pernambuco comunicou ainda ter apresentado uma lista de equipamentos que devem ser comprados pela Sesge e repassados ao Estado, como 118 pistolas elétricas, um conjunto antibomba e mais de 200 kits de equipamentos. A prefeitura do Rio de Janeiro disse que colocará 8 mil guardas municipais nas ruas durante o Mundial.

Além de identificar atraso na preparação geral, o MPF diz se preocupar com a existência de dois centros de controle, um civil e outro militar. “O problema será a comunicação desses centros de controle para ter uma situa­ção relativamente integrada, pois eles precisam ter uma sintonia perfeita”, diz o procurador Pimenta. A falta de um comando centralizado, seja na prevenção ou no combate a ações terroristas, já foi um grave problema no passado. No atentado da Olimpíada de Munique, em 1972, a existência de várias unidades de comando prejudicou a tentativa de salvar os atletas israelenses. Em 2001, nos Estados Unidos, a falta de sintonia entre o FBI e a CIA permitiu que os terroristas da al-Qaeda realizassem os ataques de 11 de setembro.
Bola repartida (Foto: Daniel Basil/Divulgação e Antônio Gaudério/Folhapress)
ÉPOCA conversou com os responsáveis pela segurança dos grandes eventos brasileiros. Segundo eles, entre as medidas estratégicas que serão tomadas para minimizar ameaças à segurança à Copa das Confederações e à Copa do Mundo estão: 1)vistoria prévia de todos os setores dos estádios, com o uso de equipamentos de raios X; 2) revista dos torcedores, com detectores de metal e aparelhos de raios X, além de imagens de circuitos internos de TV; 3) isolamento de uma área em torno do estádio, para veículos, num raio de 1 quilômetro a 1,5 quilômetro; 4) criação do Centro Integrado de Comando e Controle, estrutura de vigilância que concentrará imagens de câmeras instaladas em aeroportos, caminhões, helicópteros, ruas e informações colhidas por agentes de segurança; 5)em partidas consideradas críticas, alocação de um agente de segurança para cada 30 torcedores; 6) criação de zonas de exclusão do espaço aéreo, geralmente próximas aos estádios do Mundial; 7) 10 mil membros das Forças Armadas a postos, como força de contingência para situações emergenciais; 8) reforço, a partir de maio, da fiscalização das fronteiras; 9) escoltas e batedores para equipes esportivas.
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Neste ano, a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, com a presença do papa Francisco, serão os primeiros desafios das autoridades. O general José Alberto da Costa Abreu, coordenador de Defesa da Área Rio nos grandes eventos e comandante da Primeira Divisão de Exército, diz que, já para os eventos de 2013, um efetivo de 7.500 homens estará nas ruas cariocas ou pronto para atuar em ações de defesa – antiterrorismo, defesa química bacteriológica e controle do espaço aéreo. No aeroporto do Galeão, farão a segurança das comitivas. “Estaremos bastante invisíveis em nossas funções, o que é importante em eventos esportivos. Estaremos a postos e controlando tudo de nosso centro de comando”, afirma. Grupos militares também planejam estar presentes em áreas estratégicas da infraestrutura da cidade, como reservatórios de água e subestações de energia elétrica. “Muito se fala em terrorismo, mas há tipos de sabotagem que podem prejudicar o andamento dos eventos, caso falte água ou luz na cidade”, afirma.

