Novo mandado contra Alexandre Paes foi expedido nesta terça-feira (19).
Acusado de matar a fisioculturista Fabiana Caggiano, ele continua foragido.

Em razão de a polícia não ter pistas de Alexandre, o magistrado decidiu pela necessidade de reforçar a ordem de prisão, transformando o mandado em prisão preventiva. Ou seja, ao ser preso, Alexandre deverá permanecer detido até o final de todo o trâmite processual.
“Enxergo presentes, portanto, no caso concreto, dois dos requisitos autorizadores da prisão preventiva abstratamente previstos no Código de Processo Penal: o de assegurar a aplicação da lei penal, em caso de futura condenação, porque bem desenhada a intenção do acusado de esquivar-se; e o da conveniência da instrução criminal, ainda por iniciar-se, pois o acusado já deu sinais veementes de que é capaz de tentar obstruir as provas com as quais se objetiva esclarecer a verdade”, descreveu o juiz.
O magistrado acrescenta que, “há indícios suficientes da autoria atribuída ao acusado, relativamente ao homicídio cometido contra a sua própria companheira, a vítima Fabiana Caggiano Paes. Além disso, certa é a materialidade do fato, conforme demonstra o laudo de exame necroscópico que concluiu que a causa morte se deu em decorrência de encefalopatia anóxia devido a asfixia mecânica decorrente de constricção cervical e consequente compressão das vias aéreas”.

(Foto: Reprodução/Facebook)
A defesa do empresário Alexandre Paes requereu a anulação do mandado de prisão temporária no dia 5 deste mês. Com o parecer Ministerial contrário, divulgado no dia 12, o advogado André Vizioli de Almeida disse ao G1 que respeitava a decisão do Ministério Público, mas não concordava. “Respeitamos, mas não concordamos. Agora vamos aguardar o posicionamento da Justiça. Depois nos pronunciaremos quanto ao próximo passo da defesa”, disse.
Réu
O empresário Alexandre Furtado Paes tornou-se réu no processo no início deste mês, quando o juiz Ricardo Procópio, titular da 3ª Vara Criminal de Natal, acatou denúncia do Ministério Público.
Porém, o viúvo teve a prisão temporária decretada nos últimos dias de janeiro. Como não foi localizado e ainda não se apresentou à polícia, passou a ser considerado foragido desde então. Ele foi indiciado por homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de a vítima se defender) e também responde ao agravante de ter modificado a cena do crime.
De acordo com o promotor Jovino Pereira, o crime ainda tem mais um agravante pelo fato de Alexandre e Fabiana serem marido e mulher.

(Foto: Reprodução//Inter TV Cabugi)
Segundo o próprio empresário Alexandre Paes, na manhã de 28 de dezembro do ano passado, a mulher estava tomando banho quando ela teria sofrido uma queda repentina.
O Samu foi acionado e já encontrou a paulista desacordada. No dia 2 de janeiro, no entanto, a fisioculturista morreu na UTI de um hospital particular de Natal. Familiares disseram que ela, enquanto esteve internada, permaneceu o tempo todo em coma induzido.

(Foto: Anderson Barbosa/G1)
No dia 23 de janeiro, após a conclusão dos laudos realizados pelo Itep, o delegado Frank Albuquerque confirmou que a fisioculturista fora assassinada. “As suspeitas foram confirmadas. Exames toxicológicos deram negativos. No entanto, os laudos complementares realmente apontam que Fabiana foi vítima de asfixia mecânica (estrangulamento)”, afirmou.