31 DE MAIO EM RG

Libertadores 2013:Gêmio perde em casa para um time fraco e desconhecido

Grêmio 1 x 2 Huachipato
FASE DE GRUPOS - 1ª RODADA
Grêmio patina na chuva e perde pela 1ª vez na Arena: 2 a 1 para Huachipato
Barcos estreia com gol e boa atuação, mas não é o suficiente para ofuscar os erros defensivos do time de Luxemburgo na Libertadores
Era um jogo de extremos. O Grêmio turbinado por quatro reforços e entusiasmado pela classificação nos pênaltis diante da LDU. O Huachipato, desfalcado de três titulares, e em crise: sem vitória nem gol marcado no Campeonato Chileno, do qual é o atual campeão. Mas Libertadores é diferente. Na primeira partida com o espaço da Geral interditado e sem a chance da avalanche, o Tricolor jogou mal e encontrou um rival dedicado e eficiente. Resultado: patinou na chuva que caiu em Porto Alegre e perdeu por 2 a 1 na estreia da fase de grupos, o primeiro fracasso na Arena, que sofreu com um apagão no intervalo e recebeu 29.174 tricolores.

O revés determinou o mau começo do projeto de ser tri da América. É o terceiro na Chave 8, sem ponto. Tem à sua frente o próprio Huachipato, líder, e o Fluminense. Atrás, o Caracas. Os dois primeiros avançam às oitavas de final.

As duas equipes voltam a campo na próxima quarta-feira. O Tricolor desafia o Fluminense no Rio, enquanto o Huachipato recebe o Caracas. O primeiro é às 22h, o segundo às 19h45m.

grêmio huachipato barcos (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)Barcos estreou com gol na Arena (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)
Filme de terror

Com três caras novas, o Grêmio não se achou. Pareceu perdido em campo. As estreias de André Santos, Adriano e Barcos além do retorno de Cris (recuperado de problema muscular na panturrilha direita) não surtiram o efeito esperado de aumentar a qualidade. Pior: o desentrosamento ficou evidente. Os três treinos da semana, que determinaram as saídas de Alex Telles, Fernando e Marcelo Moreno, respectivamente, não foram suficientes. Foi a tônica do primeiro tempo.

O Huachipato, atual campeão do Chile, tratou de aproveitar o contexto. Com os jogadores bem postados atrás e uma marcação invejável, jamais permitiu a entrada dos rivais em sua área. E, apostando na velocidade de Brian Rodriguez, levou perigo nos contragolpes. Nem parecia estar em crise (perdeu dois e empatou um no campeonato nacional sem marcar um único gol) e com três desfalques (Merlo, Claudio Muñoz e Reyes).

Não demorou para criar oportunidades. A primeira, aos cinco minutos, foi um chute de fora da área de Sandoval, defendido por Marcelo Grohe. Falcone, aos 12, só não marcou, da pequena área, porque teve a finalização bloqueada por André Santos. Era o indício de gol, que saiu aos 16. Brian Rodriguez avançou pela direita e cruzou. Falcone, livre, só completou: 1 a 0.

A adversidade abalou os gremistas. Passes errados, chutões e um time mal posicionado fizeram a torcida reclamar. Nenhuma jogada combinada, nenhuma tabela, uma equipe sem conjunto. Algumas vaias foram logo ouvidas, além dos gritos de ‘Fernando’. Só aos 33, em chute de fora de área de Elano, o Grêmio ameaçou. O goleiro Veloso espalmou. Só não ficou pior pois Grohe fez duas defesas em chutes de Brian Rodriguez, o segundo ao ganhar de Saimon na velocidade e finalizar de dentro da área.

Apagão no estádio e no time

No intervalo, faltou luz na Arena. Os refletores do lado Leste ficaram apagados por quase 15 minutos. O sistema elétrico voltou a funcionar momentos antes de o jogo ser reiniciado. O apagão se refletiu no time.