O Brasil vem treinando equipes de policiais e militares para que estejam capacitados a enfrentar as situações mais complexas e arriscadas de um possível atentado terrorista na Copa do Mundo ou na Olimpíada do Rio. A principal delas é o Batalhão de Forças Especiais do Exército. Seus integrantes são selecionados entre oficiais voluntários vindos da Academia Militar das Agulhas Negras ou da Escola de Sargentos das Armas. Apenas 30% desses voluntários ganham o direito de sustentar, na altura do ombro, a designação “Forças Especiais”. O processo de seleção não é para qualquer um – e não há condescendência. Um militar das Forças Especiais precisa ser forte, ágil, resistente, frio e agressivo. Tem de atirar com exatidão, saltar de paraquedas e mergulhar com destreza. É a tropa brasileira que mais se assemelha aos Seals, a unidade de elite da Marinha americana que matou Osama bin Laden, líder da al-Qaeda.
A existência de dois comandos 
de segurança pode ser um
problema na Copa do Mundo  
Um galpão de blocos, num terreno do Exército na periferia de Goiânia, Goiás, é onde as Forças Especiais têm sido treinadas para emergências militares. Na semana passada, num final de tarde, 12 homens armados esgueiravam-se silenciosamente, rente à parede externa. Vestiam grossos uniformes camuflados, forrados com uma camada de carvão ativado, para evitar a contaminação por agentes químicos. Seus rostos estavam cobertos com máscaras de gás, equipadas com rádio. Armados com submetralhadoras MP-5, os homens entravam numa sala atirando e gritando frases em código. Os tiros acertavam os alvos na cabeça e no peito. A casa invadida era uma célula terrorista simulada, montada com paredes, móveis, fogão, geladeira e freezer. A operação treinada pelas Forças Especiais conta ainda com especialistas em armas químicas, que revistam o local à procura de produtos perigosos. Parece filme, mas é apenas o tipo de situação extrema para a qual tropas brasileiras precisam estar preparadas.

O general José Carlos De Nardi, chefe do Estado-Maior do conjunto do Ministério da Defesa, diz que os atentados em Boston serviram para que o Brasil ficasse ainda mais atento à segurança para os grandes eventos. “O Brasil está se preparando bem. Temos mandado nosso pes­soal para acompanhar importantes eventos e ganhar experiência”, afirma. O secretário da Sesge, Valdinho Caetano, nega que a Copa das Confederações seja apenas um teste para o Brasil, de menor importância. “É um grande evento, reunirá jogos importantes de grandes seleções. Um teste pressupõe uma possibilidade de falha. E nós não pressupomos falhas”, afirma. O governo americano tem elogiado o Brasil em seus preparativos para a Copa do Mundo. O chefe de segurança da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Paul Kennedy, disse a ÉPOCA que, após uma resistência inicial a falar sobre terrorismo, o Brasil recebeu bem a ajuda americana na preparação contra esse tipo de ameaça, oferecida em 2011. “Os brasileiros querem aprender e são abertos a isso.” A ajuda veio em forma de treinamento. Vinte cursos foram ministrados por agentes americanos para brasileiros envolvidos na segurança do Mundial de 2014.

O governo reconhece ainda não ter mobilizado a população para o problema da segurança. Nos Estados Unidos e na Europa, cartazes e anúncios em alto-falantes em locais de grande movimento alertam as pessoas sobre os riscos envolvendo objetos abandonados – eles podem ser uma bomba. Segundo a Secretaria de Grandes Eventos, a Copa das Confederações não contará com esse tipo de alerta, mas campanhas nesse sentido poderão ser feitas na Copa do Mundo e na Olimpíada. Para o delegado Luiz Fernando Corrêa, diretor de segurança do Comitê Organizador da Rio 2016, o envolvimento do público será essencial. “Há cidades frias em relação a grandes eventos. A população do Rio é o oposto: participa, se orgulha, torce a favor. Cada cidadão ou turista acaba se sentindo um pouco responsável para que tudo dê certo.” Muitas coisas nos preparativos, tanto da Copa como da Olimpíada, já não deram certo – de obras atrasadas a projetos cancelados. A diferença, quando o tema é segurança, é que essa possibilidade não existe. Se algo der errado, o custo pode ser a perda de vidas – e a propagação do medo. O Brasil precisa fazer de tudo para garantir a vitória do esporte e da celebração sobre o terrorismo.
fonte:Jornal Epoca

 