Com Marcelo Moreno no lugar de Adriano, Luxa apostou no esquema com três atacantes. Mas foi o Huachipato que marcou. Contreras cruzou da direita, e Brian Rodriguez fez de cabeça. Um lindo gol, aos cinco minutos. O atacante se antecipou a Cris e finalizou ao chão, no lado contrário a Grohe: 2 a 0 e indício de tragédia.

O Grêmio teve o mérito de reagir rápido. Uma confusão na área do Huachipato resultou em pênalti. Contreras, literalmente, defendeu com as mãos chute de Barcos. O centroavante pegou a bola, deslocou o goleiro e descontou. A comemoração com gesto típico do Pirata teve a companhia de uma modesta avalanche, celebração proibida por autoridades e Conmebol, entre os corredores das cadeiras atrás do gol no Setor Sul.

Foi o sinal para o técnico Jorge Pellicer entrar em ação. Ele lançou mão de Nunez, um volante, e adotou o sistema de duas linhas de quatro. Eram, então, oito jogadores a bloquear as ações tricolores. Deu certo. Basta ver que só aos 25 Zé Roberto foi lançado e, dentro da área, chutou por cima na saída de Veloso.

Luxa fez a sua cartada final. Sacou André Santos e Vargas para as entradas de Marco Antonio e Welliton. Zé Roberto virou lateral-esquerdo. O Grêmio continuou com mais posse de bola, mas sem força para concluir. Teve em Barcos um atacante voluntarioso. Teve em Zé um oásis. Ele cruzou, após driblar três, para Welliton empatar, mas a bola saiu, aos 40.

O Grêmio perdeu. A primeira derrota na Arena, no seu terceiro jogo – ganhou o amistoso contra o Hamburgo e a partida diante da LDU, pela pré-Libertadores. Terá de se recuperar fora de casa.


 

Libertadores 2013:Palmeiras sofre Para vencer um Fraco time Peruano

Palmeiras 2 x 1 Sporting Cristal Gols: Henrique , Patrick Vieira Gols: Carlos Lobatón
FASE DE GRUPOS - 1ª RODADA
Com 'bênção' de São Marcos, Verdão vence Sporting Cristal na estreia
Em seu primeiro jogo na Libertadores da América, Palmeiras sofre para vencer fraco time peruano, mas deixa torcida satisfeita com entrega

De uma das tribunas do estádio do Pacaembu, o ex-goleiro Marcos assistiu ao jogo do Palmeiras nesta quinta-feira, contra o Sporting Cristal, pela primeira rodada do Grupo 2 da Libertadores. O ídolo alviverde pode até ter sentido falta daquele Verdão de 1999, campeão da América, mas certamente deixou o local satisfeito com a entrega de um time recém-rebaixado à Série B e que busca retomar o caminho do sucesso. Isso não faltou na vitória por 2 a 1 sobre os peruanos, com gols de Henrique e Patrick Vieira.
O pentacampeão Marcos era apenas um entre os 18.433 presentes (para uma renda de R$ 680.550,47) que ficaram apreensivos com a insegurança vista em diversos momentos na equipe de Gilson Kleina. Algo que permitiu ao Sporting Cristal ameaçar o gol do Verdão por diversas vezes. O time peruano, no entanto, é tecnicamente limitado e não aproveitou com eficiência os espaços dados pelos palmeirenses.
Mas o que importa para o torcedor, nesse caso, é que a ansiedade pela estreia na Libertadores passou. E passou com vitória, construída mais na base da raça do que na técnica. Talvez esse seja o caminho do Verdão no torneio sul-americano. Com o resultado, o time salta na frente no Grupo 2, com três pontos. Tigre, da Argentina, e Libertad, do Paraguai, estreiam no dia 21, em duelo no estádio Monumental Victoria, na Argentina.