EM SEMANA PESSIMA, VASCO DÁ ADEUS AO CARIOCA COM DERROTA PARA O MADUREIRA


Time perde por 1 a 0 em mais uma atuação melancólica, e torcida, que sofre com saída de Dedé, torce por reforços para o Brasileiro e a Copa do Brasil
Uma despedida melancólica do Vasco no Campeonato Carioca 2013 em uma semana triste para a história do clube. Assim pode ser resumida a derrota por 1 a 0 para o Madureira, na tarde deste sábado, em Conselheiro Galvão, pela última rodada da Taça Rio. Diante de 1.051 torcedores - 751 pagantes proporcionaram a renda de R$ 16.695 -, o gol de Derley, de pênalti, em jogo de baixo nível técnico, foi o desfecho de uma fase que o torcedor cruz-maltino torce para logo passar. Mas o futuro é preocupante. O time encerra a campanha do segundo turno fora da disputa pelo título que não conquista há 10 anos em sexto lugar no Grupo A (pode cair para sétimo após os jogos de domingo), com sete pontos ganhos, apenas duas vitórias, sem dinheiro e perspectiva de reforços.

Neste sábado, sofreu com mais uma atuação apagada. Agora, torce fervorosamente pela chegada de reforços para a disputa da Copa do Brasil - quando estreará somente nas oitavas - e do Brasileirão - o time fará a primeira partida em 26 de maio, em casa, contra a Portuguesa. O Madureira, que se despede do Grupo A da Taça Rio, com 8 pontos (no momento, é o terceiro colocado), só voltará a campo para a disputa da Série C do Brasileirão. A estreia será dia 2 de junho, contra o Guarani, em Conselheiro Galvão. No lado cruz-maltino, Wendel, na saída de campo, deu o tom atual confuso no clube.Fora isso, o torcedor já sofreu ao ver o ídolo Dedé partir para o Cruzeiro e com as discussões sobre a negociação - um oficial de Justiça bateu em São Januário na tarde de sexta-feira e seguiu direto para a Federação de Futebol do Estado do Rio (Ferj) com um mandado de segurança para proibir a transferência dos direitos federativos do jogador até a quitação de parte da dívida do clube carioca com a Fazenda Nacional. Sofreu também com o problema com o seu camisa 10, Carlos Alberto, pego no exame antidoping e suspenso preventivamente por 30 dias. E continuou sofrendo com os inúmeros problemas.
- Agora o Paulo (Autuori) chegou e está implantando seu método. A equipe evoluiu bastante, deu para mostrar isso nos últimos três jogos. Agora é melhorar mais um pouco para entrar firme no Brasileiro. É outro campeonato, outra história. Temos de ser realistas, sabemos que existem sete, oito equipes fortes. Então o vasco tem de brigar, mas vamos tentar enfrentar essas equipes, vamos dizer, grandes, de igual para igual.
Tenório derrota Vasco Madureira (Foto: Bia Figueiredo / Site Oficial do Vasco)Tenorio, melhor do Vasco na partida até cometer o pênalti - chegou a mandar bola no travessão - espelha a má fase do time no Campeonato Carioca (Foto: Bia Figueiredo / Site Oficial do Vasco)
Pouca inspiração
O técnico Paulo Autuori, o mesmo que Wendel citou, aproveitou a última rodada para fazer experiências com os mais jovens e menos usados do Vasco. A meta era, exatamente, preparar uma equipe para as competições nacionais. E, nos 90 minutos, o que se viu foi uma situação preocupante. Difícil encontrar um torcedor otimista com o futuro.
Da defesa ao ataque, a equipe tem problemas. Definitivamente sem Dedé, a zaga ficou vulnerável no chão e pelo alto. Sorte que o time suburbano jogava no velho esquema explorar os contra-ataques.
O meio-campo do Vasco, sem criatividade, ainda ficava no perde e ganha na disputa pela posse de bola. Tecnicamente falando, Fellipe Bastos insistia nos chutes de fora da área - um deles até foi o primeiro lance de perigo cruz-maltino. Mas a melhor trama coletiva foi aos 14, quando Fillipe Soutto, que tentava aproveitar sua chance entre os titulares, tabelou bem com Tenorio. Só que Elsinho isolou.
Tenório jogo Vasco jogo Madureira (Foto: Alexandre Cassiano / Ag. O Globo)Mesmo sem brilho, Madureira mostra espírito de luta e vence (Foto: Alexandre Cassiano / Ag. O Globo)
Paulo Autuori pediu mais comunicação em campo. Pedro Ken era quem mais se esforçava e tentava se aproximar do isolado Tenorio. O atacante vascaíno até teve duas chances, sem sucesso - além de uma bela cabeçada para fora, tentou encobrir o goleiro Márcio, que saiu bem do gol e espalmou. Mas os laterais pouco avançavam, Dakson estava sumido e Thiaguinho, seu companheiro de ataque, pouco criou.
Do lado do Madureira, os experientes Jean e Derley, homens do ataque, só conseguiram assustar no fim do primeiro tempo. Jean obrigou Michel Alves a boa defesa, o mesmo acontecendo com o meia Ramon. O camisa 11 bateu forte de fora da área, e o goleiro teve de se espichar para mandar a escanteio.
Gol do Madureira
Os dois times voltaram sem mudanças para a segunda etapa. O Vasco até mostrou mais disposição e criou duas boas chances aos 15 e 16 minutos, seja no belo chute de Dakson, que obrigou Márcio a fazer a melhor defesa da partida, ou na cabeçada no travessão de Tenorio, após a cobrança do escanteio.
Depois, o Madureira conseguiu equilibrar um pouco as ações do meio-campo. Paulo Autuori mexeu na equipe vascaína: sacou Dakson e Pedro Ken e pôs Wendel e Marlone. Mas não adiantou. Aos 31 minutos, em bola alçada na área do Vasco, Tenorio, logo ele, melhor do time na partida, ao tentar dar uma de zagueiro, chutou a cabeça de Derley na área. Pênalti que o camisa 9 do Madureira não desperdiçou aos 32: 1 a 0. O Vasco ainda tentou uma reação, mas o esforço foi inútil.  Agora, resta aos vascaínos torcerem para a fase ruim passar.
 