O próximo jogo do Palmeiras é o clássico contra o Corinthians, pelo Campeonato Paulista, no domingo, às 17h, também no Pacaembu. Pela Libertadores da América, os comandados de Gilson Kleina voltam a jogar no dia 28, contra o Libertad, em Assunção, no Paraguai.
Wesley do Palmeiras e Lobatón do sporting Cristal (Foto: Miguel Schincariol / Ag. Estado)Wesley, do Palmeiras, e Lobatón, do Sporting Cristal (Foto: Miguel Schincariol / Ag. Estado)
Cabeçada certeira
O Palmeiras iniciou sua estreia na Libertadores da América de forma acelerada. Mas pouco eficiente. Ao mesmo tempo que pressionou o Sporting Cristal em seu campo de defesa, a equipe brasileira errou muitos passes e ficou vulnerável no setor defensivo. Mesmo assim, o Verdão foi quem deu início aos lances mais perigosos.
Logo aos cinco minutos, Patrick Vieira apareceu bem colocado no ataque, recebeu em profundidade e chutou cruzado. Empolgada, a torcida alviverde empurrou o time para cima dos peruanos. Tanto que três minutos depois o Verdão quase marcou. Souza lançou para Wesley na grande área. Mas o chute passou por cima do gol.
Muito embora estivesse melhor em campo, o Palmeiras, mais uma vez, ficou refém dos seus próprios erros. Precipitada, a equipe perdeu algumas bolas bobas no meio de campo, errou outros passes e permitiu ao adversário criar chances no ataque. Mas nada que preocupasse muito a torcida alviverde.
Quando deixava a afobação de lado, o time de Gilson Kleina era perigoso. Insistente muitas vezes. E foi assim que o Palmeiras chegou ao gol, aos 39 minutos. Wesley bateu o escanteio da direita, Henrique subiu na grande área e marcou de cabeça. A defesa do Sporting Cristal ainda tentou tirar em cima da linha, mas o arremate foi forte. Na arquibancada, a torcida do Verdão, tensa com a partida, fez a festa e gritou o nome do autor do gol, que apareceu com oportunismo para colocar o Verdão em vantagem.
Henrique gol Palmeiras x Sporting Cristal (Foto: Reuters)Henrique comemora seu gol, o primeiro do Palmeiras sobre o Sporting Cristal (Foto: Reuters)
Susto e alívio
A etapa final não começou bem para o Palmeiras. Logo de cara, aos seis minutos, o Sporting Cristal empatou a partida. Lobatón foi derrubado na grande área por Marcelo Oliveira e o árbitro uruguaio Martín Vazquez marcou pênalti. Na cobrança, o próprio Lobatón acertou o canto esquerdo do goleiro Fernando Prass: 1 a 1.
Na base da raça, da dividida e da vontade, então, o Palmeiras foi em busca do segundo gol. Mas a vulnerabilidade da defesa não permitia ao Verdão arriscar muito. Toda vez que saía demais ao ataque, o time brasileiro sofria com os contra-ataques peruanos. Afinal, o Sporting Cristal, recuado, jogava para surpreender dessa forma.
Com a intenção de colocar o Palmeiras mais à frente, Gilson Kleina sacou Márcio Araújo aos 15 minutos e colocou o atacante Caio. O problema é o que o volante substituído é, certamente, um dos jogadores mais entrosados com o time em 2013. Mas o técnico preferiu manter em campo o improvisado zagueiro Vilson no setor.
De qualquer maneira, a ideia de partir para o ataque deu certo. Aos 22 minutos, Patrick Vieira mostrou oportunismo ao receber ótimo passe de Caio. A jogada começou com cruzamento de Marcelo Oliveira da esquerda. Caio, de costas para o gol, tentou o domínio, errou, mas acabou ajeitando para o autor do gol encher o pé.
Voltar a ficar em vantagem no placar deu mais segurança ao Palmeiras e calou o princípio de pressão do time peruano. Deu também mais ânimo à torcida, que coloriu o Pacaembu com faixas verdes, brancas e vermelhas e cantou orgulhosa: "Chiqueiro, chiqueiro, festa no chiqueiro". A primeira vitória na Libertadores foi conquistada, mas com muito sufoco e graças a Fernando Prass, que fez duas belas defesas no fim, salvando o Verdão.
Patrick Vieira gol palmeiras (Foto: Levi Bianco / Ag. Estado)
 

IMPERDÍVEL!!
 
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