FLAMENGO VENCE O MACAÉ E MANTÉM FIO DE ESPERANÇA DE VAGA NA SEMIFINAL


Com 3 a 1, rubro-negros torcem contra o Fluminense, que enfrenta o Bangu neste domingo. Time depende de derrota tricolor e vitória nos tribunais
O início da partida entre Flamengo e Macaé, no Moacyrzão, levava a crer que a investida rubro-negra nos tribunais para manter a esperança na Taça Rio era em vão. Porém, com dois gols de Hernane e um de Nixon (Marco Goiano abriu o placar), o time se manteve vivo na competição, pelo menos até este domingo. A vitória por 3 a 1 veio com time quase que todo reserva, já que até a parada técnica do segundo tempo da partida deste sábado, Jorginho não mostrava muita fé na possibilidade de vaga na semifinal. Porém, na metade da etapa final, até ele passou a acreditar, a julgar pelos suas instruções aos jogadores.

- Como todos sabem, sobre o título, ainda tem coisas a acontecer após o final desse jogo. Mas creio que a gente foi determinado. Não foi o que tínhamos almejado, mas creio que a gente, independentemente do resultado, deu nosso melhor. Mas em alguns jogos claro que as coisas não aconteceram. Aqui no Flamengo tem dia que não vai na técnica, mas vai na raça, na vontade. Deixar uma boa imagem independentemente das coisas que estão acontencendo e mostrar para nós mesmos e para a nação, que sempre quer título, que sempre vamos dar o nosso melhor - disse o atacante Nixon.O clube da Gávea ainda tenta no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio (TJD-RJ) a revisão do resultado da partida contra o Duque de Caxias, na qual um gol de Hernane foi mal anulado pela arbitragem. O Flamengo alega interferência externa no lance, já que o árbitro Pathrice Maia chegou a validar o gol, mas mudou sua decisão 40 segundos depois. Com a vitória neste sábado, o julgamento ainda pode colocar o Flamengo na briga. Tudo depende do resultado da partida entre Fluminense e Bangu, neste domingo. Os rubro-negros têm de torcer por derrota simples dos tricolores, além de sucesso no tribunal, para avançarem à fase semifinal da Taça Rio.
O próximo compromisso previsto para o Flamengo é contra o Confiança, pela segunda fase da Copa do Brasil, ainda em data a ser oficializada (será no mês de maio). O Macaé, que encerrou sua participação com seis pontos no Grupo B da Taça Rio, só volta a jogar em 2 de junho, contra o Caxias, em sua estreia na Série C do Brasileirão.
Macaé surpreende no início
Hernane gol jogo Flamengo Macaé (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)Hernane celebra gol do Fla: ele chegou a 12 e é artilheiro do Carioca (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Com a bola rolando, logo aos 5 minutos, o Macaé já teve sua primeira chance clara. Ricardinho aproveitou o cochilo de João Paulo, avançou livre e bateu para ótima defesa de Paulo Victor. Drama anunciado. Dois minutos depois, cruzamento para a área rubro-negra. Marco Goiano se antecipou a Frauches e mandou de cabeça para a rede: 1 a 0. O Macaé continuou atacando com consistência, mas um lampejo de Rodolfo por pouco não terminou em gol de empate. Aos 10 minutos, ele partiu como quis pelo meio, limpou a marcação e bateu para boa defesa Luís Henrique. No rebote, de voleio, Rodolfo mandou por cima do travessão.
O Flamengo começou a tentar dominar as ações, esbarrando um pouco na nítida falta de entrosamento, já que jogava com uma equipe reserva (o único titular escalado foi Hernane). Luiz Antonio arrisou um bom chute, uma falta perigosa e um ou outro cruzamento mais ameaçador. Era o que a equipe conseguia produzir. Aos 20, o que poderia ser outra grande chance terminou em cartão amarelo para Adryan, que exagerou na dividida que o deu a possibilidade de deixar Hernane de frente para o gol. A esta altura, o Macaé, retraído, aguardava um erro para partir em velocidade e começava a oferecer espaço demais ao rival.
Aos 28 minutos, Adryan aplicou bom drible em Édson e foi derrubado muito próximo à linha lateral da área. Tentou cobrar direto e facilitou a vida de Luís Henrique. Dois minutos depois, boa tabela entre Nixon e Rodolfo, que bateu cruzado para fora. Aos 39, mais uma chance perdida, desta vez por João Paulo que, cara a cara, bateu em cima do goleiro.
Brocador brilha e dispara na artilharia
Adryan jogo Flamengo Macaé (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)Adryan conseguiu bons passes contra o Macaé
(Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
A segunda etapa começou da mesma forma que a primeira: com gol. Mas, desta vez, do Flamengo. Aos 2 minutos, depois de escanteio, a zaga desviou e a bola parou no pé de Frauches. Ele tentou o chute e a bola acabou na pequena área no pé de Hernane, que não perdoou: 1 a 1. Quatro minutos depois, Hernane teve a chance de virar o placar, em jogada de Nixon, que deu ótimo passe para o Brocador. Livre na área, ele bateu por cima do gol de Luís Henrique.

Mas a virada não tardou. Depois da tentativa de Luiz Antonio de fora da área, aos 10, Adryan recebeu na área aos 14 e fuzilou. Grande defesa de Luís Henrique. Mas, no rebote, Nixon encheu o pé: 2 a 1. Mais dois minutos, mais um gol. Aos 16, Hernane roubou a bola do zagueiro do Macaé e fez o seu 15º em 2013 - é o artilheiro do Campeonato Carioca, com 12. Na parada técnica, Jorginho, que antes dizia não acreditar nas remotas chances de classificação via tribunal, mudou o discurso:

- A gente precisa de gols! Tudo pode acontecer! De repente a gente chega nessa p...! - gritou o treinador.

Os rubro-negros continuaram a pressionar e, aos 35 minutos, Adryan deu ótimo passe para Lucas, que finalizou com um peteleco, facilitando a vida do goleiro do Macaé. Pouco depois, Lucas, que substituiu Hernane, teve nova grande chance de ampliar. Recebeu um presente de Rodolfo e, sozinho, não conseguiu vencer o goleiro Rerysson - Luís Henrique teve de sair por conta de lesão. O Flamengo ainda ameaçou, mas diminuiu o ritmo e apenas administrou o resultado.
 

Mega-Sena acumula e prêmio pode chegar a R$ 6,5 milhões


Dezenas sorteadas neste sábado (20) foram 04 - 09 - 17 - 23 - 28 - 53.
Quina teve 198 ganhadores, que vão levar R$ 8.062,23 cada.

Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 1.487 da Mega-Sena, realizado neste sábado (20) na cidade de Lins, em São Paulo. O prêmio acumulado para o próximo sorteio, previsto para ocorrer na quarta-feira (24), pode chegar a R$ 6,5 milhões, de acordo com estimativa da Caixa Econômica Federal (CEF).
Veja as dezenas sorteadas: 04 - 09 - 17 - 23 - 28 - 53.
Segundo a Caixa Econômica Federal, 198 apostas acertaram a Quina e cada uma vai receber R$ 8.062,23. Outras 9.593  apostas acertaram a Quadra e cada uma vai levar R$ 237,72.
A Caixa faz sorteios da Mega-Sena duas vezes por semana, às quartas e aos sábados. As apostas devem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em qualquer uma das 11,9 mil lotéricas. A aposta mínima custa R$ 2.

 

Jurados condenam 23 PMs por mortes no Carandiru em 1992



Réus foram condenados a 156 anos de prisão, mas podem recorrer livres.
Júri terminou na madrugada de domingo (21) no Fórum da Barra Funda.


Os sete jurados condenaram, na madrugada deste domingo (21), 23 policiais militares pela morte de 13 presos, em 1992, na Casa de Detenção do Carandiru, na Zona Norte de São Paulo. A pena é de 156 anos de prisão para cada, mas eles podem recorrer em liberdade. Três dos 26 réus foram absolvidos. A sentença foi lida pelo juiz José Augusto Nardy Marzagão à 1h15 no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste.
A decisão dos jurados e a sentença ocorrem depois de um longo dia de debates entre defesa e acusação, com uso da réplica e da tréplica. A última fase antes da votação dos jurados começou durante a manhã e terminou às 21h25, com a fala da advogada de defesa, Ieda Ribeiro de Souza. Depois, os jurados responderam mais de 1,5 mil perguntas na sala secreta. Foram usadas 290 folhas de questionário para cada jurado.
O júri absolveu Maurício Marchese Rodrigues, Eduardo Espósito e Roberto Alberto da Silva, como havia pedido o Ministério Público. O promotor Fernando Pereira da Silva também pediu que os jurados desconsiderassem duas das 15 vítimas. Segundo ele, esses detentos foram mortos por golpes de arma branca, o que pode significar que foram assassinados pelos próprios presos. Por isso, os 23 PMs foram condenados por 13 mortes.
Advogada de defesa diz que já recorreu da sentença (Foto: Nathália Duarte/G1)Advogada de defesa diz que já recorreu da
sentença (Foto: Nathália Duarte/G1)
Os réus condenados são: Ronaldo Ribeiro dos Santos, Aércio Dornelas Santos, Wlandekis Antonio Candido Silva, Antonio Luiz Aparecido Marangoni, Joel Cantilio Dias, Pedro Paulo de Oliveira Marques, Gervásio Pereira dos Santos Filho, Marcos Antonio de Medeiros, Paulo Estevão de Melo, Haroldo Wilson de Mello, Roberto Yoshio Yoshikado, Salvador Sarnelli, Fernando Trindade, Argemiro Cândido, Elder Tarabori, Antonio Mauro Scarpa, Marcelo José de Lira, Roberto do Carmo Filho, Zaqueu Teixeira, Osvaldo Papa, Reinaldo Henrique de Oliveira, Sidnei Serafim dos Anjos e Marcos Ricardo Poloniato.
A advogada de defesa, Ieda Ribeiro de Souza, disse que já entrou com o recurso contra as condenações. "Eu vi com muita frustração. A diferença foi de um voto. Eu não esperava nenhuma condenação", disse ao deixar o fórum. "A condenação não reflete o pensamento da sociedade. Um único jurado definiu o futuro desses homens", lamentou.
O promotor disse que saiu "muito satisfeito". "A Promotoria de Justiça está absolutamente satisfeita. Tivemos a acolhida pelo Tribunal do Júri e a punição aplicada pelo magistrado foi adequada", afirmou. O outro promotor do caso, Marcio Friggi, defendeu a corporação e reforçou a necessidade de punição "a maus policiais".
Promotores comentam decisão ao deixar fórum (Foto: Nathália Duarte/G1)Promotores comentam decisão ao deixar fórum
neste domingo (Foto: Nathália Duarte/G1)
O promotor afirmou ainda não saber se haverá nova acusação sobre um dos réus absolvidos neste júri – por estar em um pavimento diferente do julgado neste caso. “Isso vai demandar ainda uma análise detalhada sobre a viabilidade jurídica de se apresentar ou não uma nova denúncia contra ele”, disse Fernando Pereira.
Questionado sobre o balanço da sentença, anunciado pela defesa, Márcio Friggi disse que não é possível afirmar que a decisão ocorreu por quatro votos a três. “O júri se decide por maioria de votos. Não sei qual é a base dessa afirmação [do placar de 4x3]. Isso não correu para todos os quesitos. As respostas não são todas abertas. Assim que é apontada a maioria, o juiz encerra a abertura. Então não foi possível definir esse número”, disse.

Desde 2 de outubro de 1992, quando a PM fez a invasão, somente um acusado havia sido julgado: o coronel Ubiratan Guimarães. Ele foi condenado em 2001 a 632 anos de prisão, em júri popular, por ter dirigido a operação. Em 2006, o júri foi anulado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Meses depois da absolvição, Ubiratan foi morto a tiros no apartamento onde morava, nos Jardins.
20 anos depois

O julgamento do massacre no Carandiru ocorreu mais de 20 anos após a invasão na Casa de Detenção, na Zona Norte de São Paulo. A ação terminou com a morte de 111 presos após a Polícia Militar entrar no Pavilhão 9 para controlar uma rebelião.
Neste júri, foram julgados 26 dos 79 policiais militares acusados de participar da invasão. Os 26 réus responderam em liberdade pela morte de 15 deles no 1º andar do Pavilhão 9. Dois deles não puderam comparecer ao júri devido a problemas de saúde, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo.
Mais 53 PMs serão julgados posteriormente pelas mortes dos demais 96 detentos. O processo tem 57 volumes, 111 apensos e 50 mil páginas. Por conta do número de réus, no entanto, a Justiça desmembrou o caso em quatro partes ou júris diferentes, correspondentes aos andares invadidos. O critério será julgar o grupo de policiais militares que esteve em cada um dos pavimentos onde presos foram mortos.
Cronologia Massacre do Carandiru 8/4 (Foto: Arte/G1)
Defesa x acusação
Os promotores Fernando Pereira da Silva e Marcio Friggi e a advogada de defesa Ieda Ribeiro de Souza debateram durante todo o sábado, apresentando as teses para o caso. A defesa criticou a acusação “genérica”, que não especificou a conduta de cada policial, e a Promotoria pediu a absolvição de três dos 26 policiais militares acusados, além de reforçar a responsabilidade dos policiais sobre o excesso na ação dentro do presídio.
A advogada dos réus se baseou em três focos para pedir a absolvição: não há detalhamento sobre o que cada policial teria feito exatamente, eles estavam cumprindo ordens e agiram em legítima defesa. "Falta ao Ministério Público a individualização de conduta de cada um desses homens. Da forma como foi feita a denúncia, cada policial vai responder pelas 15 mortes, o que me faz crer que cada preso morreu 15 vezes.”
Outra estratégia da defesa foi desconstruir o depoimento do diretor de disciplina da Carandiru Moacir dos Santos, que afirmou que nunca viu uma arma de fogo no período em que trabalhou lá. "Assumir publicamente que entravam armas na Casa de Detenção era assumir que o sistema penitenciário já era falido, era assumir a própria incompetência", disse Ieda.
Ela também desqualificou o testemunho do perito Osvaldo Negrini Neto, que atesta em laudo ter vistoriado somente o térreo do Carandiru no dia do massacre e, depois, retornado no dia 9 de novembro. "Como ele pode dizer que os presos foram mortos no interior das celas se só esteve no segundo pavimento um mês depois?", questionou.
Dos 26 policiais, três tiveram a absolvição solicitada pelo próprio Ministério Público. O promotor explicou que Marchese e Espósito, que eram tenentes à época, pertenciam à tropa do canil.
Apesar de os dois estarem portando fuzis e dispararem contra a segunda barricada, eles não fizeram disparos dentro do segundo pavimento do Carandiru e portavam armas para dar proteção aos cães, disse Pereira. Em relação ao réu Roberto Alberto da Silva, o promotor disse que consta no inquérito militar que ele atuou no terceiro pavimento do Carandiru, e não no segundo. Por isso, ele deveria ser julgado em outra ocasião.
Sobre o argumento citado pelos réus em seus depoimentos, de que não era possível atirar com precisão devido à fumaça e pouca visibilidade, o promotor Márcio Friggi negou a condição ao reforçar o dado de que 85% dos presos foram atingidos na região da cabeça e do pescoço. "Isso sem precisão. Imaginem se tivesse precisão", disse.
O promotor reforçou ainda que não defende os presos mortos por seus delitos, mas que considera que eles estavam cumprindo suas penas adequadamente. "A lei também deveria ter sido aplicada para quem cumpria sua pena", afirmou
Julgamento
O juiz José Augusto Nardy Marzagão iniciou o julgamento na segunda-feira (15). Os trabalhos deveriam ter começado dias antes, mas uma integrante do júri passou mal e o início do julgamento foi adiado em uma semana.
No primeiro dia de julgamento, três sobreviventes do massacre afirmaram que PMs executaram presos e alteraram a cena do crime. Um agente carcerário e um perito criminal também foram ouvidos e disseram que as tropas invadiram o segundo pavimento do Pavilhão 9 e, depois de matar presos, atrapalharam a perícia e impediram o socorro às vítimas.
No dia seguinte, foram ouvidas as testemunhas de defesa. Foi a vez de dar voz ao secretário da Segurança Pública à época, Pedro de Franco Campos, à juíza Sueli Armani, de execuções penais, e ao ex-governador de São Paulo, Luiz Antônio Fleury Filho. Fleury afirmou que a decisão de entrar no presídio foi "necessária" e "legítima", apesar de ressaltar que não estava à frente da operação.
O terceiro dia de trabalhos ocorreu após uma pausa na quarta-feira (17), quando um dos jurados passou mal. Mesmo com os trabalhos retomados na quinta-feira (18), o juiz terminou a sessão no plenário por volta das 18h45, depois de diversas interrupções. Nesse dia, defesa e acusação mostraram vídeos de reportagens da época.
No quarto dia de trabalhos e quinto dia de julgamento, os réus falaram ao júri. Disseram ter ouvido disparos ao entrar na cadeia, denunciando o suposto uso de armas de fogo pelos detentos. Um dos policiais admitiu ter usado uma metralhadora durante a ação. Apenas quatro dos 24 PMs presentes deram depoimento. Vinte decidiram permanecer calados, mas se declararam inocentes das acusações.
 

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